Num dia de movimentação fraca, o Ibovespa subiu e retomou os 108 mil pontos
Apesar das incertezas domésticas e internacionais, os agentes financeiros promoveram movimentos de ajustes em algumas ações após as quedas recentes, o que deu forças ao Ibovespa
O Ibovespa e os mercados globais tinham um prato cheio de fatores para repercutir nesta segunda-feira (11): desdobramentos no cenário político local, crises sociais na América Latina, indecisões no front da guerra comercial. Só que, ao contrário do que se poderia supor, nenhum desses pontos foi o destaque da sessão de hoje.
O que realmente deu as cartas nesta segunda-feira foi o feriado do Dia do Veterano nos Estados Unidos. Por mais que as bolsas de Nova York tenham funcionado normalmente, as negociações tiveram uma negociação bem menor — efeito que também foi sentido por aqui.
Basta olhar para os dados de movimentação do Ibovespa: ao fim da sessão, o giro financeiro do índice somava apenas R$ 14,7 bilhões, abaixo da média diária em 2019, de R$ 16,5 bilhões. Pode parecer pouco, mas é importante lembrar que, desde a semana passada, o pregão tem uma hora a mais de duração.
Assim, uma base de comparação melhor é a da média negociada desde o início do horário estendido de negociação, de R$ 20,2 bilhões — desta maneira, o volume movimentado hoje ficou 27% abaixo do normal. E, com a liquidez mais fraca, quem operou hoje aproveitou para corrigir alguns excessos cometidos na última sexta-feira (8).
Ao fim do dia, o Ibovespa marcava 108.367,44 pontos, em alta de 0,69% — nas máximas da sessão. O índice, assim, descolou um pouco das bolsas americanas: o Dow Jones (+0,04%), o S&P 500 (-0,21%) e o Nasdaq (-0,13%) passaram a sessão sem se afastar muito do zero a zero.
O dólar à vista também aproveitou o dia menos movimentado para corrigir alguns excessos. A moeda americana foi na contramão do exterior e fechou em baixa de 0,57%, a R$ 4,1427 — lá fora, a divisa se fortaleceu na comparação com a maior parte dos ativos de países emergentes.
Leia Também
Sangue frio
Como já foi dito, inúmeros fatores de preocupação despontaram no radar dos investidores neste início de semana. Desde as incertezas no cenário político doméstico após a soltura do ex-presidente Lula até as idas e vindas nas negociações entre EUA e China, passando pelas turbulências em diversos países da América Latina — o cenário está longe de ser tranquilo.
Um operador pondera, no entanto, que um certo movimento de correção atingiu o dólar e algumas ações importantes do Ibovespa, que caíram demais na última sexta-feira (8). "Exageraram um pouco na cautela com as notícias da soltura do Lula e a polarização maior no cenário político", diz.
Entre os papéis que hoje encontraram espaço para recuperação, destaque para as ações da Petrobras, tanto as PNs (PETR4) quanto as ONs (PETR3), que hoje subiram 1,43% e 0,70%, respectivamente. Entre os bancos, Itaú Unibanco PN (ITUB4) avançou 0,44% e Banco do Brasil ON (BBAS3) teve ganho de 0,51%.
Mas, apesar desses ajustes em algumas ações, fato é que o cenário segue nebuloso para os mercados financeiros. No Brasil, muitos agentes financeiros ainda mostram receio quanto aos desdobramentos do panorama político local agora que o ex-presidente Lula está em liberdade.
Vale lembrar, ainda, que um possível aumento no acirramento político no Brasil ocorreria num momento em que a América Latina como um todo passa por fortes instabilidades.
Ontem, o presidente da Bolívia, Evo Morales, renunciou ao cargo, em meio aos protestos após sua reeleição; no Chile, o governo de Sebastián Piñera convocou uma nova Constituinte, também depois de diversas manifestações sociais.
Cautela comercial
Lá fora, os investidores optaram por uma abordagem mais cautelosa, refletindo os impasses nas negociações entre EUA e China — o governo americano não confirmou que irá abrir mão das tarifas protecionistas adotadas contra os chineses para assinar um acordo comercial.
Essa indefinição acabou impactando negativamente as ações de empresas que exportam para a China, como as metalúrgicas e siderúrgicas. Foi o caso de Vale ON (VALE3), em baixa de 2,14%, de CSN ON (CSNA3), com perda de 0,73%, e Usiminas PNA (USIM5), com desvalorização de 1,37%.
Juros em baixa
Acompanhando o movimento do dólar à vista, as curvas de juros também passaram por um ajuste negativo, em meio ao movimento de correção após as altas da semana passada — a moeda americana avançou 4,3% na semana passada.
Na ponta curta, os DIs com vencimento em janeiro de 2021 caíram de 4,54% para 4,52%; na longa, as curvas para janeiro de 2023 recuaram de 5,66% para 5,58%, e as para janeiro de 2025 foram de 6,25% para 6,20%.
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
