🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Sobe e desce

Ibovespa volta do circuit breaker e desaba quase 9%; dólar dispara a R$ 4,72

O Ibovespa opera em queda de firme e devolve os ganhos de ontem, em meio à cautela relacionada ao coronavírus e à crise no petróleo

Victor Aguiar
Victor Aguiar
11 de março de 2020
10:37 - atualizado às 16:52
Gangorra Ibovespa mercads touro urso bear bull
Imagem: Shutterstock

Os mercados globais têm passado por uma montanha-russa de emoções. Em meio à crise do petróleo e aos riscos do coronavírus, o Ibovespa e as bolsas mundiais ficam à deriva, alternando quedas volumosas e altas expressivas — e, nesta quarta-feira (11), o tom é de enorme pessimismo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O índice brasileiro exibia perdas firmes desde a abertura, recuando cerca de 5% no início da tarde. No entanto, após a OMS classificar o surto de coronavírus como uma pandemia global, a aversão ao risco deu um salto nos mercados acionários.

As condições se deterioraram rapidamente, tanto por aqui quanto no exterior. E, por volta de 15h15, o Ibovespa bateu os 10,11% de baixa, acionando o mecanismo de circuit breaker pela segunda vez nesta semana — o 'botão do pânico' paralisa as operações por 30 minutos.

Mas, mesmo após essa pausa, o clima segue bastante ruim: às 16h50, o Ibovespa desabava 9,11%, aos 83.812,43 pontos. Nos Estados Unidos, o Dow Jones (-5,30%), o S&P 500 (-4,47%) e o Nasdaq (-4,29%) também exibem perdas expressivas.

O dólar à vista também enfrenta intensa pressão: no mesmo horário, a moeda americana disparava 1,73%, a R$ 4,7276.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

(Mais um) dia tenso

Temos hoje mais um episódio na onda de forte volatilidade enfrentada pelos mercados globais nesta semana. Veja só o histórico recente do Ibovespa: na segunda-feira, o índice caiu 12,17%; ontem, subiu 7,14%; e, agora, já anula a recuperação da sessão anterior.

Leia Também

  • Eu gravei um vídeo comentando esse comportamento errático do Ibovespa e das bolsas globais. Veja abaixo:

O saldo desses movimentos amplos tem sido negativo: por mais que, na terça-feira, o Ibovespa tenha tido o maior avanço diário em termos percentuais desde dezembro de 2008, o índice ainda acumula uma baixa de mais de 18% somente nesta semana.

O humor dos investidores já estava ruim desde o início do dia, em meio à percepção de que os governos e bancos centrais estariam hesitando para anunciar pacotes de estímulo à economia e tentar neutralizar os impactos da tensão externa. No início da tarde, o Ibovespa recuava perto de 5% e as bolsas americanas caíam cerca e 3%.

Mas, com a OMS elevando o alerta global e relação ao coronavírus, uma nova onda de forte pessimismo atingiu em cheio a bolsa brasileira, provocando uma perda acentuada e veloz no Ibovespa — e que culminou com o segundo circuit breaker em três dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Prudência elevada

Em linhas gerais, o panorama para os mercados continua o mesmo desde segunda-feira: a Arábia Saudita e a Rússia seguem com a guerra de preços do petróleo e, no front do coronavírus, há um temor cada vez maior quanto à disseminação da doença e os impactos à economia, principalmente na Europa.

Assim, a recuperação de ontem se deve muito mais a fatores técnicos e à esperança quanto a uma ação rápida dos bancos centrais e dos governos para blindar a economia global em meio à crise; hoje, a dinâmica é a mesma, mas na direção oposta: uma correção de eventuais excessos na recuperação e uma desconfiança quanto à urgência das autoridades mundiais, já que os pacotes de estímulos ainda não chegaram.

O petróleo, que ontem subiu perto de 10%, hoje também aparece sob pressão, dada a falta de avanço nas negociações entre sauditas e russos: o Brent para maio cai 4,06%, e os WTI para abril recua 4,13%.

Nesse cenário de queda do petróleo e de forte aversão ao risco por causa do coronavírus, as ações ON da Petrobras (PETR3) tinham baixa de 12,47% e as PNs (PETR4) desvalorizavam 12,64% no momento do circuit breaker.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dólar avança

No mercado de câmbio, o tom também é de enorme prudência: o dólar à vista opera em alta de 1,73%, a R$ 4,7276, num comportamento em linha com o visto no exterior — lá fora, o dia é de valorização da moeda americana em relação às divisas de países emergentes.

Com a nova esticada do dólar à vista, os investidores mostram-se mais cautelosos em relação ao mercado de juros. No início da sessão, os DIs mais curtos operavam em baixa, refletindo as apostas num novo corte na Selic pelo Copom, na próxima semana.

Além disso, a inflação sob controle — o IPCA teve leve alta de 0,25% em fevereiro — aumentava o conforto quanto a novas reduções de juros no curto prazo. Só que, dado o aumento no 'risco-coronavírus', os agentes financeiros tiraram o pé do acelerador, assumindo uma postura mais defensiva nos juros.

Veja abaixo como estão as curvas mais líquidas no momento:

  • Janeiro/2021: de 3,89% para 4,21%;
  • Janeiro/2022: de 4,52% para 5,03%;
  • Janeiro/2023: de 5,22% para 5,92%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VAI COMEÇAR O BARATA-VOA?

Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro

17 de outubro de 2025 - 17:25

Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas

AUMENTOU O RISCO BRASIL?

Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras

17 de outubro de 2025 - 13:03

Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil

QUANDO HÁ UMA BARATA…

Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA

17 de outubro de 2025 - 9:49

O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje

REGIME FÁCIL

B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 —  via ações ou renda fixa

16 de outubro de 2025 - 0:05

Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança

INVESTIMENTO CONSCIENTE

Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco

15 de outubro de 2025 - 18:58

Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa

TOUROS E URSOS #243

Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras

15 de outubro de 2025 - 13:30

André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado

NOVIDADE NA APOSENTADORIA

A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo

15 de outubro de 2025 - 10:19

O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo

SD ENTREVISTA

De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente

15 de outubro de 2025 - 6:07

Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq

14 de outubro de 2025 - 17:55

A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)

CORTANDO CAMINHO

IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor

14 de outubro de 2025 - 6:03

Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação

NÃO PARAM DE SUBIR

Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas

13 de outubro de 2025 - 18:25

Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata

CARTA MENSAL

Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno

13 de outubro de 2025 - 17:15

Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda

MEDINDO A TEMPERATURA

Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro

13 de outubro de 2025 - 13:20

Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso

CRIPTOMOEDAS HOJE

Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?

13 de outubro de 2025 - 10:15

A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação

MERCADOS

Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram

11 de outubro de 2025 - 14:14

Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos

FUGA PARA AS MONTANHAS

Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco

11 de outubro de 2025 - 13:15

A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities

EM ALTA

Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás

10 de outubro de 2025 - 14:00

Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes

EM NOVA ROTA

FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação

10 de outubro de 2025 - 12:36

O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação

ENTUSIASMO EXAGERADO?

O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim

9 de outubro de 2025 - 19:32

Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial

DESTAQUES DA BOLSA

O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso

9 de outubro de 2025 - 12:41

As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar