Descolado de NY, Ibovespa mantém queda; dólar recua a R$ 5,53
Índice acionário local continua a operar em baixa e dólar sofre desvalorização global com o aumento da tomada de risco
Sem ímpeto em meio à indefinição fiscal, o Ibovespa opera em queda na tarde desta sexta-feira (9), apesar do cenário positivo no exterior. Em Nova York, o clima é de animação, com os investidores continuando a avaliar as perspectivas de estímulos para a economia dos Estados Unidos.
A bolsa brasileira já tinha aberto o dia em queda, depois que os agentes financeiros locais repercutiram o resultado surpreendente do IPCA de setembro, optando por um movimento de realização de lucros, após a forte alta de 2,5% observada nesta quinta-feira.
Oscilando entre a baixa pela manhã, na contramão dos mercados internacionais, e o movimento de alta iniciado por volta do 12h, por volta das 16h o Ibovespa tem leve queda de 0,51%, aos 97.420,22 pontos.
"O problema fiscal continua no radar, e, enquanto não tivermos posição clara sobre o Renda Cidadã, o mercado tende a apresentar bastante volatilidade", diz Igor Cavaca, analista da Warren.
Ele também cita discurso do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em que o banqueiro disse que o cenário das contas públicas conta como fator de turbulência no mercado.
Segundo Cavaca, com o adiamento da discussão sobre o Renda Cidadã, o mercado fica à espera da definição sobre a posição fiscal do país.
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O dólar, por sua vez, segue um movimento em escala global de desvalorização em razão do aumento da busca por risco e tem perda firme.
Otimismo externo
No exterior, as bolsas americanas exibem altas firmes. Em meio a idas e vindas, os investidores avaliam as possibilidades de um pacote de estímulos à economia do país, ponderando se este será amplo ou parcial e se virá à tona antes da eleição de 3 de novembro.
Depois de tantas reviravoltas nos últimos dias em torno dos pacotes de estímulos à economia americana, o mercado busca sinais de novas esperanças. No fim da tarde de ontem, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, retomaram a conversa sobre o pacote de estímulos por telefone.
Neste momento, o S&P registra ganhos de 0,73%, o Dow Jones, 0,47%, e a Nasdaq, 1,15%.
A novidade repercutiu bem nas bolsas asiáticas durante a madrugada, com a maioria delas fechando a sessão em alta.
Na Europa, os índices acionários em Londres (FTSE100) e em Paris (CAC-40) fecharam em alta superiores a 0,65%, enquanto em Frankfurt (DAX) a sessão foi encerrada próxima da estabilidade.
Aliança pelas reformas
Sinal local positivo para os investidores é a aparente aliança entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em torno da PEC Emergencial, que dispõe a respeito de medidas permanentes e emergenciais de controle do crescimento das despesas obrigatórias e o reequilíbrio fiscal.
Os dois esperam acelerar o processo de aprovação da medida, que é essencial para conter despesas e servirá de base para a criação do programa Renda Cidadã.
Em entrevista, Maia afirmou que se tiver que escolher uma prioridade número um para ser aprovada ainda em 2020, seria a PEC Emergencial. Guedes, por sua vez, agradeceu o apoio de Maia. "Estamos juntos pelas reformas. O Brasil está acima de quaisquer diferenças que possamos ter, e elas são pequenas”, disse o ministro.
Top 5
Confira as principais altas do Ibovespa nesta sexta-feira. A MRV é impulsionada pelas prévias operacionais divulgadas pela companhia e que agradou o mercado:
| CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO | VARIAÇÃO |
| MRVE3 | MRV ON | R$ 18,16 | 8,03% |
| CYRE3 | Cyrela ON | R$ 26,19 | 4,43% |
| CVCB3 | CVC ON | R$ 15,51 | 3,82% |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 96,19 | 4,70% |
| GOLL4 | Gol PN | R$ 19,17 | 3,57% |
Confira também as maiores baixas do dia:
| CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO | VARIAÇÃO |
| IRBR3 | IRB ON | R$ 7,08 | -8,53% |
| JBSS3 | JBS ON | R$ 19,33 | -3,93% |
| RAIL3 | Rumo ON | R$ 17,84 | -3,41% |
| PETR3 | Petrobras ON | R$ 19,93 | -3,21% |
| MRFG3 | Marfrig ON | R$ 14,23 | -3,07% |
Dólar tem perdas firmes
A moeda americana opera toda a sessão em queda firme, não tendo apresentado alta em nenhum momento do dia.
O desempenho reflete a busca ao risco nos mercados globais, exemplificado pela altas de bolsas americanas e também das europeias, o que fez o dólar se desvalorizar globalmente.
O Dollar Index, que compara a divisa a uma cesta de moedas como euro, libra e yen, recua 0,56%, para 93,08, nível próximo das mínimas de 52 semanas.
No mesmo horário, a moeda americana recua 0,94% frente ao real, cotada a R$ 5,5359. Frente a moedas pares, como o peso mexicano, o rublo russo e o rand sul-africano, o dólar perde ao menos 0,2%.
"Tem muita expectativa de estímulo e isso anima o investidor, deixando o dólar fraco", diz Roberto Padovani, economista do banco BV. "A gente se beneficia disso hoje."
Juros acompanham, ignorando IPCA
Enquanto a expectativa dos analistas apontava para uma alta de 0,54%, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta manhã que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma alta de 0,64% no mês passado, o maior resultado para o período desde 2003.
Apesar da alta, a visão disseminada entre analistas é que a inflação permanece em um nível comportado para manter o atual patamar da política monetária.
"Apesar das recentes pressões sobre os preços dos alimentos, o núcleo e a inflação de serviços significativamente abaixo da meta devem continuar dando conforto ao banco central no curto e médio prazo", escreveu o economista-sênior para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, em relatório.
Ramos diz ainda que a elevada ociosidade do mercado de trabalho deve ser um dos fatores a contribuir para manter a inflação bem ancorada, na avaliação do banco.
"Sem dúvida, a queda do dólar frente ao real e aos nossos pares traz os prêmios de risco para baixo", diz Paulo Nepomuceno, operador de renda variável da Terra Investimentos.
- Janeiro/2021: 2,00% para 1,98%
- Janeiro/2022: 3,23% para 3,21%
- Janeiro/2023: 4,70% para 4,64%
- Janeiro/2025: 6,61% para 6,53%
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