A mesa redonda das privatizações
Eu sou um grande fã dos programas esportivos do tipo “mesa redonda” nas noites de domingo, principalmente quando o meu São Paulo sai vencedor na rodada.
Em particular, gosto das longas análises de lances polêmicos, como pênaltis não marcados, ainda que nada do que seja dito na TV mude o resultado das partidas.
Na agenda econômica, o tema das privatizações é um dos poucos capazes de provocar a mesma paixão. Todas as vezes em que menciono assunto aqui na newsletter, recebo várias manifestações de leitores contra e a favor da venda das empresas controladas pelo Estado.
Os defensores do governo-empresário têm como principal argumento a defesa dos interesses nacionais. Os críticos a esse modelo (entre os quais me incluo) avaliam que o Estado deveria concentrar seus recursos na prestação de serviços essenciais à população, como saúde, educação e segurança.
Assim como um lance de interpretação no futebol (foi mão na bola ou bola na mão?), trata-se de um tema em que cada um tem a sua opinião (e tudo bem que seja assim). Mas, e se pedíssemos ajuda de um “árbitro de vídeo (VAR)”?
Pois o Tesouro Nacional divulgou hoje um amplo levantamento sobre as estatais controladas pelos governos estaduais. E concluiu que elas representaram um custo de aproximadamente R$ 14 bilhões aos cofres públicos apenas no ano passado.
Será que esses recursos não seriam melhor empregados em outras áreas? Ou a manutenção dessas empresas é fundamental para o funcionamento dos Estados, mesmo com prejuízo?
Seja qual for a sua resposta, recomendo a leitura da reportagem do Eduardo Campos que traz as principais conclusões do estudo do Tesouro.
A dieta Guimarães
Por falar em privatizações, a Caixa Econômica Federal fechou o segundo trimestre com um lucro líquido de R$ 3,910 bilhões, o que representa uma alta de 12,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Na gestão de Pedro Guimarães, o banco público está no meio de um processo de venda de ativos considerados não-estratégicos para se concentrar nas suas atividades principais, como o crédito imobiliário. Confira mais dados do balanço da instituição nesta matéria.
Assim caminha a bolsa
Não vou dizer que foi ruim, também não foi tão bom assim… Em dia de feriado nos Estados Unidos, o Ibovespa interrompeu a sequência de altas dos últimos pregões. Os dados mais recentes da economia chinesa até chegaram a animar os investidores, mas as incertezas sobre os próximos passos da guerra comercial acabaram prevalecendo não só sobre a bolsa como também no dólar, que teve mais um dia de alta firme. O Victor Aguiar mostra para você como os mercados caminharam nesta segunda-feira.
#NãoVaiFicarBarato
Foi apenas em 2001, depois de uma longa batalha diplomática, que a China entrou na OMC. Pois agora o gigante asiático pretende se valer da mediação do organismo na batalha comercial contra os Estados Unidos. O Ministério do Comércio chinês informou que vai entrar com um processo na OMC contra as últimas tarifas impostas pelos norte-americanos, que começaram a valer em 1º de setembro. Veja mais detalhes sobre o novo round da disputa.
Liga pra mim?
Comprar ou vender ações da Oi? Quem acompanha de perto o sobe e desce da bolsa e, principalmente, dos papéis da operadora de telefonia, deve ter se perguntado isso em algum momento. De fato, o futuro da companhia ainda é uma incógnita, mas para vários analistas pode representar uma oportunidade caso você tenha bastante estômago para aguentar riscos. O Bradesco BBI é o mais novo no grupo que decidiu recomendar a compra das ações da Oi. Saiba mais detalhes sobre a indicação e o preço-alvo definido pelos analistas do banco para os papéis nesta matéria da Bruna Furlani.
Seguro do seguro
Com uma alta de 85% nos últimos 12 meses, as ações da empresa de resseguros IRB estão entre as estrelas da bolsa e chamaram a atenção de muitos investidores. Mas será que a companhia ainda tem fôlego para mais? Para os analistas do UBS, sim. Em um relatório divulgado hoje, o banco suíço aposta no aumento das receitas e na rentabilidade da companhia, como você confere nesta matéria.
Lucro para degustação
Estive na sede da vinícola Concha y Toro para uma visita guiada no mês passado, durante os dias em que passei de férias no Chile. À parte a falta de cuidados com as crianças, que não tiveram direito nem a um copo d’água enquanto os adultos degustavam os vinhos da casa, foi uma ótima experiência. Mas o que me chamou a atenção no passeio foi que o guia fez questão de ressaltar que a vinícola possui capital aberto, com ações negociadas nas bolsas de Santiago e Nova York. Pois a empresa acaba de divulgar seus resultados no segundo trimestre, e com números que fizeram os investidores brindarem com uma boa garrafa de Don Melchor, como conta o Victor Aguiar.
Uma ótima noite para você.
Aquele abraço!
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
*Colaboração Bruna Furlani.
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