Na contramão do mercado, Itaú mantém projeção para Selic em 5,0% no fim do ano
Segundo relatório da instituição, o banco seguirá observando os dados para a inflação e a taxa de câmbio do Banco Central para decidir por uma nova reavaliação

Após a redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros anunciada nesta quarta-feira (18) pelo Copom, renovando a mínima histórica em 5,5% ao ano, os analistas do mercado financeiro diminuíram ainda mais as suas projeções para a Selic ao fim de 2019. Muitos acreditam que a taxa pode cair abaixo do patamar de 5%. Mas não é o que acredita o banco Itaú Unibanco.
Tendo como base as novas projeções do Banco Central para a inflação e para o câmbio, o banco acredita em um novo corte de 0,5 ponto percentual na próxima reunião, o que deve estabilizar a Selic em 5% ao ano. Pelo menos por enquanto.
O Itaú seguirá observando os dados divulgados pelo Banco Central para decidir se fará uma reavaliação, de acordo com relatório assinado pelo economista-chefe da instituição, Mario Mesquita.
"Por enquanto, esperamos outro corte de 0,50 p.p. na reunião de outubro, e iremos observar a divulgação dos dados e a evolução da comunicação do banco central, incluindo a ata da reunião (a ser divulgada na terça-feira, 24) e o relatório trimestral de inflação (a ser publicado na quinta-feira, 26), para reavaliar nossa visão", escreve o economista.
Para baixo
Na semana passada, antes mesmo da reunião do Copom, o Santander já havia revisto o cenário econômico e cortado as projeções para a taxa básica de juros para 4,5% ao fim de 2019, acreditando que a taxa deva vigorar neste patamar até o início de 2021.
E o bancão não é o único que projeta uma Selic na casa dos 4,0% ao ano. O tom do comunicado apresentado nesta quarta-feira (18) pelo Copom deixou sinalizado que novos cortes podem vir por aí. Assim, outros analistas também passaram a projetar uma taxa entre 5% e 4,5% ao fim de 2019.
Leia Também
IPCA confirma deflação em julho, Copom alivia retórica e analistas começam a revisar projeções para a taxa Selic
No Boletim Focus divulgado na última segunda-feira (16), o mercado havia mantido as expectativas de uma redução da Selic para 5% ao ano, até o fim de 2019, antecipando o corte de 0,5 ponto percentual da última reunião e na próxima, que ocorre em outubro. Para 2020, o mercado espera que a taxa se mantenha no mesmo patamar.
Efeitos do Copom
Com a taxa Selic mais baixa, a tendência é que o crédito também fique mais barato. E os bancos não demoraram muito para dar sinais de que devem acompanhar a decisão do Copom
O Itaú Unibanco anunciou ontem (18) que irá repassar integralmente o corte de 0,50 ponto percentual da Selic. A redução será feita no empréstimo pessoal, e, no caso de pessoa jurídica, no capital de giro.
O Bradesco também informou que reduzirá as taxas de juros de suas principais linhas de crédito a partir de segunda-feira, 23 de setembro.
Voando cada vez mais alto: Copom sobe a Selic em 0,5 ponto, a 13,25%, e dá a entender que os juros continuarão subindo
O Copom cumpriu as expectativas do mercado e reduziu o ritmo de alta da Selic; confira as sinalizações do BC quanto ao futuro dos juros
Greve dos servidores do BC continua e pode afetar a próxima reunião do Copom sobre a Selic
O sindicato dos servidores do BC terá uma nova reunião em 7 de junho; a categoria afirma que as operações via PIX não serão afetadas
Ata do Copom indica alta de 0,50 ponto da Selic em junho, mas deixa fim do ciclo de alta dos juros em aberto
Banco Central confirma que a Selic vai subir menos na próxima reunião, mas o topo da montanha da taxa de juros pode ser ainda mais alto
Copom segue escalando a montanha dos juros e eleva Selic em 1 ponto, a 12,75% ao ano — e continuará subindo rumo ao pico
É a décima alta consecutiva na Selic, que chega no maior patamar desde o começo de 2017; a decisão de juros do Copom foi unânime
Copom deve voltar a subir a taxa Selic amanhã. Conheça fundos imobiliários que podem lucrar ainda mais com a alta dos juros
Uma categoria específica de FIIs tem a rentabilidade atrelada a indexadores que se alimentam tanto da inflação mais salgada quanto do ciclo de aperto nos juros
Servidores do BC retomam greve na próxima semana. A reunião do Copom será afetada?
Os servidores do Banco Central retomam a greve na próxima terça-feira (03), por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral
‘Cenário alternativo’ do BC para a inflação gera mais ruídos que acertos, diz gestor
Para CEO e gestor da Parcitas Investimentos, Marcelo Ferman, cenário alternativo do BC é uma aposta arriscada que ele não faria.
O que esperar da Super-Quarta? Como as reações do Copom e do Fed aos desdobramentos da guerra podem influenciar seus investimentos
Em um contexto de inflação acelerada e elevação de juros, os investidores voltam a se posicionar em renda fixa, mas não só
Copom corre risco de desfalques na próxima reunião sobre taxa Selic após Senado adiar sabatina de novos membros da diretoria do BC
A avaliação do mercado é de que a falta de dois dos participantes empobrece o debate a respeito do ritmo de calibração da taxa básica de juros brasileira
Por que o dólar está despencando? Os motivos que explicam o forte alívio no mercado de câmbio
O dólar à vista fechou janeiro na casa de R$ 5,30, acumulando baixa de quase 5% no mês. Entenda o que está mexendo com o real e a taxa câmbio
Com a Selic acima de 10%, quais os próximos passos do BC? O podcast Touros e Ursos debate o futuro da taxa de juros
No podcast Touros e Ursos desta semana, a equipe do SD discutiu o cenário para a Selic e o BC em 2022. Até onde o Copom vai subir os juros?
Renda fixa, o xerifão da zaga, volta ao time titular dos investidores
Descubra como ficará o retorno dos investimentos em renda fixa agora que a Selic foi elevada a 9,25% ao ano pelo Banco Central
Como ficam os seus investimentos em renda fixa com a Selic em 9,25%
Aumento da taxa básica dispara gatilho de mudança na forma de remuneração da poupança. Veja como fica o retorno das aplicações conservadoras de renda fixa agora que o Banco Central elevou a Selic mais uma vez
Selic decola a 9,25%, maior patamar em quatro anos; BC assume tom duro e indica nova alta de 1,5 ponto em fevereiro
Com a nova alta de 1,5 ponto concretizada hoje, a Selic saiu do patamar de 2% em janeiro e fecha o ano em 9,25%
O novo sabor (ruim) da poupança, os mercados à espera do Copom e outros destaques desta quarta-feira
Com decisão do Copom, a regra da poupança vai mudar e a rentabilidade, aumentar; descubra se vale a pena experimentar
AGORA: Ibovespa futuro abre em forte alta e dólar recua com exterior favorável
Mercados continuam sendo beneficiados pelas notícias iniciais referentes à aparentemente baixa letalidade da variante ômicron do novo coronavírus
O melhor do Seu Dinheiro: Como não treinar seu dragão
Com inflação na casa dos dois dígitos, BC não consegue domar os preços e precisa elevar taxa Selic
O reino rentista ressurge no horizonte: o que esperar da decisão de amanhã (e das próximas) do Copom sobre a Selic
Aperto monetário deve perdurar até o fim da primeira metade do ano que vem, quando voltaremos a ter dois dígitos de taxa básica de juro
4 fatos que mexem com o Ibovespa na próxima semana — incluindo Copom e IPO do Nubank
O principal índice acionário brasileiro terá um calendário cheio de eventos e dados econômicos para digerir ao longo dos próximos dias
Copom muda o plano no meio do voo e contrata mais uma alta de 1,5 ponto porcentual da Selic
Confirmação da mudança do ‘plano de voo’ do BC consta da ata da última reunião de política monetária, divulgada hoje pela manhã; se confirmada, taxa básica de juro fechará 2021 a 9,25% ao ano