A Petrobras fará ajustes no processo de venda da Liquigás. As mudanças serão nos requisitos de elegibilidade para os potenciais investidores interessados em participar do processo e no prazo para manifestação de interesse, que será estendido.
A empresa no entanto não divulgou detalhes dos pontos e da nova data no comunicado ao mercado. A companhia afirma que "divulgará oportunamente o novo teaser, com as principais informações sobre a transação".
Oferecida ao mercado pela primeira vez em 2016, como parte do plano de desinvestimento da Petrobras, após as fortes perdas registradas pela petroleira com a política energética adotada durante o governo Dilma Rousseff, a divisão de botijão de gás cozinha atraiu diversos interessados.
Entre eles, o grupo Ultra (dono da Ultragaz), a Supergasbraz e a Copagaz, além da turca Aygas. O martelo acabou sendo batido para o grupo Ultra, que ofereceu R$ 2,8 bilhões pelo negócio, em novembro daquele ano.
Mas no início de 2018, porém, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) barrou a aquisição.
Segundo pessoas próximas ao assunto, a Petrobras está preocupando-se em atrair principalmente interessados estrangeiros para evitar que o processo seja novamente barrado.
Grupos da França, da Turquia e da China estariam interessados pelo negócio, além de grandes fundos de investimento. A estimativa dos envolvidos é que o valor alcançado no novo processo de venda supere os R$ 2,8 bilhões que o Ultra desembolsaria anteriormente.
Já o mercado vê de outra forma: para especialistas, a Ultragaz pagaria o sobrepreço para conquistar o domínio do mercado. Não há outra empresa na mesma posição desta vez, evidentemente para evitar reação semelhante do Cade.
*Com Estadão Conteúdo