O presidente Jair Bolsonaro indicou que pretende atuar para solucionar o impasse envolvendo a aposentadoria de policiais na discussão da reforma da Previdência. O presidente falou nesta quarta-feira, 3, na chegada a um evento em São Paulo, ao apontar para um grupo de policiais militares a trabalho e dizer: "vou resolver o caso de vocês, viu?"
Eleito com uma pauta fortemente ligada à segurança pública, Bolsonaro foi chamado na terça-feira, 2, de traidor por profissionais da categoria, em protesto na Câmara dos Deputados. "A reforma da Previdência atenderá a todos, fiquem tranquilos meus colegas das forças auxiliares, o sacrifício tem de ser dividido por todos", afirmou nesta quarta-feira, 3.
O presidente participou de uma solenidade de posse do novo comandante do Comando Militar do Sudeste, general Marco Antonio Amaro, que assume no lugar do general Luiz Eduardo Ramos, que será o novo ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, substituindo o general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Frota na contramão
O coordenador da bancada do PSL na Comissão Especial da reforma da Previdência, deputado Alexandre Frota (SP), contou que estuda apresentar um destaque ao relatório da proposta para abrandar as regras de aposentadoria para as carreiras de policiais federais e rodoviários federais.
A iniciativa de Frota vai na contramão do acordo que está sendo costurado entre os partidos para que nenhum deles apresente destaques. Frota também está fazendo um movimento contrário ao posicionamento de seu próprio partido. Na terça-feira, a sigla emitiu nota declarando que não apresentaria esses pedidos de mudança.
Para driblar essa orientação do PSL, Frota irá apresentar um destaque em seu nome, individual, e não de bancada, que seria um pedido endossado pela legenda.
A diferença é que os nominais podem ser rejeitados em bloco, sem que sejam analisados um por um. A tendência é de que todos esses pedidos individuais sejam derrubados de uma vez, em um só bloco.
*Com Estadão Conteúdo