🔴 SELIC VAI PARAR NOS 14,75%? VEJA TÍTULOS DA RENDA FIXA ‘TURBINADA’ PARA COMPRAR AGORA – CONFIRA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Mercados

Ibovespa retoma os 107 mil pontos e dólar renova máxima histórica

Dólar e juros tiveram um pregão de de déjà-vu. Ibovespa tomou dinâmica própria seguindo valorização dos mercados internacionais

Victor Aguiar
Victor Aguiar
27 de novembro de 2019
18:27 - atualizado às 16:37
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Sabe quando ficamos com a sensação de já termos passado por alguma situação — como se o presente estivesse repetindo um padrão do passado? Pois bem: foi assim que os mercados financeiros do Brasil se comportaram nesta quarta-feira (28). Tivemos um tipo de déjà-vu no dólar à vista e nas curvas de juros.

E nem é preciso voltar muito no tempo para encontrar os paralelos com a sessão de hoje. O câmbio passou por um repeteco do que aconteceu ontem, quando uma onda de tensão tomou conta dos agentes financeiros e levou a moeda às máximas. Ou seja: o dólar voltou a subir, renovando mais uma vez o recorde de fechamento.

Ao fim da sessão, a divisa americana estava cotada a R$ 4,2586, uma alta de 0,44% em relação à sessão anterior, marcando um novo topo. No entanto, os paralelos não param por aí — a dinâmica do dólar ao longo do dia foi bastante parecida com a vista na terça-feira (26).

Logo na abertura, a divisa americana até chegou a aparecer no campo negativo, recuando 0,30% na mínima, a R$ 4,2274. A alegria, no entanto, durou pouco: antes das 10h, o dólar à vista já estava ganhando terreno novamente e, por volta de 12h30, chegou a ser cotado a R$ 4,2711 (+0,73%).

Com a moeda em níveis tão elevados, a autoridade monetária promoveu mais um leilão surpresa para a venda de dólares no mercado à vista. O mercado reagiu imediatamente, fazendo a divisa virar para queda — apenas para, minutos depois, voltar a ganhar força.

Quem acompanhou a sessão de ontem tem essa memória ainda fresca: o dólar dá um salto, o BC atua e traz um alívio pontual, a moeda volta a avançar logo em seguida. Em dois dias consecutivos, a narrativa se repetiu — quase como se o leilão do BC não tivesse surtido efeito algum.

Leia Também

A tensão vista no mercado de câmbio acabou extravasando para as curvas de juros: os DIs continuaram passando por ajustes positivos, tanto na ponta curta quanto na longa. O déjà-vu só não foi completo porque o Ibovespa fechou em alta de 0,61%, aos 107.708 pontos, pegando carona nas bolsas americanas. O volume financeiro do dia foi de R$ 15,5 bilhões.

Ponto de equilíbrio

As recentes declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, continuaram trazendo apreensão aos investidores — o homem-forte do governo Bolsonaro afirmou que os agentes financeiros deveriam "se acostumar" com um nível de câmbio mais elevado, o que desencadeou uma corrida ao dólar.

Assim, desde o início do dia, os agentes financeiros estiveram de olho na postura do BC, aguardando eventuais novas atuações da autoridade monetária. O próprio presidente do banco, Roberto Campos Neto, disse que a instituição não hesitaria em fazer novas operações caso constatasse um comportamento anormal do mercado.

Essa linha de raciocínio também foi defendida pelo diretor de política monetária do Banco Central, Bruno Serra Fernandes. Mais cedo, ele frisou que a instituição irá atuar no dólar sempre que entender que o mercado está disfuncional, descolado dos fundamentos ou com problemas de liquidez.

E, de fato, o BC voltou a atuar no mercado de câmbio no início da tarde. Só que, como destaca Sabrina Cassiano, analista da Necton Investimentos, os agentes financeiros ainda têm dúvidas quanto à disposição da autoridade monetária para continuar promovendo esses leilões.

"Ainda não está claro qual patamar é visto pelo BC como ponto de equilíbrio", diz a analista. "Isso acaba gerando incerteza e provoca uma correlação com o mercado de juros, já que essa alta no dólar pode encurtar o ciclo de cortes na Selic".

Essa lógica ficou bastante clara no comportamento das curvas de juros, que seguiram em alta e deram a entender que, de fato, o mercado começa a trabalhar com um cenário em que os cortes da Selic terminarão mais cedo que o previamente imaginado.

Veja abaixo um resumo do comportamento dos principais DIs nesta quarta-feira:

  • Janeiro/2021: alta de 4,72% para 4,75%;
  • Janeiro/2023: estabilidade em 5,98%;
  • Janeiro/2025: subida de 6,59% para 6,6%;
  • Janeiro/2027: ganho de 6,92% para 6,94%.

Calmaria no exterior

Os ativos globais, por outro lado, tiveram uma sessão bastante tranquila, às vésperas do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos — os mercados americanos estarão fechados amanhã e funcionarão em meio período na sexta-feira. Assim, a liquidez das operações já diminuiu drasticamente a partir de hoje.

Lá fora, a guerra comercial entre EUA e China continuou ditando os rumos das negociações, com os investidores cada vez mais convictos de que as potências irão assinar a primeira fase de um acordo — o que, consequentemente, aliviaria as preocupações em relação à desaceleração econômica global.

Nesse cenário, o Dow Jones (+0,15%, aos 28.164 pts), o S&P 500 (+0,42%, aos 3.153 pts) e o Nasdaq (+0,66%, aos 8.705 pts) operaram em alta e cravaram novas máximas históricas de fechamento, reagindo ao otimismo em relação às negociações entre americanos e chineses. Mas não foi só isso: uma série de dados mais fortes referentes à economia dos EUA também ajudou a animar os investidores no exterior.

Em destaque, apareceu o crescimento de 2,1% do PIB do país no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a segunda estimativa do indicador — resultado que ficou acima da média das projeções de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, de expansão de 1,9%.

Além disso, os números referentes às encomendas de bens duráveis em outubro e de pedidos de auxílio-desemprego na semana também ficaram acima das expectativas do mercado. Assim, os índices acionários americanos encontram forças para continuar subindo, mesmo após renovarem as máximas nos últimos dias.

A nova rodada de ganhos nas bolsas de Nova York acabou dando forças ao Ibovespa. O índice brasileiro chegou a cair 0,70% durante a manhã, aos 106.312,21 pontos, mas, ao fim do pregão, marcava 107.708 pontos, em alta de 0,61%, aos 107.283,79 pontos.

No mercado de moedas, o dólar se fortaleceu em escala global. O índice DXY, que mede o desempenho da divisa americana em relação a uma cesta com as principais moedas do mundo, subiu 0,14%; em relação aos ativos de países emergentes, o dólar também se valorizou.

Magalu sobe, Vale cai

Ainda no Ibovespa, o noticiário corporativo foi responsável por gerar algumas das principais movimentações de ativos. É o caso de Magazine Luiza ON (MGLU3), com alta de 5,95% após a varejista fechar um parceria estratégica com a Linx — fora do índice, os papéis ON da companhia (LINX3) também avançaram.

Por outro lado, Vale ON (VALE3) caiu 1,25%, em meio à notícia de que a mineradora terá que promover uma baixa contábil de cerca de US$ 3,2 bilhões. Você pode saber mais detalhes das principais altas e baixas da bolsa nesta quarta-feira nesta matéria.

Confira os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira:

  • Magazine Luiza ON (MGLU3): +5,95%
  • Yduqs ON (YDUQ3): +4,69%
  • B2W ON (BTOW3): +4,64%
  • Lojas Americanas PN (LAME4): +4,1%
  • Via Varejo ON (VVAR3): +4,03%

Veja também as ações que lideraram a ponta negativa do índice:

  • MRV ON (MRVE3): -3,76%
  • Intermedica ON (GNDI3): -2,53%
  • Hypermarcas ON (HYPE3): -2,10%
  • BRMalls ON (BRML3): -2,03%
  • CVC ON (VCVB3): -1,8%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dinheiro na mão é solução: Medidas para cumprimento do arcabouço testam otimismo com o Ibovespa

22 de maio de 2025 - 8:26

Apesar da forte queda de ontem, bolsa brasileira segue flertando com novas máximas históricas

VIVER DE RENDA

Em busca da renda passiva: quanto (e como) investir em ações e FIIs para ganhar R$ 5 mil por mês em dividendos

22 de maio de 2025 - 6:03

Simulamos quanto você precisa juntar para gerar essa renda extra e trazemos sugestões de ativos que podem ajudar na empreitada

PROVENTOS

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) vai antecipar R$ 516,3 milhões em JCP aos acionistas; saiba quem tem direito

21 de maio de 2025 - 19:22

Montante é referente ao segundo trimestre de 2025; valores estão sujeitos à cobrança de imposto de renda pela alíquota de 15%

HORA DA RESSACA

Fim de festa? Ibovespa volta aos 137 mil pontos com preocupações sobre dívida dos EUA; dólar vai a R$ 5,64 e NY cai mais de 1%

21 de maio de 2025 - 17:47

Os mercados reagiram às discussões sobre o Orçamento no Congresso norte-americano. A proposta pode fazer a dívida do país subir ainda mais

IDEIAS LIBERTÁRIAS

Sonegador de imposto é herói e contribuinte não tem talento, diz Javier Milei — que também considera a palavra “contribuinte” uma ofensa 

21 de maio de 2025 - 16:58

Presidente defendeu em rede nacional uma proposta que visa o retorno dos dólares escondidos “no colchão” aos cofres argentinos, independentemente de sua origem

RALI DE AÇÕES

Recorde do Ibovespa impulsionou preços históricos de 16 ações — cinco empresas registraram valorização superior a 50% no ano

21 de maio de 2025 - 13:45

Levantamento da Elos Ayta mostrou que um grupo expressivo de ações acompanhou o rali do Ibovespa e um setor brilhou mais do que os outros

DESOVA DE PAPÉIS

BNDES corta participação na JBS (JBSS3) antes de votação crucial sobre dupla listagem nos EUA — e mais vendas podem estar a caminho

21 de maio de 2025 - 12:08

A BNDESPar reduziu a participação no frigorífico para 18,18% do total de papéis JBSS3 e agência alerta que a venda de ações pode continuar

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Nubank (ROXO34) anuncia saída de Youssef Lahrech da presidência e David Vélez deve ficar cada vez mais em cima da operação

21 de maio de 2025 - 10:15

Lahrech deixa as posições após cerca de cinco anos na diretoria da fintech. Com a saída, quem assumirá essas funções daqui para frente será o fundador e CEO do Nu

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Só pra contrariar: Ibovespa parte dos 140 mil pontos pela primeira vez na história em dia de petróleo e minério de ferro em alta

21 de maio de 2025 - 8:29

Agenda vazia deixa o Ibovespa a reboque do noticiário, mas existe espaço para a bolsa subir ainda mais?

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

A vida aos 85 e como ter uma carteira de dividendos com “renda eterna”

21 de maio de 2025 - 8:10

Como construir uma carteira de ações focada em dividendos para garantir segurança financeira e viver sem sobressaltos

VIROU PASSEIO

Ibovespa está batendo recordes por causa de ‘migalhas’? O que está por trás do desempenho do índice e o que esperar agora

21 de maio de 2025 - 6:30

O otimismo com emergentes e a desaceleração nos EUA puxam o Ibovespa para cima — mas até quando essa maré vai durar?

MAIS UMA RECOMENDAÇÃO

Brasil está barato e eleições de 2026 podem ser gatilho para ações, diz Morgan Stanley; veja papéis recomendados

20 de maio de 2025 - 20:10

O banco destaca que há uma mudança na relação risco-retorno, com maior probabilidade para o cenário otimista do que para o pessimista

NOVA APOSTA

Méliuz avalia listagem nos EUA para ampliar acesso a investidores estrangeiros; entenda os próximos passos da empresa

20 de maio de 2025 - 19:49

Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa

DÉJÀ-VU

Ibovespa (IBOV) encerra o pregão com novo recorde, rompendo a barreira dos 140 mil pontos; dólar sobe a R$ 5,67

20 de maio de 2025 - 19:08

O principal índice de ações da B3 tem mais um dia de pontuação inédita, com EUA em baixa no mercado internacional e boas notícias locais

MILAGRE DE CURTO PRAZO?

Méliuz (CASH3) lidera as maiores quedas da bolsa após considerar nova captação para investir em bitcoin (BTC); entenda

20 de maio de 2025 - 15:44

Queda acontece após Méliuz aprovar a mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria

PESSIMISMO

BTG corta preço-alvo da Petrobras (PETR4) em R$ 14 e mira nova petroleira; veja motivos e oportunidades

20 de maio de 2025 - 15:30

Queda no preço do petróleo pressiona Petrobras, mas analistas ainda enxergam potencial de valorização

UNIÃO ANIMAL

Fusão de Petz (PETZ3) e Cobasi deve ser aprovada pelo Cade ainda nesta semana, e ações chegam a subir 6%

20 de maio de 2025 - 13:15

Autarquia antitruste considera fusão entre Petz e Cobasi como de baixa concentração do mercado voltados para animais de estimação, segundo site

AJUSTANDO O PORTFÓLIO

Onde investir na bolsa em meio ao sobe e desce do dólar? XP revela duas carteiras de ações para lucrar com a volatilidade do câmbio

20 de maio de 2025 - 12:08

Confira as ações recomendadas pelos analistas para surfar as oscilações do dólar e proteger sua carteira em meio ao sobe e desce da moeda

NO SHAPE

Ação da Smart Fit (SMFT3) pode ficar ainda mais “bombada”: BTG eleva preço-alvo dos papéis e revela o que está por trás do otimismo

20 de maio de 2025 - 10:37

Os analistas mantiveram recomendação de compra e elevaram o preço-alvo de R$ 27,00 para R$ 28,00 para os próximos 12 meses

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China

20 de maio de 2025 - 8:15

Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar