Petrobras (PETR4) corta preço da gasolina em 5% — saiba para quanto vai e quando a redução chega nas bombas
Segundo a estatal, a redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da companhia, que busca o equilíbrio dos seus valores com o mercado global

A Petrobras (PETR4) anunciou nesta segunda-feira (15) uma nova redução do preço da gasolina — 18 dias depois do último corte no valor do combustível e o terceiro no ano.
De acordo com a estatal, o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,71 para R$ 3,53 por litro, uma redução de R$ 0,18 por litro. O corte vale a partir de amanhã (16).
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina e 27% de etanol para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,70, em média, para R$ 2,57 a cada litro vendido na bomba.
A redução, segundo a Petrobras, acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da estatal, que busca o equilíbrio dos seus valores com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.
Reação à nova redução
A notícia ajudou as ações da Petrobras (PETR4) a ganhar um pouco mais de impulso em comparação com a movimentação dos papéis antes do anúncio.
Por volta de 12h30, as ações ON (PETR3) subiam 0,29%, a R$ 34,97, enquanto os papéis PN (PETR4) avançavam 0,54%, cotados em R$ 31,88.
A redução de hoje da Petrobras é de 4,8%, ou 20 centavos. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) indicava nesta manhã que havia espaço para um corte superior a 30 centavos.
Para a Ativa Investimentos, o impacto do corte na inflação não será imediato: o reajuste tem impacto direto no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de -15 pontos bases (bps), supondo que o repasse ao longo da cadeia seja similar a períodos recentes (55%) e utilizando pesos estimados para agosto.
“Em função da transmissão ao longo da cadeia, estimamos que os impactos serão sentidos apenas a partir do dia 25 de agosto, o que deixa apenas dois pontos base de impacto no IPCA deste mês, com redução de 13 pontos base na projeção de setembro”, diz a Ativa em nota.
Com isso, a Ativa projeta que o IPCA de agosto fique em -0,21% e de setembro em +0,23% . O ano foi reduzido de +6,5% para +6,3%.
Petrobras (PETR4) corta preços sob nova direção
O novo presidente da Petrobras (PETR4), Caio Mario Paes de Andrade, assumiu a petroleira em 28 de junho. O primeiro corte de preços da gasolina foi anunciado em 19 de julho e, desde então, o valor do litro em refinarias já teve queda acumulada de 13%.
Na semana passada, a estatal cortou pela segunda vez em agosto o preço de venda do diesel nas refinarias. Na ocasião, o preço do litro do diesel foi reduzido em R$ 0,22, com valor médio de venda passando de R$ 5,41 para R$ 5,19 por litro, uma redução equivalente a 4,07%.
Hoje, os preços do petróleo chegaram a cair mais de US$ 5, o equivalente a R$ 25, por barril, devido a temores de demanda, já que dados econômicos decepcionantes da China renovaram as preocupações com uma recessão global.
O recuo do petróleo tem sido usado pela Petrobras para justificar as reduções de preços recentes.
O preço dos combustíveis tem sido um problema para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. Por isso, ele promoveu mudanças consecutivas o comando da estatal — e tem sido acusado de interferir politicamente na empresa.
Bolsonaro também criticou o lucro da Petrobras sem mencionar que a União é a acionista controladora e dona da maior fatia das ações da Petrobras.
Veja também: Avalanche de dividendos da Petrobras (PETR4) — vale a pena?
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