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Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.
dia positivo

Deixa isso pra lá, vem pra cá, o que que tem? Ibovespa ignora risco fiscal e sobe 2,5% com NY e bancos

Ecoando Jair Rodrigues, investidores põem receio fiscal de lado em meio a ausência de ruídos e notícias e apetite ao risco lá fora. Dólar e juros caem

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
8 de outubro de 2020
18:28 - atualizado às 18:41
Jair Rodrigues
Imagem: Flickr/Luara Monteiro

"Deixa isso pra lá, vem pra cá, o que que tem?"

Os versos cantados na histórica voz de Jair Rodrigues em tom de sedução descontraída parecem ter ecoado nesta quinta-feira (8) pelos mercados locais e arrebatado os agentes financeiros em um pregão linear, sem reviravoltas nem volatilidade como foi o de ontem.

Seguindo o que diz o artista, os investidores aplicaram a despreocupação a respeito do risco fiscal, deixando-o de lado (ao menos por hoje, é claro), acompanhando a alta vista em Nova York, o que propiciou um grande alívio ao principal índice acionário da B3.

No exterior, os mercados acionários americanos digeriam os avanços e recuos nas perspectivas de estímulos à enfraquecida economia dos Estados Unidos, após a presidente da Câmara dos Deputados do país, Nancy Pelosi, sinalizar indisposição acerca de algumas medidas de estímulo a serem desencadeadas antes das eleições de novembro.

A democrata negou o pacote para o setor aéreo hoje, mas disse que o partido continua disposto a negociar um pacote mais abrangente.

Na véspera, o presidente Donald Trump havia se referido à possibilidade de medidas fatiadas de estímulos, depois de recusar um acordo com os democratas em torno de um amplo pacote trilionário.

Os EUA hoje também mostraram mais dados sobre o estado de sua economia. Nem os pedidos de seguro-desemprego acima das expectativas de analistas, no entanto, tiraram os índices do terreno positivo.

O S&P 500 terminou a sessão em alta de 0,53%, o Dow Jones, de 0,19%, e a Nasdaq, de 0,21%, embora distantes de suas máximas intradiárias.

Por aqui, o Ibovespa não hesitou em nenhum momento sobre qual terreno gostaria de ficar: na mínima, ficou no 0 a 0, aos 95.529,57 pontos, enquanto na máxima chegou a subir 2,52%, para 97.937,72 pontos.

Finalmente, o índice terminou o dia em forte alta de 2,51%, aos 97.919,73 pontos.

"Ibovespa reflete o ambiente externo, deixando a questão fiscal de lado pelo menos hoje", diz Ari Santos, operador de renda variável da Commcor.

"Por lá, quem quer ganhe as eleições, vai ter pacote de estímulos, e hoje temos calmaria política, sem ruídos", disse ele, sobre a ausência de notícias a respeito da situação fiscal do país.

Top 5

Mas nem todas as boas do dia vieram da falta de notícias ruins sobre o cenário fiscal (como foi o dia de ontem) e do cenário externo positivo. Internamente, a expectativa de que os bancões façam bonito nos balanços do terceiro trimestre também ajudou a embalar a bolsa brasileira.

Quem acha isso é o UBS BB, que até lançou a sua ação favorita no setor bancário. Veja as maiores altas percentuais do Ibovespa abaixo:

CÓDIGOEMPRESAPREÇOVARIAÇÃO
IRBR3IRB ONR$ 7,7420,19%
SANB11Santander Brasil unitsR$ 30,788,11%
ITUB4Itaú Unibanco PNR$ 24,07 6,04%
BBDC3Bradesco ONR$ 19,20 5,67%
RENT3Localiza ONR$ 59,965,40%

Confira também as maiores quedas do Ibovespa:

CÓDIGOEMPRESA PREÇOVARIAÇÃO
USIM5Usiminas PNAR$ 10,32 -2,55%
BTOW3B2W ONR$ 87,20-1,61%
ELET3Eletrobras ONR$ 30,87 -1,44%
BRKM5Braskem PNAR$ 21,99 -1,08%
GOAU4Metalúrgica Gerdau PNR$ 9,93-1,00%

Dólar e juros recuam

O dólar e os juros também apresentaram recuo no pregão de hoje, acompanhando o cenário mais propício para a tomada de risco.

A moeda norte-americana mais do que devolveu a alta vista ontem, caindo 0,65%, cotada a R$ 5,58. Na mínima, chegou a cair até 0,84%, para R$ 5,57, e, na máxima, avançou 0,39%, para R$ 5,64.

As moedas pares do real como peso mexicano, rublo russo e rand sul-africano também apresentaram ganhos frente ao dólar.

Enquanto isso, os juros futuros recuaram, em meio à melhora do cenário para risco e também pelo leilão do Tesouro, que colocou a maior parte da oferta de 31,5 milhões de LTN (Letra do Tesouro Nacional, um título público pré-fixas) para o prazo mais curto (25 milhões na LTN 1/4/2021).

"Isso acabou provocando uma queda um pouco mais acentuada dos juros do DI, foi uma questão mais técnica de mercado, nada a ver com o contexto macro", diz Cris Quartaroli, economista da Ourinvest.

  • Janeiro/2021: de 2,05% para 2,00%;
  • Janeiro/2022: de 3,27% para 3,19%;
  • Janeiro/2023: de 4,775% para 4,64%;
  • Janeiro/2025: de 6,65% para 6,56%.

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