O trailer foi melhor que o filme
Veja os destaques do Seu Dinheiro nesta manhã
Certa vez pedi um aumento para o meu chefe em uma das redações que trabalhei por aí. Ele ouviu e ficou de negociar com o RH. Uma semana depois me trouxe as boas novas: “Marina, você vai ganhar um aumento”. Nessa hora meu coração disparou de alegria e tentei segurar o sorriso no canto da boca.
Na sequência, recebi os detalhes da minha “promoção”: o aumento era de R$ 200 bruto e passaria a valer no mês seguinte. Fiz uma conta de cabeça e logo vi que cairia pouco mais de R$ 100 na minha conta após os descontos, nada que me ajudasse a sair da pindaíba. O sorriso ficou amarelo. Nas semanas seguintes, a boa nova ficou ainda pior: a empresa fez um corte na equipe, o famoso “passaralho”, e congelou todos os aumentos, inclusive os 200 contos que me prometeram. Que decepção!
Senti o mesmo gostinho ao longo das últimas semanas com a promessa do governo de liberação do saque do FGTS. Com a sinalização da liberação das contas na semana passada, consultei meu saldo e já fazia planos para o dinheiro. Em seguida, veio o “porém”: só dá para sacar R$ 500 por conta. Meus planos viraram vinagre...
Sou suspeita para falar, afinal, sou profissional da comunicação. Mas um discurso mal pensado é capaz de transformar uma “notícia boa” em uma grande decepção. Faltou alinhamento no governo para o anúncio do saque do FGTS. A liberação de R$ 500 de um dinheiro do trabalhador ao qual ele não tem acesso e rende menos que a poupança é uma notícia boa mesmo para quem tem um saldo mais parrudo.
Mas basta uma breve zapeada no Twitter e você vai achar uma série de piadas e comentários indignados sobre o benefício concedido ao trabalhador. Por que o governo não disse simplesmente que preparava uma medida para liberar o saque de R$ 500 de cada conta do FGTS? Todo mundo estaria comemorando…

Leia Também
O trailer sobre o saque do FGTS foi melhor que o filme. Além de decepcionar quem esperava raspar a conta toda, o discurso de que o governo não cedeu ao lobby das construtoras não convenceu. Também ficou obscura a opção de saque-aniversário do FGTS, apresentada como um “14º salário”, mas que retira o direito ao resgate do fundo na rescisão, algo que sempre foi um alento para os brasileiros quando o desemprego bate à porta. É, de novo, a notícia boa com um “porém”.
E a economia, como fica? Sem dúvida, os R$ 500 vão dar uma força para o comércio e ajudar quem está endividado. Mas será suficiente para retirar o país do atoleiro? A colunista do Seu Dinheiro, Angela Bittencourt, traz uma análise sobre o impacto.
A Bula do Mercado: olhos sobre o BCE
Os ativos financeiros locais abrem a sessão de hoje sob o impacto do balanço trimestral do Bradesco e da decisão de juro do Banco Central Europeu (BCE). A autoridade monetária da zona do euro passou a projetar que as taxas de juros serão mantidas nos níveis atuais ou menores até, pelo menos, o primeiro semestre de 2020.
A cautela que costuma preceder encontros importantes como o do BCE fez com que os mercados de ações na Ásia fechassem com variações estreitas. As principais bolsas de valores europeias abriram com pequenas oscilações, enquanto os índices futuros de Nova York operam sem direção única.
No Brasil, o mercado financeiro segue precificando um corte de pelo menos 0,25 ponto porcentual na taxa Selic na próxima reunião do Copom, dia 31. Ontem, o Ibovespa teve alta de 0,40%, aos 104.119,54 pontos, enquanto o dólar à vista caiu 0,09%, a R$ 3,7693. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Entre
e 
O Facebook dividiu os analistas com o seu último balanço financeiro, divulgado ontem à noite. A empresa de Mark Zuckerberg registrou dados operacionais fortes, com expansão na receita (28%) e na base de usuários (8%) — o que, naturalmente, agradou o mercado. Mas o escândalo de vazamento de dados envolvendo a Cambridge Analytica ainda cobra o seu preço. Só a multa para encerrar a investigação com o regulador americano é de US$ 5 bilhões. Com isso, o lucro líquido no segundo trimestre caiu 49%, para US$ 2,6 bilhões. E, claro, disso o investidor não gostou. O Victor Aguiar traz todos os números do Facebook nesta reportagem.
Sirva-se
A temporada de balanços segue aqui e lá fora. No Brasil, o menu traz o balanço do Bradesco, GPA e Ambev:
- Bradesco: o bancão superou as expectativas de analistas ao registrar um lucro líquido de R$ 6,462 bilhões no período, um crescimento de 25,2% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
- Grupo Pão de Açúcar: no primeiro balanço após a venda da fatia que a companhia detinha da Via Varejo, o GPA teve alta de 217% no lucro no segmento alimentar (R$ 490 milhões).
- Ambev: a venda de cerveja cresceu e o lucro atingiu R$ 2,7 bilhões, alta de 16% no período.
Um plano de saúde (financeira)
A Hapvida segue a todo vapor com seus planos de expansão. Depois de anunciar a compra do Grupo São Francisco e a aquisição do Grupo América, a operadora de planos de saúde precificou uma oferta subsequente: R$ 42,50 a ação. Considerando o lote adicional, a empresa deve captar R$ 2,37 bilhões. O dinheiro deve ser usado para fortalecer a estrutura da operadora de planos de saúde e de companhias recém-adquiridas. Saiba mais.
A era das criptomoedas?
Quem pensa no bitcoin apenas como uma aplicação financeira (extremamente volátil, diga-se de passagem), deve prestar atenção no conceito por trás dessa ideia. Os entusiastas apostam que as criptomoedas nasceram como alternativa ao sistema financeiro tradicional para meios de pagamento e reserva de valor. Vai decolar? Para o colunista André Franco, a transição precisa de uma mudança geracional. A era das criptomoedas vai começar quando os millennials forem os responsáveis por gerenciar o dinheiro do mundo? Saiba mais.

Agenda
Balanços
- No Brasil: Bradesco, Ambev e Ecorodovias apresentam os resultados do 2º trimestre
- Lá fora: AB Inbev, Amazon, Intel, Alphabet e 3M divulgam balanços
- Teleconferências: GPA, Ambev e Carrefour
Indicadores
- O Ministério da Economia apresenta os dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) de junho
- BNDES apresenta os desembolsos e o desempenho econômico-financeiro do 2º trimestre
- O Tesouro apresenta o relatório mensal da dívida pública de junho
- CNI apresenta o informe conjuntural do 2º trimestre
- FGV traz a sondagem do comércio em julho
- O departamento do comércio dos Estados Unidos apresenta as encomendas de bens duráveis em junho
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
