Os atritos entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) seguem no foco dos mercados, que também aguardam algum pronunciamento do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O ministro está reunido desde 8h30 com o presidente no Palácio no Planalto. Também participaram do encontro o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o ministro da secretaria de governo, general Santos Cruz, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.
Ainda nesta segunda-feira, por volta das 14 horas, Guedes participa do 75ª Reunião Geral da Frente Nacional de Prefeitos (FNP). O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, também estará lá.
Pode ser uma boa ocasião para Guedes acenar a possibilidade de uma trégua depois da troca de farpas com relação à articulação da reforma da Previdência. O presidente da Câmara já reafirmou que é um defensor do projeto, mas que quem deve trabalhar pelos votos é o presidente Bolsonaro e os líderes no Congresso.
Na sexta-feira, Guedes disse a jornalistas, em tom de brincadeira, que não poderia falar “porque parece que o pau está comendo”.
Para Maia, como não há governo, Bolsonaro cria um embate entre os bons (nova política) e os maus (velha política) para manter a base ultraconservadora na internet.
Bolsonaro, já indicou que não vai ceder. Para o presidente, ele já fez sua parte ao enviar a reforma e cabe agora ao Congresso votar o projeto, que é uma política de Estado e não de governo.
“O que é articulação? O que é que está faltando eu fazer? O que foi feito no passado não deu certo e não seguirei o mesmo destino de ex-presidentes, pode ter certeza disso”, disse o presidente no fim de semana.
Semana cheia
Na terça-feira, está prevista a ida de Guedes à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. A audiência está prevista para as 14 horas para tratar da reforma da Previdência.
Já na quarta-feira, também às 14 horas, Guedes volta ao Congresso, mas desta vez para audiência conjunta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e da Comissão de Direitos Humanos. Na pauta o endividamento dos Estados.