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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Rankings

Os fundos de investimento mais rentáveis de 2018

Economatica divulga os rankings dos melhores fundos de investimento de 2018 nas categorias renda fixa, multimercados e ações com mais de 5 mil cotistas

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
7 de janeiro de 2019
19:10 - atualizado às 18:25
Fundos que apostaram em debêntures, títulos públicos de longo prazo e ações brilharam em 2018. - Imagem: Shutterstock

A consultoria Economatica divulgou, nesta segunda-feira (07) os rankings com os melhores fundos de investimento de 2018 nas categorias renda fixa, multimercados e ações. Foram montados três rankings com os 20 fundos mais rentáveis de cada categoria e seus desempenhos em relação aos seus benchmarks (índices de referência, como CDI e Ibovespa).

A Economatica considerou apenas os fundos com mais de 5 mil cotistas ao final de 2018, com pelo menos 12 meses de vida. Assim, do total de 12.826 fundos existentes no mercado brasileiro, restaram apenas 295 fundos aptos a integrar o levantamento, sendo 194 de renda fixa, 65 multimercados e 36 de ações.

O critério deixa de fora fundos menores, muitos dos quais geridos por instituições financeiras não ligadas a grandes bancos, mas seleciona fundos mais populares e acessíveis a pessoa física, tanto via grandes bancos de varejo quanto via plataformas abertas de investimento.

Mas engana-se quem pensa que apenas os fundos colossais dos bancões integram as listas de melhores fundos de investimento. Diversos fundos famosos de gestoras independentes aparecem nos rankings.

Os melhores fundos de investimento em renda fixa

Todos os 20 melhores fundos de investimento em renda fixa de 2018 tiveram desempenho superior ao CDI no ano, índice de referência para o desempenho da renda fixa. Os mais rentáveis foram aqueles que investem quase que exclusivamente em títulos públicos prefixados ou atrelados à inflação, subclassificados como Indexados.

Esses fundos tentam seguir ou superar um índice de renda fixa que reproduza o desempenho de uma cesta de títulos públicos prefixados ou indexados à inflação com determinadas características. O ganho vem da valorização dos títulos.

O resultado é condizente com o desempenho na renda fixa no ano passado. Com a queda nos juros futuros, esses títulos públicos estiveram entre os investimentos que mais valorizaram em 2018, como já mostramos aqui no Seu Dinheiro.

O fundo que ficou em primeiro lugar - o BB RF LP Índice de Preço Estilo, da gestora de recursos do Banco do Brasil - rendeu quase 186% do CDI e tem uma carteira composta por 90% de títulos públicos, e o restante em operações compromissadas.

Aliás, 11 dos 12 fundos mais rentáveis investem quase todos os seus recursos em títulos públicos. Apenas o de debêntures incentivadas da Sparta tem perfil diferente, investindo 25% do patrimônio em debêntures de infraestrutura, 20% em títulos públicos e o restante em depósitos a prazo e compromissadas.

Atenção também para o fato de que a lista é composta majoritariamente por fundos que investem em títulos de longo prazo, os mais beneficiados com a queda dos juros longos, devido à redução do risco-país após as eleições e à perspectiva de crescimento econômico.

O ano de 2018 foi um prato cheio para o investidor de renda fixa, mas apenas para aqueles que toparam mais risco. Os maiores retornos estiveram justamente nos títulos públicos mais voláteis, principalmente os de longo prazo, e no crédito privado.

Dos 20 fundos da lista, dez tem volatilidade bem alta para a renda fixa, de 3,00 para cima. Nove deles estão entre os dez primeiros lugares. Os dois primeiros têm volatilidade de 5,41. Isso quer dizer que a oscilação nos preços das cotas costuma ser bem grande.

Há oito fundos mais tranquilinhos, com volatilidade perto de zero, e oito deles ocupam da 11ª à 20ª posição. Eles são mais focados em títulos de crédito privado, como as debêntures e os títulos emitidos por bancos. O único fundo entre os dez primeiros com volatilidade mais baixa, de 0,58, é novamente o de debêntures incentivadas da Sparta.

Os melhores fundos de investimento multimercados

Entre melhores fundos de investimento multimercados apareceram diversas estratégias. Os maiores retornos vieram dos fundos de maior volatilidade e com maiores percentuais do patrimônio em bolsa, aproveitando o bom desempenho das ações em 2018. Novamente, todos os 20 fundos da lista superaram o CDI, e por grande margem.

O primeiro lugar ficou com o XP Long Biased 30 Fc FIM, que tem 88% do seu patrimônio em renda variável e 2,7% de investimentos no exterior, sendo o restante em renda fixa.

Dentro da posição de renda variável, o fundo tem 84,5% do patrimônio em posição vendida (short), sendo 157,2% em posição comprada (long), 9,2% de ações alugadas e 6,2% em units. Os percentuais superam 100% porque os fundos multimercados podem operar alavancados (expor mais que 100% do patrimônio).

O retorno do fundo da XP foi de nada menos que 471,15% do CDI. Mas sua volatilidade também é a maior entre os 20 melhores multimercados: 19,94.

O segundo colocado, o Polo Norte I, da Polo Capital, já tem uma volatilidade bem menor (6,60) e uma carteira que é praticamente metade renda fixa e metade renda variável. Seu retorno foi de 338,70% do CDI no ano.

Em terceiro lugar, o multimercado da Murano tem 81% do patrimônio em renda fixa, 19% no exterior e apenas 10% em renda variável. Sua volatilidade é de 10,20 e seu retorno no ano foi de 285,12% do CDI.

Além do primeiro colocado, apenas outros três fundos investem majoritariamente em renda variável: o Selection Renda Variável (5º lugar), o AZ Quest Total Return (7º lugar) e o Claritas Long Short (10º lugar). O Selection e o fundo da Claritas destinam mais de 80% do patrimônio à renda variável, enquanto o da AZ Quest destina 67%.

Dois fundos da lista investem apenas em renda fixa: o de debêntures incentivadas da CA Indosuez e o do Brasil Plural, de crédito privado.

Apesar dos maiores retornos terem ficado com fundos que expõem boa parte do patrimônio ao risco de bolsa, os que investiram pesado em renda fixa puderam se beneficiar dos bons retornos das debêntures e dos títulos públicos de maior risco.

Os melhores fundos de investimento em ações

O fundo de ações mais rentável de 2018, entre os que atendem aos pré-requisitos da Economatica, foi o Clic FIA, da corretora do Banco Mercantil, que tem 88,6% do patrimônio investido em renda variável.

A volatilidade do Clic, de 31,24, é a terceira maior entre os fundos do ranking. Seu retorno foi quase 66 pontos percentuais superior ao do Ibovespa, que fechou com alta de 15,03% em 2018.

Quase todos os fundos da lista investem mais de 80% do seu patrimônio em renda variável, com exceção de três: os dois fundos de BDR da gestora Alaska (71% em renda variável cada um) e o de dividendos do BB (78,6% em renda variável).

BDR são Brazilian Depositary Receipts, recibos de ações de empresas estrangeiras negociados na bolsa brasileira. Os fundos da Alaska podem investir em renda variável em geral, não necessariamente BDR. Mas eles têm permissão para comprar esses recibos de ações se desejarem. Já o fundo do BB foca em ações de empresas boas pagadoras de dividendos.

Interessante notar que alguns dos maiores fundos do país em número de cotistas constam nesta lista.

É o caso do Bradesco FICFIA, fundo com mais cotistas do país dentre os analisados pela Economatica, com 824.701 investidores; o Itaú Ações Blue FICFI, segundo maior em número de cotistas, com 694.254 investidores; Itaú Ações IBrX Ativo FICFI, terceiro colocado, com 599.321 cotistas; e o Bradesco Ba FICFIA, quinto maior, com 508.512 cotistas.

Nas categorias renda fixa e multimercados, os maiores fundos em número de cotistas não ficaram entre os mais rentáveis do ano.

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