A primeira vez que ouvi falar da Taurus foi quando a companhia sofreu uma das suas maiores crises de imagem. A empresa teve problemas com a qualidade de suas armas, como disparos acidentais que mataram os próprios donos. O problema técnico abalou os negócios. Lá por 2015 e 2016, a Taurus estava praticamente com o pé na cova. Ou melhor, na fila para pedir recuperação judicial.
Os anos se passaram e pouco se falou da empresa. Até o ano passado. Quando Bolsonaro tomou a dianteira da corrida presidencial, a empresa virou uma coqueluche entre os investidores de ações. A lógica era a seguinte: Jair Bolsonaro deve ser o próximo presidente, logo vai liberar geral o porte de armas, logo a Taurus vai vender que nem água. A ação chegou a subir 700% em pouco mais de um mês. Depois o papel despencou e uma pergunta ficou no ar: era bolha?
Muita gente comprou ação da Taurus no frenesi político, sem conhecer o modelo de negócios da empresa ou abrir o balanço financeiro. Até hoje alguns amigos me perguntam se é hora de comprar a Taurus e se ela vai ganhar com o governo Bolsonaro.
Mas, afinal, o que está acontecendo com essa empresa? O repórter Fernando Pivetti foi até São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, para ver de perto qual é a situação da companhia e bater um papo com o presidente da empresa, Salesio Nuhs. Se você pensa em comprar ações da Taurus, esta reportagem é imperdível.
Avião no chão
A Gol precisou agir rápido diante de uma crise internacional envolvendo os aviões da Boeing. O modelo 737 MAX 8 sofreu dois acidentes aéreos recentemente. A Gol decidiu tirar os modelos de operação temporariamente - até o fim do ano passado, ela tinha 6 aeronaves na sua frota. A empresa vai aguardar as investigações sobre o produto para retomar os voos.
Além do desafio de ajustar a operação, os problemas do avião podem trazer muita dor de cabeça para Gol. O seu plano de renovação de frota foi desenhado em cima desse modelo.
Os problemas do avião, aliados à proposta de aquisição da Avianca pela Azul, fizeram as ações da Gol terminarem o dia na segunda maior baixa do Ibovespa. O anúncio da suspensão das operações do 737 MAX foi feito após o fechamento da bolsa e deve refletir nas ações da empresa hoje. Fique atento!
Corpinho de e-commerce, sede de fintech
E a chaleira do setor de pagamentos e tecnologia está em plena ebulição. O Mercado Livre anunciou ontem à noite que fará uma oferta de ações que pode chegar até US$ 2 bilhões. A diferença é que US$ 700 milhões já tem um comprador certo: a gigante de pagamentos PayPal. O acordo deixa a empresa com mais cara de fintech. O Vinícius Pinheiro te conta todos os detalhes aqui.
Mordida do leão
Vai ano, chega ano, é aquela dificuldade pra saber o que declarar ou não no Imposto de Renda. Uma das perguntas mais frequentes é sobre os rendimentos da poupança e da sua conta-corrente. Será que eles precisam ser declarados? A resposta é sim. A Julia Wiltgen te mostra como declarar essas contas e explica por que isso é necessário.
O acordo de May
Depois de um vai e vem de negociações, a primeira-ministra britânica, Theresa May, diz ter finalmente conseguido “mudanças vinculantes” no acordo sobre o Brexit. Ela apresenta hoje ao Parlamento Britânico novo acordo sobre a possível saída do Reino Unido da União Europeia. Mas a vida de May não será fácil. O líder da oposição, Jeremy Corbyn, pediu ontem ao Parlamento que o acordo seja rejeitado. Será que agora vai mesmo? Confira mais detalhes nesta matéria.
A Bula do Mercado: otimismo com a Previdência
O otimismo com o andamento da reforma da Previdência foi renovado graças a um empurrãozinho da velha política. Seguindo com as negociações, Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia firmaram acordo para liberar R$ 1 bilhão em emendas parlamentares, aumentando as chances da CCJ ser formada na quarta-feira.
As novidades locais e avanços nas negociações internacionais deixam os investidores menos avessos ao risco e de olho na agenda econômica. Euro e libra esterlina se fortaleceram após os ajustes no acordo do Brexit e a expectativa para a votação no parlamento britânico.
A perspectiva de que o Federal Reserve não mexa nos juros americanos tão cedo ajuda os ânimos do mercado e os sinais positivos de Nova York contribuíram com a alta das bolsas asiáticas e europeias. Ontem, o Ibovespa voltou a atingir a casa dos 98 mil pontos, fechando com alta de 2,79%, a 98.026 pontos. O dólar encerrou o dia em queda de 0,78%, a R$3,84. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Agenda
Índices
- IBGE divulga inflação em fevereiro
- Estados Unidos divulgam inflação em fevereiro
Balanços
- No Brasil: Minerva e Tenda
Bancos Centrais
- Ministros das Finanças da União Europeia fazem reunião em Bruxelas
Política
- Bolsonaro recebe a visita do presidente do Paraguai, Mario Benítez
- Parlamento britânico vota projeto sobre o significado do Brexit