Warren Buffett fez novas apostas na bolsa e vendeu parte de suas ações da Apple
Um frenesi toma conta dos mercados americanos nesta sexta-feira: o lendário Warren Buffett comprou ações de duas empresas — o que faz esses papéis dispararem hoje
O megainvestidor Warren Buffett, uma das grandes lendas do mercado financeiro, é conhecido por ter um olho clínico na hora de aplicar seus recursos. Em geral, ele gosta de carregar suas posições por longos períodos e, sempre que possível, realiza aquisições de grande porte, buscando pechinchas no mercado.
Só que, de uns tempos para cá, essa segunda parte da estratégia tem se mostrado cada vez mais difícil. O próprio Buffett afirmou, em uma carta aberta endereçada aos acionistas da Berkshire Hathaway — o conglomerado de investimentos que é administrado por ele —, que "os preços de negócios que possuem prospectos razoáveis no longo prazo estão estratosféricos".
Sendo assim, cabe a Warren Buffet e à Berkshire Hathaway buscar oportunidades de investimento na bolsa. Pois depois de alguns meses dormente, o 'oráculo de Omaha' voltou a se movimentar, comprando ações de duas empresas relativamente desconhecidas — e vendendo parte de sua participação em outras duas companhias.
Comecemos, então, pelas novas apostas. Num documento entregue ontem à Securities and Exchange Commission (SEC, órgão semelhante à CVM dos Estados Unidos), a Berkshire Hathaway revelou a compra de cerca de 1,2 milhões de ações da RH, uma fabricante de móveis de luxo.
Além disso, o conglomerado de investimentos comandado por Warren Buffett também passou a deter cerca de 7,5 milhões de ações da petroleira Occidental — a companhia possui operações nos Estados Unidos, no Oriente Médio, na América Latina e na África.
Dada a reputação do megainvestidor, as notícias provocaram um frenesi nas bolsas americanas e geraram uma corrida pelas ações das duas empresas. Os papéis da RH, por exemplo, dispararam 7,56%nesta sexta-feira (15), cotadas a US$ 188,47; os ativos da Occidental subiram 3,15%, a US$ 38,95.
Leia Também
Enxugando
Outras movimentações na carteira da Berkshire Hathaway também chamaram a atenção do mercado. Ao mesmo tempo em que comprou ações da RH e da Occidental, Warren Buffet vendeu fatias na Apple e no Wells Fargo.
No mesmo documento entregue à SEC, o conglomerado mostra que optou por se desfazer de quase 750 mil ações da Apple. Pode parecer muito, mas a empresa ainda detém cerca de 248 milhões de papéis da fabricante do iPhone — algo em torno de 5% do capital da empresa.
No caso do Wells Fargo, as vendas conduzidas por Warren Buffet foram mais volumosas: 31,4 milhões de ações, enxugando a posição da Berkshire no banco em 248 milhões de papéis — pouco menos de 10% do capital social da instituição financeira.
Essas movimentações não provocaram grandes alterações na carteira da Berkshire. Tanto a Apple quanto o Wells Fargo ainda estão na lista das queridinhas de Warren Buffet, permanecendo entre os maiores investimentos do conglomerado, junto com a American Express, a Coca-Cola e o Bank of America.
Linha de pensamento
"Nunca invista num negócio que você não consegue entender": essa é uma das frases mais célebres de Warren Buffett e que resume bem sua filosofia. O megainvestidor é conhecido por não aplicar, por exemplo, em companhias de tecnologia e com modelos de negócio muito complexos — a exceção é a Apple.
E as duas novas apostas de Buffet na bolsa fazem jus a essa linha de pensamento. Mantendo a tradição, o 'oráculo de Omaha' preferiu investir em companhias mais "tradicionais", digamos — tanto a RH, uma fabricante de móveis, quanto a Occidental, uma petroleira, possuem operações de fácil compreensão.
Ambas também estavam longe dos holofotes, outra marca registrada do megainvestidor, que sempre busca os tesouros escondidos do mercado financeiro.
Ou melhor, estavam: afinal, quando Warren Buffett indica a direção, o resto dos investidores vai atrás.
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
