Fundos de ações reduzem alocação em renda fixa. Sim, é isso mesmo
Economatica mostra que do fim de 2015 até abril deste ano, percentual de recursos em renda fixa caiu de 17% para 8,4%. Entre gestores, Verde Asset tem maior alocação e fundos da BRAM a menor
O título pode parecer paradoxal, mas na classificação geral dos fundos de investimento, um fundo de ação é aquele que tem 67% de sua carteira em ativos relacionados a ações, podendo alocar o restante no que achar mais interessante. O que o levantamento da Economatica nos conta é que os fundos de ações estariam adotando uma postura mais agressiva ao abandonar posições em renda fixa, que podem ser vistas como mais defensivas.
Essa é apenas uma entre muitas hipóteses, pois estamos vendo o agregado da indústria. Outra avaliação possível é que o gestor pode ter visto grandes oportunidade em renda fixa e tirou proveito delas e, agora, avalia que as melhores oportunidades estão no mercado de ações.
Segundo a Economatica, em dezembro de 2015 foi registrado o maior percentual de alocação em renda fixa dentro do período analisado. Do patrimônio do conjunto de fundos de ações, 16,9% estava em instrumentos classificados como renda fixa. Nessa mesma data os fundos de ações setoriais alocavam ainda mais, 27,56% em renda fixa e os fundos de ações livre, 20,27%.
Em abril de 2019, esse volume tinha recuado para 8,4% do patrimônio, menor percentual registrado dentro do levantamento da Economatica, que começa em janeiro de 2015.

Quem em mais renda fixa na carteira?
O estudo também apresenta os gestores de fundos de ações com as maiores posições em renda fixa em abril de 2019.
Leia Também
Sete fundos consolidados da Verde Asset Management S.A. lideram a lista de alocação em renda fixa com 22,13% do patrimônio consolidado.
O gestor com maior patrimônio da tabela abaixo é o BB DTVM, do Banco do Brasil, com 35 fundos e patrimônio de R$ 5,42 bilhões, dos quais 9,19% estão com posição em renda fixa no mês de abril de 2019.
Já BRAM Bradesco Asset Management é a gestora com maior número de fundos da amostra (48) e tem 3,47% do patrimônio total alocado em renda fixa no mês de abril de 2019.
A amostra total conta com 260 gestoras que têm 758 fundos que atendem aos critérios metodológicos e 31 gestoras têm mais de cinco fundos dentro das características definidas.

Qual renda fixa?
A Economatica também consegue detalhar a alocação por instrumento de renda fixa, como debêntures, operações compromissadas, títulos públicos e outros instrumentos de instituições financeiras.
Em abril de 2019, a alocação em títulos públicos era de 59,33% e em operações compromissadas de 37,96% do total alocado pelos fundos de ações.
A partir de junho de 2017, a alocação maior muda para as operações compromissadas. Ao longo do período analisado, fica clara a correlação inversa entre os títulos públicos e operações compromissadas, algo típico do mercado.
Há uma mudança de perfil a partir de outubro de 2018. O percentual alocado em operações compromissadas aumentou e nos últimos três meses até abril de 2019 este percentual em compromissadas vem caindo e as posições em títulos públicos subindo.
As debêntures representam a terceira maior posição em renda fixa. Em abril de 2019 registraram 2,56% do total da carteira de renda fixa dos fundos de ações. Os depósitos a prazo de instituições financeiras detêm 0,15%.

Metodologia
• Foram analisados fundos de ações – classificação ANBIMA;
• Foram considerados somente fundos com alocação em outros fundos menor que 50% do patrimônio, dessa maneira estão excluídos da amostra os fundos de fundos;
• Foram considerados fundos que tenham registrado valor de patrimônio em pelo menos um dia dentro do mês analisado;
• Os fundos que atualmente estão encerrados entraram na amostra durante o período que estiveram presentes
• O percentual de alocação em renda fixa foi calculado com base no patrimônio total de cada fundo;
• Economatica verificou a posição indireta em renda fixa via abertura dos fundos que estão alocados nas carteiras. Podem existir pequenas posições escondidas nos últimos três meses em fundos que ainda não abriram suas carteiras.
• A amostra tem quantidade de fundos variável no tempo.
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
