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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Mercados

Ibovespa retoma os 107 mil pontos e dólar renova máxima histórica

Dólar e juros tiveram um pregão de de déjà-vu. Ibovespa tomou dinâmica própria seguindo valorização dos mercados internacionais

Victor Aguiar
Victor Aguiar
27 de novembro de 2019
18:27 - atualizado às 10:48
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Sabe quando ficamos com a sensação de já termos passado por alguma situação — como se o presente estivesse repetindo um padrão do passado? Pois bem: foi assim que os mercados financeiros do Brasil se comportaram nesta quarta-feira (28). Tivemos um tipo de déjà-vu no dólar à vista e nas curvas de juros.

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E nem é preciso voltar muito no tempo para encontrar os paralelos com a sessão de hoje. O câmbio passou por um repeteco do que aconteceu ontem, quando uma onda de tensão tomou conta dos agentes financeiros e levou a moeda às máximas. Ou seja: o dólar voltou a subir, renovando mais uma vez o recorde de fechamento.

Ao fim da sessão, a divisa americana estava cotada a R$ 4,2586, uma alta de 0,44% em relação à sessão anterior, marcando um novo topo. No entanto, os paralelos não param por aí — a dinâmica do dólar ao longo do dia foi bastante parecida com a vista na terça-feira (26).

Logo na abertura, a divisa americana até chegou a aparecer no campo negativo, recuando 0,30% na mínima, a R$ 4,2274. A alegria, no entanto, durou pouco: antes das 10h, o dólar à vista já estava ganhando terreno novamente e, por volta de 12h30, chegou a ser cotado a R$ 4,2711 (+0,73%).

Com a moeda em níveis tão elevados, a autoridade monetária promoveu mais um leilão surpresa para a venda de dólares no mercado à vista. O mercado reagiu imediatamente, fazendo a divisa virar para queda — apenas para, minutos depois, voltar a ganhar força.

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Quem acompanhou a sessão de ontem tem essa memória ainda fresca: o dólar dá um salto, o BC atua e traz um alívio pontual, a moeda volta a avançar logo em seguida. Em dois dias consecutivos, a narrativa se repetiu — quase como se o leilão do BC não tivesse surtido efeito algum.

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A tensão vista no mercado de câmbio acabou extravasando para as curvas de juros: os DIs continuaram passando por ajustes positivos, tanto na ponta curta quanto na longa. O déjà-vu só não foi completo porque o Ibovespa fechou em alta de 0,61%, aos 107.708 pontos, pegando carona nas bolsas americanas. O volume financeiro do dia foi de R$ 15,5 bilhões.

Ponto de equilíbrio

As recentes declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, continuaram trazendo apreensão aos investidores — o homem-forte do governo Bolsonaro afirmou que os agentes financeiros deveriam "se acostumar" com um nível de câmbio mais elevado, o que desencadeou uma corrida ao dólar.

Assim, desde o início do dia, os agentes financeiros estiveram de olho na postura do BC, aguardando eventuais novas atuações da autoridade monetária. O próprio presidente do banco, Roberto Campos Neto, disse que a instituição não hesitaria em fazer novas operações caso constatasse um comportamento anormal do mercado.

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Essa linha de raciocínio também foi defendida pelo diretor de política monetária do Banco Central, Bruno Serra Fernandes. Mais cedo, ele frisou que a instituição irá atuar no dólar sempre que entender que o mercado está disfuncional, descolado dos fundamentos ou com problemas de liquidez.

E, de fato, o BC voltou a atuar no mercado de câmbio no início da tarde. Só que, como destaca Sabrina Cassiano, analista da Necton Investimentos, os agentes financeiros ainda têm dúvidas quanto à disposição da autoridade monetária para continuar promovendo esses leilões.

"Ainda não está claro qual patamar é visto pelo BC como ponto de equilíbrio", diz a analista. "Isso acaba gerando incerteza e provoca uma correlação com o mercado de juros, já que essa alta no dólar pode encurtar o ciclo de cortes na Selic".

Essa lógica ficou bastante clara no comportamento das curvas de juros, que seguiram em alta e deram a entender que, de fato, o mercado começa a trabalhar com um cenário em que os cortes da Selic terminarão mais cedo que o previamente imaginado.

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Veja abaixo um resumo do comportamento dos principais DIs nesta quarta-feira:

  • Janeiro/2021: alta de 4,72% para 4,75%;
  • Janeiro/2023: estabilidade em 5,98%;
  • Janeiro/2025: subida de 6,59% para 6,6%;
  • Janeiro/2027: ganho de 6,92% para 6,94%.

Calmaria no exterior

Os ativos globais, por outro lado, tiveram uma sessão bastante tranquila, às vésperas do feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos — os mercados americanos estarão fechados amanhã e funcionarão em meio período na sexta-feira. Assim, a liquidez das operações já diminuiu drasticamente a partir de hoje.

Lá fora, a guerra comercial entre EUA e China continuou ditando os rumos das negociações, com os investidores cada vez mais convictos de que as potências irão assinar a primeira fase de um acordo — o que, consequentemente, aliviaria as preocupações em relação à desaceleração econômica global.

Nesse cenário, o Dow Jones (+0,15%, aos 28.164 pts), o S&P 500 (+0,42%, aos 3.153 pts) e o Nasdaq (+0,66%, aos 8.705 pts) operaram em alta e cravaram novas máximas históricas de fechamento, reagindo ao otimismo em relação às negociações entre americanos e chineses. Mas não foi só isso: uma série de dados mais fortes referentes à economia dos EUA também ajudou a animar os investidores no exterior.

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Em destaque, apareceu o crescimento de 2,1% do PIB do país no terceiro trimestre deste ano, de acordo com a segunda estimativa do indicador — resultado que ficou acima da média das projeções de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, de expansão de 1,9%.

Além disso, os números referentes às encomendas de bens duráveis em outubro e de pedidos de auxílio-desemprego na semana também ficaram acima das expectativas do mercado. Assim, os índices acionários americanos encontram forças para continuar subindo, mesmo após renovarem as máximas nos últimos dias.

A nova rodada de ganhos nas bolsas de Nova York acabou dando forças ao Ibovespa. O índice brasileiro chegou a cair 0,70% durante a manhã, aos 106.312,21 pontos, mas, ao fim do pregão, marcava 107.708 pontos, em alta de 0,61%, aos 107.283,79 pontos.

No mercado de moedas, o dólar se fortaleceu em escala global. O índice DXY, que mede o desempenho da divisa americana em relação a uma cesta com as principais moedas do mundo, subiu 0,14%; em relação aos ativos de países emergentes, o dólar também se valorizou.

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Magalu sobe, Vale cai

Ainda no Ibovespa, o noticiário corporativo foi responsável por gerar algumas das principais movimentações de ativos. É o caso de Magazine Luiza ON (MGLU3), com alta de 5,95% após a varejista fechar um parceria estratégica com a Linx — fora do índice, os papéis ON da companhia (LINX3) também avançaram.

Por outro lado, Vale ON (VALE3) caiu 1,25%, em meio à notícia de que a mineradora terá que promover uma baixa contábil de cerca de US$ 3,2 bilhões. Você pode saber mais detalhes das principais altas e baixas da bolsa nesta quarta-feira nesta matéria.

Confira os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta quarta-feira:

  • Magazine Luiza ON (MGLU3): +5,95%
  • Yduqs ON (YDUQ3): +4,69%
  • B2W ON (BTOW3): +4,64%
  • Lojas Americanas PN (LAME4): +4,1%
  • Via Varejo ON (VVAR3): +4,03%

Veja também as ações que lideraram a ponta negativa do índice:

  • MRV ON (MRVE3): -3,76%
  • Intermedica ON (GNDI3): -2,53%
  • Hypermarcas ON (HYPE3): -2,10%
  • BRMalls ON (BRML3): -2,03%
  • CVC ON (VCVB3): -1,8%

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