Ibovespa acompanha o exterior e opera em alta, recuperando parte das baixas de ontem
O Ibovespa ensaia uma recuperação após as perdas massivas da sessão passada, apesar de o noticiário referente ao coronavírus continuar inspirando cautela

O Ibovespa e os mercados globais atravessaram uma tempestade na sessão passada, amargando perdas expressivas em meio às tensões relacionadas ao coronavírus. E, embora o mundo siga em alerta por causa da disseminação da doença, a terça-feira (28) começa mais tranquila nas bolsas.
Por volta de 17h15, o principal índice acionário do país subia 1,89%, aos 116.648,84 pontos, com os investidores corrigindo parte dos excessos de ontem, quando o Ibovespa fechou em forte queda de 3,29%. Lá fora, o tom também é positivo: nos EUA, o Dow Jones (+0,83%), o S&P 500 (+1,22%) e o Nasdaq (+1,71%) operam em alta.
Já o mercado de câmbio acompanhou apenas parcialmente a onda de alívio do Ibovespa. O dólar à vista fechou em baixa de 0,39%, a R$ 4,1932, após oscilar entre R$ 4,1882 (-0,51%) e R$ 4,2166 (+0,16%).
A recuperação vista na bolsa brasileira é impulsionada justamente pelas ações que registraram as maiores baixas no pregão anterior. É o caso da siderúrgicaGerdau PN (GGBR4), com ganho de 1,40%, e da mineradora Vale ON (VALE3) subindo 1,72%.
Os papéis da Petrobras, tanto os ONs (PETR3) quanto os PNs (PETR4), também se recuperam, com valorizações de 3,32% e 3,50%, respectivamente — lá fora, o petróleo fechou em leve alta.
O movimento desta terça-feira, no entanto, é puramente técnico, já que o coronavírus segue se espalhando pelo mundo num ritmo elevado. A doença já chegou a diversos países asiáticos e continua contaminando um número crescente de chineses.
Leia Também
Como medida para tentar conter o avanço do vírus, o governo da China prorrogou o recesso do Ano Novo Lunar até domingo (2). Como resultado, as bolsas de Pequim e Xangai permanecerão fechadas durante toda a semana.
Dólar oscilante
Lá fora, a sessão do mercado de câmbio foi marcada pela desvalorização do dólar em relação às moedas de países emergentes — um movimento de devolução da alta vista ontem.
Divisas como o peso mexicano, o rublo russo, o peso colombiano, o rand sul-africano e o peso chileno ganham força na comparação com o dólar — o real, assim, acompanhou seus pares internacionais.
Juros estáveis
Já as curvas de juros continuaram exibindo um comportamento bastante calmo, indiferentes ao noticiário do coronavírus. No mercado de DIs, os investidores aguardam novos dados de inflação no país e a decisão de juros nos Estados Unidos, a ser divulgada amanhã (29).
Veja abaixo como ficaram as curvas mais líquidas nesta terça-feira:
- Janeiro/2021: de 4,32% para 4,33%;
- Janeiro/2023: de 5,51% para 5,50%;
- Janeiro/2025: de 6,27% para 6,21%;
- Janeiro/2027: de 6,66%para 6,60%.
Dia cheio
No front corporativo, diversas notícias movimentam as ações do Ibovespa. Em destaque, aparece Azul PN (AZUL4), com ganho de 8,16%. A companhia aérea vai subarrendar 53 jatos E195 da Embraer, abrindo espaço na frota para os novos aviões da família E2 — mais econômicos e eficientes.
Também na ponta positiva, JBS ON (JBSS3) avança 2,05%— mais cedo, a empresa anunciou uma certo com a empresa chinesa WH Group para fornecimento e distribuição de carnes in natura para o país asiático — o acordo pode movimentar até R$ 3 bilhões ao ano.
Já Cielo ON (CIEL3) tem uma sessão instável: chegou a cair 5,57% perla manhã, mas, agora, sobe 2,14%, com os investidores e analistas reagindo de maneira mista ao balanço trimestral da empresa. Por um lado, a queda no lucro traz preocupação, mas, por outro, a renegociação do acordo com os controladores gera um leve otimismo.
Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do índice no momento:
- Azul PN (AZUL4): +8,35%
- Magazine Luiza ON (MGLU3): +5,22%
- Via Varejo ON (VVAR3): +5,04%
- Sabesp ON (SBSP3): +4,94%
- Eletrobras ON (ELET3): +4,57%
Confira também as maiores quedas do Ibovespa nesta terça-feira:
- Braskem PNA (BRKM5): -2,27%
- BRF ON (BRFS3): -1,13%
- Hypera ON (HYPE3): -0,85%
- Usiminas PNA (USIM5): -0,70%
- CSN ON (CSNA3): -0,65%
Cessar-fogo no radar dos investidores: Ibovespa se aproxima dos 140 mil pontos, enquanto dólar e petróleo perdem fôlego
O Irã sinaliza que busca um fim para as hostilidades e a retomada das negociações sobre seu programa nuclear
17 OPA X 0 IPO: Em meio à seca de estreias na bolsa, vimos uma enxurrada de OPAs — e novas regras podem aumentar ainda mais essa tendência
Mudança nas regras para Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) que entram em vigor em 1º de julho devem tornar mais simples, ágil e barato o processo de aquisição de controle e cancelamento de registro das companhias listadas
Dividendos bilionários: JBS (JBSS32) anuncia data de pagamento de R$ 2,2 bilhões em proventos; veja quem tem direito a receber
Após o pagamento dos dividendos, há ainda uma previsão de leilão das frações de ações do frigorífico
Quatro fundos imobiliários estão em vias de dizer adeus à B3, mas envolvem emissões bilionárias de outros FIIs; entenda o imbróglio
A votação para dar fim aos fundos imobiliários faz parte de fusões entre FIIs do Patria Investimentos e da Genial Investimentos
É hora de comprar Suzano? Bancão eleva recomendação para ações e revela se vale a pena colocar SUZB3 na carteira agora
O Goldman Sachs aponta quatro razões principais para apostar nas ações da Suzano neste momento; veja os pilares da tese otimista
Méliuz (CASH3) levanta R$ 180,1 milhões com oferta de ações; confira o valor do papel e entenda o que acontece agora
O anúncio de nova oferta de ações não foi uma surpresa, já que a plataforma de cashback analisava formas de levantar capital para adquirir mais bitcoin
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável
Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças
Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria
Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras
O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11
Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3
O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?
Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos
Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje
Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado