Sem Petrobras, Vale, bancos e frigoríficos, Ibovespa é índice mais caro do mundo, diz SPX
Small caps também são vistas com ressalvas por gestores de fundos, que falaram sobre as oportunidades que (ainda) veem na bolsa após a forte alta dos últimos anos
Após a forte alta dos últimos anos, a bolsa brasileira está cara? A dúvida de muitos investidores foi colocada em debate durante um painel com gestores de fundos durante a conferência anual promovida pelo Credit Suisse, que acontece até esta quarta-feira, em São Paulo.
Nas contas de Leonardo Linhares, sócio da SPX Capital, o Ibovespa hoje é o índice mais caro do mundo se deixarmos de fora bancos, frigoríficos, Petrobras e Vale, que representam aproximadamente 40% do principal índice da bolsa.
Ele não citou nomes, mas o grupo de 60% que encarece o Ibovespa é composto principalmente por ações de setores ligados ao consumo, como varejo e saúde. O fato de esses papéis estarem caros não significa que devem cair, mas o risco de se investir aumenta.
O gestor apontou a queda da taxa básica de juros (Selic) como o grande motor da bolsa nos últimos anos. “Mas precisamos estar preparados porque o melhor provavelmente já passou”, afirmou à plateia formada por investidores e executivos de empresas.
Linhares também vê com reservas as ações de menor capitalização de mercado, as chamadas small caps. Para o sócio da SPX, que possui R$ 40 bilhões sob gestão, o prêmio pela menor liquidez desses papéis hoje está muito baixo, ainda que possam existir boas histórias entre essas empresas.
O lado positivo dos preços mais altos é a maior propensão dos empresários para captarem recursos na bolsa, o que ajuda a desenvolver o mercado. “Hoje tem mais gestoras do que ações negociadas no Brasil”, disse Linhares.
Leia Também
A SPX tem se posicionado principalmente em busca de oportunidades na bolsa. O gestor citou como exemplo as ações da B3, que na visão dele caíram exageradamente depois das notícias sobre a possível entrada de um competidor para a bolsa no mercado brasileiro.
Foco nas grandes
Para Cassio Bruno, sócio da Moat Capital, no agregado a bolsa ainda está barata, mas já passou da fase em que era possível “comprar qualquer coisa porque o Brasil vai subir”.
Ele disse que o cenário para pode ser ainda melhor do que o já refletido nos preços, mas para isso é obrigatoriamente necessário que o Brasil dê certo. Ou seja, alguns setores podem sofrer se as perspectivas para os resultados não se confirmarem.
Ainda que tenha posição em empresas que se beneficiam da retomada da economia brasileira, como Via Varejo, Lojas Americanas e B2W, as principais posições da Moat hoje estão nas “large caps”, como Petrobras, Vale e bancos.
“Nós buscamos oportunidades naquilo que geralmente ninguém gosta, e hoje ninguém gosta dos bancos”, disse o sócio da Moat.
Ainda que espere um período mais duro de competição para as instituições financeiras, o gestor avalia que o preço das ações já reflete esse cenário.
Gringo quer crescimento
Um fenômeno que de certa forma intriga nesse movimento de alta da bolsa é a ausência do investidor estrangeiro, principalmente ao longo do ano passado.
Para Carlos Eduardo Rocha, o Duda, sócio-fundador da Occam, o Brasil ainda precisa mudar de patamar de crescimento para atrair o gringo, que ainda vê desempenhos melhores em outros mercados.
O gestor da Occam destoou da visão de que a bolsa brasileira esteja cara. Para ele, é natural que os preços subam em um ambiente de menor risco diante do processo de queda dos juros e de medidas como a reforma da Previdência.
Ainda assim, ele revelou que dois terços da carteira dos fundos da Occam hoje estão no mercado norte-americano, que tem buscado ativos de referência no setor de tecnologia. O foco é o mesmo das posições da gestora na bolsa brasileira, que incluem Magazine Luiza e Banco Inter.
A Occam também tem posições em ações do setor de consumo, como Lojas Renner e Via Varejo e de saúde (Hapvida).
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
