A briga pelas plataformas de streaming promete esquentar nos próximos dias. Isso porque a HBO anunciou ontem (29) a produção da série House of the Dragon, que seria o prelúdio de Game of Thrones, uma das produções de maior sucesso de todos os tempos.
A série terá como inspiração o livro Fire & Blood, do autor George R.R. Martin e que se passa cerca de 300 anos antes da luta pelo Trono de Ferro.
O anúncio foi feito durante um evento da WarnerMedia. Na mesma ocasião, a companhia anunciou também outro serviço de streaming chamado de HBO Max e que será disponibilizado a partir de maio de 2020, nos Estados Unidos. Ainda não há previsão de chegada no Brasil.
A assinatura vai custar US$ 14,99 (cerca de R$ 60,21) aos assinantes e reunirá conteúdo das emissoras HBO, TNT, TBS, Turner Classic Movies (TCM) e CW, assim como dos canais de animação como Cartoon Network, Rooster Teeth, Adult Swim, Crunchyroll, New Line, Looney Tunes, CNN e DC.
Pesos pesados
As novidades apresentadas pela WarnerMedia prometem animar a disputa das plataformas de streaming e a competição por preços deve ficar cada vez mais intensa. Nesta sexta-feira (1), a Apple lança a Apple TV Plus nos Estados Unidos, com uma programação exclusiva e original, e que custará US$ 5 a mensalidade.
Já daqui duas semanas é a vez da Disney lançar o Disney Plus, também em terras do Tio Sam, um serviço que contará com as produções de renome como Pixar, Marvel, National Geographic e Fox. Ambos os serviços já tem planos de lançamento para outros países (incluindo o Brasil) nos próximos meses.
A Netflix, por sua vez, também prepara alguns lançamentos como The Irishman, novo filme do diretor Martin Scorsese e que conta com nomes como Robert de Niro e Al Pacino no elenco.
Os lançamentos podem ajudar a melhorar os números da companhia. De acordo com os números apresentados em seu último balanço, a receita líquida da Netflix cresceu 31% na base anual e chegou a US$ 5,245 bilhões. Ainda assim, a cifra ficou abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg.
Apesar de o resultado não ter vindo totalmente como o esperado, a base de assinantes da Netflix mostrou que a companhia evoluiu, ao adicionar 6,8 milhões de usuários aos serviços, especialmente diante de um trimestre anterior mais fraco.
O lucro líquido, por sua vez, também teve um final mais feliz e finalizou o trimestre em US$ 665,2 milhões, um aumento de 65,1% em relação ao mesmo período de 2018.
Ainda assim a tarefa da companhia não será fácil, diante do acirramento da disputa com os concorrentes.