🔴 UM SALÁRIO MÍNIMO DE RENDA TODO O MÊS COM DIVIDENDOS? – DESCUBRA COMO

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Dois pra lá, dois pra cá

O Ibovespa dançou conforme a música da Previdência — mas, ao fim do dia, mal saiu do lugar

O Ibovespa chegou a cair mais de 1% nesta quinta-feira (27), em meio à cautela dos mercados em relação à Previdência. Mas as movimentações na cena política ajudaram a dissipar os temores

Victor Aguiar
Victor Aguiar
27 de junho de 2019
10:31 - atualizado às 9:47
Ilustração representando passos de dança
O ritmo da música mudou no meio do pregão, obrigando o Ibovespa a se adaptar - Imagem: Shutterstock

A reforma da Previdência ditou o comportamento do Ibovespa e do dólar à vista nesta quinta-feira (27). Quando as notícias eram negativas, o mercado reagiu com cautela; mas, quando o noticiário trouxe sinais mais encorajadores, os agentes financeiros colocaram as mangas para fora.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O saldo, ao fim do dia, foi praticamente nulo para o principal índice da bolsa brasileira: o Ibovespa bateu os 99.420,64 pontos na mínima (-1,26%) e tocou os 101.024,95 pontos na máxima (+0,33%), mas, ao término do pregão, marcava 100.723,97 pontos — uma ligeira alta de 0,04%.

O dólar à vista exibiu comportamento semelhante: oscilou entre os R$ 3,8726 (+0,66%) e os R$ 3,8273 (-0,51%), fechando a sessão em queda de 0,35%, a R$ 3,8335.

Essas variações se devem às mudanças de percepção dos mercados em relação à Previdência. Do pessimismo quanto ao cronograma de tramitação ao otimismo com a postura dos principais agentes políticos, os agentes financeiros foram ajustando suas posições — e calibrando suas apostas antes do fechamento do semestre.

Tensão matutina

Na primeira etapa, os mercados mostraram-se apreensivos com o cancelamento da sessão de hoje da comissão especial para a reforma da Previdência na Câmara. Afinal, havia a previsão de leitura do relatório do deputado Samuel Moreira — e a postergação elevou as dúvidas em relação ao cumprimento do cronograma de tramitação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Analistas, operadores e outros agentes financeiros têm batido duramente na tecla do cronograma, uma vez que o Congresso entrará em recesso no próximo dia 18. Assim, há apenas três semanas para que o texto seja aprovado na comissão especial e no plenário da Câmara, em dois turnos — caso contrário, o tema ficará parado até o retorno das atividades em Brasília.

Leia Também

As preocupações do mercado ganham ainda mais volume em função da postura adotada pelo Banco Central — a instituição sinaliza que novos cortes na Selic não serão feitos enquanto ocorrerem avanços significativos na tramitação da reforma.

"A aprovação da Previdência na comissão especial tem se mostrado mais difícil do que o inicialmente pensado", pondera um analista. No entanto, movimentações dos principais atores políticos ao longo do dia contribuíram para dissipar parte das preocupações e injetar confiança nos agentes financeiros, disparando a onda de fortalecimento do Ibovespa e do dólar.

Alívio vespertino

A onda começou a mudar no início da tarde. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o relator da proposta no colegiado, Samuel Moreira, afirmaram que o plano, agora, é realizar a leitura do voto complementar na tarde da próxima terça-feira (2).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Maia ainda afirmou que terá uma nova conversa com os governadores na terça, num esforço para incluir os Estados no texto da reforma. E um tom semelhante foi adotado pelos líderes do Novo, Solidariedade e Podemos na Câmara, que confirmaram o novo prazo e também ressaltaram a importância da questão dos Estados e municípios.

Ainda nesse âmbito, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reuniu-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e usou o Twitter para defender a inclusão dos Estados e municípios na proposta:

A percepção de que as principais forças políticas se articulam para fortalecer a proposta de reforma da Previdência agradou os agentes financeiros, dando um impulso aos ativos locais. Mas esse movimento teve alcance limitado, já que a preocupação em relação ao cronograma de tramitação continua no radar.

Assim, dividido entre otimismo e cautela, o Ibovespa ficou praticamente estável e defendeu o nível dos 100 mil pontos pelo sexto pregão consecutivo.

De olho no Japão

No exterior, os mercados globais voltaram as atenções para a reunião do G-20, no Japão — o foco, naturalmente, está no diálogo entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, a respeito da guerra comercial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os dois líderes darão continuidade às negociações, e o mercado mostra-se esperançoso quanto ao anúncio de algum tipo de trégua ou acordo preliminar que amenize as tensões no front comercial. E, em meio a essa expectativa, as bolsas americanas tiveram um dia bastante tranquilo.

O S&P 500 e o Nasdaq se mantiveram em alta durante toda a sessão, terminando com ganhos de 0,38% e 0,73%, respectivamente. Já o Dow Jones não se afastou muito da estabilidade, fechando em leve queda de 0,04%.

Juros reagem

A melhoria de humor dos mercados locais se refletiu no comportamento da curva de juros: durante a manhã, quando a preocupação em relação ao prazo da reforma era predominante, os DIs operaram em alta; mas, em meio ao otimismo com o cenário político, as curvas recuaram e fecharam o dia em queda.

Na ponta curta, os DIs com vencimento em janeiro de 2021 viraram e recuaram de 5,96% para 5,93%. No vértice longo, as curvas para janeiro de 2023 caíram de 6,75% para 6,73%, enquanto as para janeiro de 2025 ficaram inalteradas em 7,24%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais cedo, o Relatório de Inflação do BC mostrou um cenário em que a inflação fica ao redor das metas até 2021, o que, em tese, autorizaria novos cortes da Selic. Contudo, o documento também reforça a necessidade de “avanços concretos” na agenda de reformas para a consolidação desse cenário.

GPA no topo

Um ativo do Ibovespa se destacou desde o início do pregão: as ações PN do Grupo Pão de Açúcar (GPA) (PCAR4), que fecharam em forte alta de 11,26%, a R$ 94,14. Os ganhos expressivos se devem aos planos de restruturação anunciados pelo francês Casino, controlador da empresa brasileira.

O projeto inclui a reorganização das operações do Casino na América Latina, com o GPA comprando a Almacenes Éxito e passando a concentrar as atividades de supermercados do grupo francês no continente. O plano ainda prevê a migração do GPA para o Novo Mercado da B3, com a conversão de todas as ações preferenciais em ordinárias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

TOUROS E URSOS #249

Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção

26 de novembro de 2025 - 12:30

No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar