O presidente americano, Donald Trump, voltou do feriado do Dia do Trabalho, com a corda toda. No seu temido Twitter já deu caneladas na China, na União Europeia e, para não perder o costume, no Federal Reserve (Fed), banco central americano.
Sobre China, Trump disse que as negociações estão indo “muito bem”, embora ele acredite que os chineses adorariam lidar com um novo governo para que possam continuar tirando vantagem dos EUA. Segundo Trump, as negociações serão “muito mais duras” se ele ganhar as eleições, que acontecem em 2020.
No fim de semana, um comitê do BC da China anunciou que vai tomar medidas contracíclicas, garantir liquidez suficiente e crescimento do crédito para dar suporte ao crescimento da economia.
Na sequência, Trump fez novas críticas à China e colocou a União Europeia no meio, dizendo que a UE sempre tratou os EUA de forma injusta nas questões comerciais e que isso iria mudar.
Pouco depois, o alvo foi o Federal Reserve (Fed), banco central americano, que já faz tempo está sob cerrado ataque do presidente em função de sua política monetária.
Segundo Trump, a Alemanha e outros países têm taxas de juros negativas, enquanto o Fed erra ao não atuar. Além disso, Trump também lembrou que esses países são competidores com moedas mais fracas que o dólar.
Germany, and so many other countries, have negative interest rates, “they get paid for loaning money,” and our Federal Reserve fails to act! Remember, these are also our weak currency competitors!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) September 3, 2019
Os tuítes não tiveram impacto no mercado num primeiro momento, mas também não ajudaram a amenizar os temores dos investidores em relação à guerra comercial. Pela manhã, os índices americanos operaram em baixa depois que o índice de atividade industrial (ISM) teve queda para 49,1 em agosto, contra 51,2 em julho. A linha de 50 separa contração de expansão. Por volta das 11h20, o Dow Jones caía 1,47%, enquanto S&P e Nasdaq perdiam cerca de 1% cada.