Coronavírus faz empresas exportadoras perderem R$ 48 bilhões em valor de mercado
Os temores de que o surto de coronavírus possam afetar a economia global trouxeram impactos às ações de exportadoras de commodities no Brasil

Desde o primeiro dia que o surto de coronavírus na China atingiu os mercados financeiros globais — que completou um mês ontem, 21 —, as empresas brasileiras exportadoras de commodities perderam R$ 47,709 bilhões em valor de mercado.
A queda reflete a aversão ao risco, em meio as incertezas sobre o impacto que a doença causará à economia do gigante asiático e do mundo. Também entra na conta o tempo para que a epidemia fique sob controle, com redução significativa da contaminação. Mesmo com a destruição de valor bilionária, especialistas estimam que as ações ainda não sentiram todo o efeito negativo.
Até ontem, mais de 75 mil pessoas foram infectadas na China continental e mais de 2 mil morreram. Além da gravidade das mortes, os números trouxeram outra preocupação aos investidores, desconfiados de que Pequim não esteja divulgando o cenário real da doença.
Assim, as ações ON (com direito a voto) de Gerdau e Vale, que exportam minério de ferro para a China, recuaram mais de 12% e 10%, respectivamente, desde o início do impacto. Investidores temem que, devido à falta de trabalhadores, o setor de construção no país asiático diminua o ritmo das obras.
A retração na produção de automóveis — que já vem desde o ano passado — é outro fator de preocupação. As vendas de carros no varejo da China tiveram queda anual de 92% nos primeiros 16 dias de fevereiro em razão da epidemia.
Segundo o analista da Mirae Asset Pedro Galdi, a produção de automóveis também caiu fortemente e a China "está parada". Exatamente por isso, o preço do minério de ferro caiu 4,85% em 30 dias.
Leia Também
Entre os especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, há quem acredite que as empresas deverão sentir os efeitos da doença no balanço do primeiro trimestre.
Petrobras e Vale alertaram durante a semana, em eventos ligados aos balanços, que o surto poderá ter algum efeito. Ambas monitoram tanto embarques quanto encomendas.
"O coronavírus não teve efeito nas quantidades, mas teve efeito nos preços, evidentemente", afirmou Roberto Castello Branco, presidente da Petrobrás, na divulgação de resultados esta semana. "Porque os mercados antecipam os efeitos na atividade econômica. Então, é só observar o preço, o comportamento dos preços do petróleo que houve uma queda. E vai se refletir nos nossos resultados no primeiro trimestre. Dizer quanto foi, agora, seria prematuro, até porque nós estamos no meio do trimestre."
Há, porém, quem ache a queda exagerada, uma vez que a percepção sobre as companhias ainda não foi alterada. Para Galdi, as perdas devem ser temporárias. No caso da Vale, ele diz que a empresa gasta US$ 30 para produzir minério de ferro e entregar na China, enquanto o preço da commodity segue no patamar dos US$ 90.
"O preço pode até cair para US$ 80 que a Vale ainda terá margem confortável", diz. "O que atinge mais a ação é a aversão ao risco generalizada, uma vez que os investidores estrangeiros saem primeiro das blue chips." A Vale não comentou a queda.
Maiores baixas
O papel PN da Gerdau foi o que mais caiu no último mês. A perda foi de 12,39%, seguido de Vale ON, com baixa de 10,53% e CSN ON, com retração de 10,44%.
Com perdas mais amenas, Petrobras ON caiu 3,59% no período, a PN recuou 3,45%, e Suzano ON teve baixa de 3%. Isso mesmo com o fato de o dólar ter avançado para um patamar muito próximo a R$ 4,40, o que beneficia as exportações e os balanços de maneira geral.
No caso da petrolífera, a menor queda reflete, segundo analistas, o balanço e o fato de os papéis já terem sido penalizados, principalmente pela emissão feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para vender suas ações na estatal. Já a Suzano ganhou quase R$ 3 bilhões em valor de mercado nos últimos dias com a valorização da celulose. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano
Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio
IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje
Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando
Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos
Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas
Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão
Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi
Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)
Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar
Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco
Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período
Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes
Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais
Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda
Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio
Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias
Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes
JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?
Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa
Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?
A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital
Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel
Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco
Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda
Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil
Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa
Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal
Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira
O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas