Virou rotina: Ibovespa fecha em alta e crava mais um recorde de fechamento
Os dados mais fortes do Caged deram fôlego ao Ibovespa e fizeram o índice superar os 115 mil pontos pela primeira vez na história, marcando a terceira sessão consecutiva em que o índice chega a novas máximas
Costumes de dezembro: shoppings lotados, "Então é Natal" tocando em todos os lugares, uva passa no arroz e Ibovespa nas máximas — bem, essa última parte parece ter virado tradição em 2019.
Afinal, o principal índice da bolsa brasileira chegou a um novo recorde de fechamento nesta quinta-feira (19), aos 115.131,25 pontos (+0,71%). É a oitava vez apenas neste mês que o Ibovespa crava um novo topo histórico — e olha que só tivemos 13 pregões em dezembro até agora.
E o que explica essa nova rodada de ganhos por aqui? Bem, o dia até teve fatores positivos, com destaque para os resultados surpreendentemente fortes de geração de emprego no país. Mas, num pregão normal, tais dados não seriam capazes de injetar tanto ânimo nos agentes financeiros.
Os últimos pregões, contudo, não têm sido normais. Desde o início de dezembro, a aversão ao risco por parte dos investidores caiu sensivelmente, graças a uma junção de fatores domésticos e externos — levando o Ibovespa às máximas e trazendo forte alívio ao câmbio.
Por aqui, os dados mais fortes da economia brasileira — especialmente a expansão de 0,6% do PIB no terceiro trimestre deste ano — indicam uma recuperação da atividade doméstica, elevam a expectativa quanto ao desempenho do país em 2020. As taxas de juros nas mínimas históricas também contribuem para aumentar o otimismo.
E, no exterior, tanto o Brexit quanto a guerra comercial entre EUA e China passaram por uma despressurização considerável nos últimos dias. Agora, há a expectativa de uma conclusão rápida da saída do Reino Unido da União Européia, enquanto americanos e chineses chegaram a um acordo para aliviar as tensões entre os países.
Leia Também
Assim, com um pano de fundo tão favorável, qualquer fator positivo é capaz de dar mais impulso aos investidores. E foi exatamente isso que os dados do Caged fizeram nesta quinta-feira: os números representaram o sinal verde para que os agentes financeiros continuassem acelerando fundo.
O fato de as bolsas internacionais também terem tido uma sessão positiva só contribuiu para prolongar os ganhos por aqui: nos Estados Unidos, o Dow Jones (+0,49%), o S&P 500 (+0,45%) e o Nasdaq (+0,67%) fecharam em alta e renovaram as máximas.
No mercado de câmbio, o dia foi de tranquilidade: o dólar à vista passou a sessão toda flutuando ao redor da estabilidade, fechando em leve alta de 0,06%, a R$ 4,0622.
Céu de brigadeiro
No front doméstico, destaque para os dados do Caged, com um saldo líquido de empregos formais positivo em 99.232 vagas em novembro — o melhor resultado para o mês desde 2010.
Além disso, também foi divulgado hoje o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) — o documento, contudo, não trouxe grandes novidades em relação ao cenário já traçado anteriormente pelo Banco Central (BC).
A instituição projeta IPCA em 4% em 2019, mesmo valor divulgado na última ata do Copom — no último relatório, de setembro, a estimativa era de 3,3% para o índice oficial de preços. A previsão para 2020 é de 3,5%, mesmo número divulgado na ata do Copom, ante 3,6% projetado no documento de setembro.
O único mercado que reagiu de maneira mais intensa à RTI foi o de juros. Apesar de o documento apenas ter reforçado as tendências já mostradas pelo Copom, o mercado encontrou nas projeções mais altas de inflação para este ano um motivo para promover ajustes positivos nos DIs.
Confira abaixo como ficaram as curvas mas líquidas nesta quinta-feira:
- Janeiro/2021: de 4,60% para 4,66%;
- Janeiro/2023: de 5,92% para 6,06%;
- Janeiro/2025: de 6,56% para 6,72%;
- Janeiro/2027: de 6,90% para 7,02%.
Exterior tranquilo
Lá fora, o clima foi de calmaria generalizada. A aprovação do impeachment do presidente dos EUA, Donald Trump, pela Câmara dos Deputados do país, não mexeu com o mercado, uma vez que o desfecho da votação era amplamente aguardado.
Agora, o processo segue para apreciação do Senado, casa de maioria republicana — e, assim, também é esperado que a pauta não irá avançar nessa segunda fase de tramitação.
A pouca importância dada pelo mercado ao processo de impeachment abre espaço para que os ativos reajam com mais intensidade aos dados da agenda econômica americana. E, em linhas gerais, as informações mais recentes apontam para o fortalecimento da atividade no país.
Mais cedo, foi reportada a diminuição nos pedidos de auxílio-desemprego e a estabilidade no índice de indicadores antecedentes — dados que, embora tenham vido ligeiramente aquém das expectativas do mercado, ainda sinalizam que a economia americana está saudável.
Top 5
Veja abaixo quais são as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa:
- Natura ON (NTCO3): +5,69%
- Qualicorp ON (QUAL3): +3,70%
- Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4): +3,69%
- Gol PN (GOLL4): +3,67%
- CVC ON (CVCB3): +3,53%
Confira também as maiores baixas do índice nesta quinta-feira:
- Marfrig ON (MRFG3): -5,17%
- Cogna ON (COGN3): -3,69%
- Braskem PNA (BRKM5): -2,64%
- Cielo ON (CIEL3): -2,29%
- Engie ON (EGIE3): -1,87%
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
