500 mil pessoas se mexeram em 6 meses
Em 2008, quando a bolsa comemorava a marca de 500 mil investidores pessoa física, eu fiz meu primeiro curso sobre o mercado de ações. Foram duas noites de aula na sede da recém-batizada BM&F Bovespa, hoje B3, no centro de São Paulo. Apesar de ser um curso gratuito, a turma não estava cheia e muita gente não foi no segundo dia.
Há anos a bolsa se esforça para popularizar o mercado de ações no Brasil. Só em maio deste ano, o país conseguiu atingir 1 milhão de investidores. É um grande marco, sem dúvida, mas ainda é um número pífio para um país com mais de 200 milhões de habitantes e 60 milhões de contas na poupança.
Mas nada como a água bater na bunda para fazer o brasileiro se mexer. Se a bolsa levou mais de 10 anos para saltar de 500 mil para 1 milhão de investidores, foram cerca de 6 meses para conquistar mais 500 mil. O aumento do interesse pela renda variável está diretamente relacionado à queda da taxa de juros no Brasil e ao fim da mamata do retorno alto na renda fixa.
Na reportagem de hoje, o Vinícius Pinheiro conta que a marca de 1,5 milhão de pessoas físicas na bolsa deve ser batida nos próximos dias. Ele ainda relata que esse número pode ser ainda maior. Se você ainda não está na bolsa e quer entrar, sugiro também a leitura deste ebook gratuito com tudo que você precisa saber para investir em ações.
Carona no otimismo global
Nas últimas semanas o mercado financeiro tem alimentado esperanças de uma estabilização do crescimento econômico global com expectativas em torno de um acordo entre Estados Unidos e China, uma nova rodada de atuação dos bancos centrais e os resultados dos balanços corporativos. Assim, o apetite para risco está renovado.
Ontem, o mercado brasileiro acompanhou o otimismo global, o que levou o Ibovespa a um novo recorde. O índice encerrou o dia com alta de 0,77%, aos 108.187,06 pontos. O dólar fechou abaixo de R$4,00 pela primeira vez em dois meses, com queda de 0,38%, a R$ 3,9925.
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Mesmo com um cenário mais positivo, os investidores ainda continuam monitorando a situação nos países vizinhos após a vitória de Alberto Fernández na Argentina e os protestos no Chile. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Inimigo do inimigo é aliado

Depois de perder a disputa pela compra da concorrente Netshoes para o Magazine Luiza, a Centauro achou uma forma de dar o troco. A companhia uniu forças com a B2W, dona das marcas Americanas.com e Submarino. A partir de hoje elas oferecem uma plataforma online conjunta de venda de artigos esportivos, a“Centauro by Americanas.com”. Com o serviço, a Centauro busca atingir os 15 milhões de clientes da B2W. Confira os detalhes.
Busca frustrada
A Alphabet, dona do Google, apresentou os seus resultados do último trimestre e não agradou aos seus acionistas. Mesmo com um crescimento de 20% nas receitas, puxado pelos negócios de publicidade, a empresa teve um lucro de “apenas” US$ 7 bilhões. A culpa? Um salto nos custos da gigante. Saiba mais.
Bolso cheio para comprar
Depois de captar R$ 1 bilhão em uma oferta subsequente, a Totvs fez sua primeira aquisição. A companhia de softwares pagou R$ 455 milhões pela Supplier, uma empresa que concede crédito para empresas. Com a negociação, a Totvs espera acelerar a estratégia de criar novos mercados, especialmente o de soluções para o setor financeiro. Saiba mais.
Negócio das arábias
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro se reúne com líderes da Arábia Saudita em visita oficial, a BRF anunciou que tem planos de investir no país. Em comunicado divulgado hoje, a companhia informou que deve utilizar US$ 120 milhões para construir uma nova unidade de processamento de frango. Confira os detalhes.
No ritmo Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já tem planos para as próximas semanas. Ele tem três projetos para aprovar nas comissões da Casa. O foco é facilitar o aumento dos investimentos privados no país. Confira a lista de projetos.
Agenda
Indicadores
- Tesouro Nacional divulga relatório da dívida pública de setembro
- Estados Unidos divulgam dados semanais sobre o mercado de petróleo
Banco Centrais
- Copom inicia reunião de política monetária
- Fed inicia reunião de política monetária
Balanços do 3º trimestre
- No Brasil: Magazine Luiza e Cielo
- No exterior: BP, Pfizer, GM e Mastercard
Política
- Jair Bolsonaro continua visita oficial à Arábia Saudita
- Comissão especial da reforma da Previdência dos militares na Câmara conclui votação do parecer
- CAE do Senado sabatina Fábio Kanczuk, indicado para a diretoria de Política Econômica do Banco Central
- Partido Comunista da China prossegue com sua reunião de comitê central
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
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