Mais um nome entra para a conta dos militares que compõem o governo Bolsonaro. O general Jesus Corrêa será o novo presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O anúncio foi pelo próprio Jair Bolsonaro, que segue internado, em sua conta no Twitter.
"Tenho a satisfação de anunciar o General de Exército Jesus Corrêa como novo Presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)", escreveu Bolsonaro.
Tenho a satisfação de anunciar o General de Exército Jesus Corrêa como novo Presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). 🇧🇷
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 9, 2019
Pós-facada
O presidente está hospitalizado desde o fim de janeiro, quando fez uma cirurgia para retirar a bolsa de colostomia, ainda como parte do tratamento ao qual tem sido submetido após ter sido atingido com uma faca durante a campanha eleitoral do ano passado. Bolsonaro tem usado o Twitter para fazer anúncios oficiais.
Contendo os rebeldes
A nomeação vem depois de o Broadcast/Estadão ter publicado que o governo havia suspendido as indicações e dispensas de cargos comissionados para conter uma "rebelião" de aliados que começou no próprio Incra.
Como mostrou a matéria, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, enviou comunicado aos ministérios dizendo que as nomeações regionais estão "vedadas" até segunda ordem.
A medida para barrar as indicações do segundo escalão foi motivada por queixas que chegaram ao Palácio do Planalto, dando conta de que vários Estados, como Bahia, Pernambuco, Minas, Ceará e Pará, ou trocaram superintendentes do Incra ou fizeram ameaças de exoneração, sem qualquer motivo concreto.
Descontentamento
Alguns dos demitidos eram ligados a deputados de partidos como o DEM, que tem três ministros no governo, entre os quais o próprio Onyx. O DEM também está no comando da Câmara, com Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, com Davi Alcolumbre (AP).
Embora o principal problema tenha sido identificado no Incra, subordinado ao Ministério da Agricultura, houve descontentamento com substituições sem critérios em várias áreas, do Norte ao Sul do País, passando até mesmo por cima da análise técnica do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).