Banco Central volta ao mercado garantindo liquidez no dólar à vista
BC oferta US$ 6,2 bilhões em rolagem de linhas com compromisso de recompra. Atuação “conversa” com fluxo cambial, que está negativo em US$ 911 milhões

Todo o fim de mês o mercado de câmbio vivência aumento de volatilidade em função da formação da Ptax, cotação “oficial” apurada pelo Banco Central (BC) que liquida contratos futuros e outras obrigações. Mas janeiro e fevereiro reservam evento adicional com impacto na cotação do dólar: o vencimento das linhas com compromisso de recompra que foram ofertadas no fim de 2018.
Um primeiro aceno já foi dado pelo BC, que nesta quarta e quinta-feira fará a rolagem de US$ 6,2 bilhões em linhas que venceriam em 4 de fevereiro. Ao fazer a rolagem, o BC se mantém neutro no mercado, pois o vencimento das operações estará sendo postergado para os meses de abril e junho. No leilão de hoje foram rolados integralmente R$ 3,2 bilhões, evidenciando a demanda do mercado pelas linhas.
Se o BC não rolasse as linhas, os bancos teriam de devolver esse montante. Em 6 de março vencem outros US$ 6,05 bilhões. Então, no fim de fevereiro o BC decide se rola esse vencimento ou não.
Os leilões de linha, que são um tipo de empréstimo dos dólares das reservas internacionais, foram feitos no fim do ano passado, quando a demanda por moeda à vista beirou os US$ 20 bilhões com empresas e demais agentes fechando câmbio para remeter para fora do país. Esse movimento é sazonal e o fluxo tende a se reverter no começo do ano.
No entanto, o fluxo ainda segue negativo. Segundo o próprio BC, agora em janeiro até o dia 25, o saldo era de saída líquida de US$ 911 milhões, sendo US$ 213 milhões na conta financeira e US$ 689 milhões na conta comercial. Na semana passada, a saída líquida foi de US$ 2,084 bilhões, revertendo as entradas das semanas anteriores.
Podemos imaginar o mercado de câmbio à vista como um sistema fechado. Se o fluxo é negativo alguém tem de prover essa demanda por dólares. Atuam nesse mercado os bancos e o próprio BC.
Leia Também
Atualmente, os bancos apresentam uma posição vendida na casa dos US$ 26 bilhões, que reflete as linhas que eles tomaram com contrapartes estrangeiras, mais a atuação do BC, que somou US$ 12,25 bilhões no fim do ano passado.
Quando sobra dólares no mercado, seja por entradas comerciais ou por investimentos e demais ingressos, os bancos usam essa “sobra” de moeda para reduzir essa posição vendida. Algo que vimos acontecer entre julho e agosto do ano passado.
Atualmente, no entanto, como o fluxo ainda está negativo, não enxergamos essa cobertura de posição, por isso o BC oferece a rolagem das linhas. Quando há excesso de fluxo o BC pode comprar moeda à vista, algo que não acontece desde 2011, ou os bancos vão ampliando a posição comprada.
Swaps Cambiais
No mercado futuro, as atuações do BC se dão por meio dos swaps cambiais, que são equivalentes à venda de moeda. Nesta quarta-feira, o BC encerra a rolagem dos swaps que venceriam em fevereiro, no montante de US$ 13,4 bilhões. Fica a expectativa com relação ao vencimento de março, de US$ 9,811 bilhões.
A estratégia do BC tem sido de promover rolagens integrais, mantendo um estoque de swaps na casa dos US$ 68,8 bilhões. A última colocação líquida de contratos aconteceu em agosto do ano passado.
Formação de preço
Como já dissemos, o acompanhamento do fluxo à vista é algo relevante, mas a formação de preço do dólar ocorre mesmo no mercado futuro da B3, pois é lá que os comprados, que ganham com a alta do dólar, e os vendidos, que ganham com a queda da moeda, protegem suas exposições em outros mercados e fazem apostas direcionais na moeda americana.
O dólar começou o ano com firme trajetória de baixa, acumulando queda de 4,3% nas duas primeiras semanas de 2019. Depois se observou uma firme resistência a novas quedas na linha de R$ 3,70 e moeda voltou acima de R$ 3,80 na semana passada. Agora, estamos vendo, novamente, os R$ 3,70 serem testados. Segundo analistas gráficos, o ponto a ser observado está nos R$ 3,68, preço que já foi testado e respeitado e não se via desde o fim de outubro, quando a moeda marcou R$ 3,65.
Na B3, os fundos de investimento seguem firmes na ponta de compra, mas sem grandes oscilações depois da firme movimentação vista no fim de 2018 e abertura de 2019. A posição líquida vendida fechou a terça-feira em US$ 34,2 bilhões, sendo US$ 12,3 bilhões em dólar futuro e outros US$ 21,9 bilhões em cupom cambial (DDI, juro em dólar).
A principal contraparte é o investidor estrangeiro, comprado em US$ 34,7 bilhões, são US$ 4,6 bilhões em dólar futuro e US$ 30,1 bilhões em cupom cambial.
Os bancos também estão vendidos, mas com volume pouco expressivo de US$ 2,5 bilhões. Essa posição reflete uma posição comprada de US$ 6,8 bilhões em dólar descontada de um estoque vendido de US$ 9,3 bilhões em cupom cambial. Para dar um parâmetro, a posição vendida dos bancos chegou a passar de US$ 17 bilhões em meados de dezembro.
Existe vida após o massacre dos IPOs na bolsa? Confira as ações das novatas da B3 que podem ressurgir das cinzas
Enquanto boa parte das ações das novatas amarga perdas pesadas, gestores e analistas avaliam que é possível separar o joio do trigo e encontrar ativos de qualidade por um preço baixo; confira as principais apostas
B3 lança programa de formação em tecnologia para mulheres; veja como se inscrever
A instituição financeira oferece 50 vagas, com possibilidade de contratação no final dos cursos; as inscrições vão até 2 de agosto
Bradesco abre inscrições para o programa de estágio; confira outras vagas com bolsas-auxílio de até R$ 7 mil
Além do banco, Getnet e B3 também abriram inscrições para os programas de estágio; a maioria dos processos seletivos aceitam inscrições até o final de julho
Itaú BBA rebaixa recomendação para B3 (B3SA3) e escolhe a ação de banco favorita para comprar
A dona da bolsa brasileira deve encarar um período de baixa lucratividade, por isso teve a indicação reduzida para neutra e preço-alvo fixado em R$ 13
Oportunidade de lucros de aproximadamente 5% em swing trade com a B3 (B3SA3); confira a recomendação
Identifiquei uma oportunidade de swing trade – compra dos papéis da B3 (B3SA3). Veja a análise
New York, New York! Inter (BIDI11) se despede da B3 hoje rumo à Nasdaq; confira como estão as units no último dia de negociação
A conversão para a bolsa norte-americana deve acontecer na segunda-feira (20), para que as ações sejam listadas e comecem a ser negociadas nos EUA a partir do dia 23 de junho
A B3 (B3SA3) vai ganhar uma rival? CVM abre brecha para competição entre as bolsas; entenda
Após longa discussão, CVM atualizou regulação sobre o funcionamento das bolsas e abre brecha para concorrência com a B3
XP (XPBR31), PagSeguro (PAGS34), Stone (STOC31) ou B3 (B3SA3)? Saiba qual a ação preferida do UBS no setor — e por quê
Todas elas sentem os efeitos das altas taxas de juros no Brasil — o que deve aumentar a inércia entre os investidores tradicionais de varejo —, mas uma se sobressai entre as demais
Estágio: C6 Bank, Basf e XP encerram inscrições nesta semana; confira vagas com bolsas-auxílio de até R$ 2 mil
As empresas oferecem também benefícios como vale-refeição e assistência médica; algumas vagas estão com inscrições abertas até junho
Vivo, Via e B3 abrem mais de 400 vagas para mulheres e PCDs; veja como se inscrever
No formato híbrido, presencial e home office, as vagas da Via, Vivo e B3 são voltadas para as áreas operacionais e corporativas
B3 (B3SA3) volta a corrigir erro nos dados e revela que 2021 terminou com fluxo estrangeiro negativo após R$ 77,9 bilhões em dinheiro gringo “sumirem” da conta
Vale lembrar que a entrada de capital estrangeiro ajuda na performance do mercado acionário e de câmbio. Por isso, a nova cifra não pinta um quadro positivo para o país
Getnet (GETT11) surpreende com intenção de cancelar registro na B3 e na Nasdaq sete meses após a estreia; veja quanto a empresa pagará por ação
A empresa não revelou os motivos por trás da retirada, mas uma breve análise do contexto macroeconômico e setorial pode fornecer várias pistas
Além da bolsa: B3 lança fundo de R$ 600 milhões para investir em startups
O fundo independente da B3, L4 Ventures Builder, vai investir em startups dos setores de energia, carbono e solução para fintechs
Lucro líquido da B3 (B3SA3) recua para R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre; confira os destaques financeiros da operadora da bolsa brasileira
O lucro societário, que é usado como referência para o pagamento de dividendos, apresentou queda maior e somou R$ 1,1 bilhão
Problemas para declarar o Imposto de Renda? Conheça 3 aplicativos que podem te ajudar
Conheça três ferramentas que agilizam o processo de declaração ou ajudam os investidores a calcular e recolher o IR
Ação da WEG (WEGE3) segue atrativa na bolsa e tem potencial de alta de quase 40%, diz XP
Queda do dólar pode afetar a WEG, mas expansão da energia solar no Brasil e mercado internacional se mostram favoráveis à empresa, segundo os analistas
Kora Saúde (KRSA3) anuncia programa de recompra de ações depois de queda de mais de 50% desde o IPO
Ideia do conselho de administração da empresa de hospitais que estreou na B3 em agosto é recomprar até 10% das ações em circulação até 11 de outubro de 2023
Fluxo secou? B3 corrige erro nos dados e R$ 27 bilhões em dinheiro estrangeiro “somem” da bolsa em 2022
A operadora da bolsa no país anunciou hoje que fará uma “revisão metodológica” dos dados sobre renda variável dos últimos três anos
Bolsa brasileira muda de horário na próxima segunda-feira com início do horário de verão dos EUA; confira
Mudança vai acontecer no dia 14 de março e serve para ajustar o horário do mercado local ao dos EUA
A Oi pediu e a B3 atendeu: OIBR3 vai poder continuar operando como ‘penny stock’ por mais algum tempo, mas não para sempre
Oi conseguiu junto à B3 um pouco mais de tempo para reverter a situação de penny stock sem ter que promover um agrupamento de ações