🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Sem estresse

Apesar da guerra comercial, o Ibovespa e as bolsas globais tiveram um dia zen

O clima mais ameno nos mercados globais permitiu que o Ibovespa tivesse um dia bastante tranquilo e retomasse os 104 mil pontos

Victor Aguiar
Victor Aguiar
8 de agosto de 2019
10:31 - atualizado às 10:59
Monge meditando
Ibovespa flutuou e voltou aos 104 mil pontos; dólar caiu a R$ 3,92 - Imagem: Shutterstock

Os agentes financeiros globais passaram a quinta-feira (8) repetindo um mantra:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Hoje não, guerra comercial. Hoje, não

Desde o início do dia, os mercados globais mostraram-se dispostos a não se deixar contaminar pelo estresse gerado pelas disputas entre Estados Unidos e China. Fecharam os olhos, controlaram a respiração e trataram de limpar a mente. E, leves como uma pluma, o Ibovespa e as bolsas americanas levitaram.

O principal índice acionário brasileiro, por exemplo, fechou o pregão em alta de 1,30%, aos 104.115,23 pontos — na máxima, o Ibovespa chegou a avançar 1,46%, aos 104.281,89 pontos. E, em Nova York, o Dow Jones (+1,43%), o S&P 500 (+1,88%) e o Nasdaq (+2,24%) também tiveram ganhos expressivos

Toda essa postura zen tem como base o noticiário internacional. Apesar de ainda não haver sinais de alívio na guerra comercial — pelo contrário, o yuan voltou perder força em relação ao dólar e o presidente americano, Donald Trump, continuou atirando para todos os lados no Twitter — outros desdobramentos trouxeram paz de espírito aos mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em destaque, aparece a balança comercial da China em julho, que veio bem mais forte que o projetado pelos analistas e especialistas. Com o resultado, aumentou a percepção de que o gigante asiático ainda não está sendo fortemente impactado pelos atritos com os EUA, o que trouxe tranquilidade às negociações.

Leia Também

O mercado de câmbio também aproveitou esse contexto para meditar: por aqui, o dólar à vista passou por um forte alívio e fechou em baixa de 1,18%, a R$ 3,9275 — comportamento semelhante ao visto no exterior, onde a moeda americana também perdeu terreno em relação às demais divisas de países emergentes.

Guerra e paz

A guerra comercial ganhou novos episódios nesta quinta-feira: o Banco do Povo da China (PBoc, na sigla em inglês), voltou a depreciar o yuan em relação ao dólar, mas esse movimento foi menos intenso do que o projetado pelos mercados — o que deu força à leitura de que Pequim não pretende entrar numa guerra cambial neste momento.

Além disso, os dados da balança comercial da China em julho vieram mais fortes que o esperado: as exportações do país asiático subiram 3,3% no mês passado, enquanto as importações caíram 5,6%, gerando um superávit comercial de US$ 45 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Esse resultado indica que a economia do país asiático tem conseguido resistir aos potenciais impactos negativos das disputas com os Estados Unidos. E esse fator, em conjunto com o tom 'ameno' do PBoC, contribuiu para trazer alento às negociações globais, dando força aos ativos de risco e de países emergentes.

"As últimas sessões foram bem negativas, então o mercado aproveitou essa conjuntura de hoje para respirar um pouco", destaca Rafael Passos, analista da Guide Investimentos. "Mas a guerra comercial segue no radar dos investidores. A China está, de fato, confrontando os Estados Unidos".

Olhando para dentro

Com o clima mais favorável no exterior, os agentes financeiros locais ficam mais tranquilos para dar atenção aos desdobramentos do cenário doméstico, em especial, a conclusão da votação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados, na noite de ontem — dando sustentação extra ao Ibovespa e ao dólar à vista.

A Câmara rejeitou os oito destaques apresentados, mantendo o texto-base da proposta inalterado, mantendo a potência fiscal prevista pela reforma num patamar acima dos R$ 900 bilhões em 10 anos. Agora, o projeto segue para aprovação no Senado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em linhas gerais, o mercado já dava a aprovação da Previdência como certa desde que o texto recebeu sinal verde na votação em primeiro turno no plenário da Câmara, em julho. No entanto, a possibilidade de desidratação da reforma via destaques trazia alguma apreensão aos agentes financeiros — temor que foi definitivamente afastado.

Calminho, calminho

A força demonstrada pela balança comercial chinesa acabou aumentando a propensão dos agentes financeiros ao risco, e esse movimento foi bastante perceptível no mercado de câmbio. As moedas de países emergentes e exportadores de commodities, que se desvalorizaram em bloco em relação ao dólar nos últimos dias, hoje recuperaram parte do terreno perdido.

Com os mercados assumindo uma postura menos defensiva, ocorreu um movimento de busca por ativos mais rentáveis. No câmbio, essa movimentação implica numa saída das posições em dólar em direção às divisas emergentes.

Nesta quinta-feira, quase todas as moedas com esse perfil ganharam força, com destaque para os pesos da Colômbia, do Chile e do México; para a lira turca e para o forint húngaro — além, é claro, do real.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale ressaltar que, por aqui, o dólar à vista já acumulava ganhos de 4% em julho até ontem, quando fechou a R$ 3,9743 — o que abre espaço para um alívio mais amplo nesta quinta-feira.

Juros distensionados

As curvas de juros passaram por mais um leve ajuste negativo nesta quinta-feira. E o movimento de hoje possui relação com o resultado da inflação medida pelo IPCA em julho: o indicador ficou em 0,19%, a menor taxa para o mês desde 2014.

Com a inflação controlada, cresce a percepção de que o Banco Central tem espaço para promover mais cortes na Selic. E, com esse princípio em mente, os agentes financeiros ajustaram as curvas de juros.

Na ponta curta, os DIs para janeiro de 2020 caíram de 5,51% para 5,47%, e os com vencimento em janeiro de 2021 recuaram de 5,42% para 5,40%. No vértice longo, as curvas para janeiro de 2023 foram de 6,37% para 6,34%, e as com vencimento em janeiro de 2025 fecharam em baixa de 6,88% para 6,83%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais balanços

Voltando ao Ibovespa, outro destaque fi a continuidade da temporada de balanços corporativos, com três empresas que integram o índice reportando seus números recentemente: Banco do Brasil, Braskem e Azul — você pode conferir um resumo dos números nesta matéria especial.

A companhia aérea Azul saiu do prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 345,5 milhões entre abril e junho deste ano — como resultado, as ações PN da empresa (AZUL4) subiram 2,60%. Em relatório, o Itaú BBA afirmou que os números da Azul foram bons, mas em linha com o esperado — a margem operacional "sólida" foi um dos destaques do trimestre.

Já os papéis ON do Banco do Brasil (BBAS3) tiveram um desempenho mais discreto, em alta de 0,72%, apesar do salto de 36,8% no lucro líquido, para R$ 4,432 bilhões. Para o UBS, apesar do crescimento no lucro, chama a atenção as maiores provisões no trimestre — o que ajuda a reduzir a empolgação com os resultados.

Por fim, Braskem PNA (BRKM5) caiu 2,28% e teve o pior desempenho do Ibovespa, após a petroquímica registrar uma baixa de 79% no lucro líquido, para R$ 102 milhões. O Safra afirma que os dados operacionais da Braskem foram fracos, o que justifica a má reação dos papéis da empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Commodities se recuperam

Após passarem os últimos dias sob intensa pressão por causa da escalada nas tensões entre Estados Unidos e China, o minério de ferro e o petróleo encontram espaço para recuperarem parte do terreno perdido — e, assim, os papéis ligados a esses produtos também avançam.

O minério de ferro fechou em alta de 0,87%, interrompendo uma sequência de seis baixas consecutivas na cotação da commodity. Esse fator, somado ao otimismo em relação à economia da China após os dados da balança comercial, dá força às ações da Vale e das siderúrgicas, um dos grandes consumidores globais de minério e de aço.

Nesse contexto, Vale ON (VALE3) subiu 1,51%, CSN ON (CSNA3) teve alta de 2,47%, Gerdau PN (GGBR4) avançou 3,24% e Usiminas PNA (USIM5) teve ganho de 4,01% — esta última liderou os ganhos do Ibovespa nesta quinta-feira.

O petróleo também se recuperou, tanto o WTI (+2,84%) quanto o Brent (+2,05%), o que dá força aos papéis da Petrobras: os PNs (PETR4) subiram 2,93% e os ONs (PETR3) avançaram 2,38%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

FIIS HOJES

FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso

20 de outubro de 2025 - 18:01

O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato

PRÉVIA OPERACIONAL 3T35

Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25

20 de outubro de 2025 - 11:55

BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida

BALANÇO SEMANAL

Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana

18 de outubro de 2025 - 15:40

Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA

ESTRATÉGIA

Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos

18 de outubro de 2025 - 14:25

Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos

DAY TRADE

De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”

18 de outubro de 2025 - 13:29

Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica

FORTALEZA SEGURA

Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008

17 de outubro de 2025 - 19:11

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.

COPA BTG TRADER

Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”

17 de outubro de 2025 - 18:40

No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados

VAI COMEÇAR O BARATA-VOA?

Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro

17 de outubro de 2025 - 17:25

Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas

AUMENTOU O RISCO BRASIL?

Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras

17 de outubro de 2025 - 13:03

Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar