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A Bula da Semana: Realização à vista

Reforma da Previdência fica para depois do recesso e deve levar a ajuste nos preços de ativos

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15 de julho de 2019
6:13 - atualizado às 7:33
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Imagem: Shutterstock

Os ativos financeiros locais devem passar por alguma realização de lucros no decorrer dos próximos dias agora que o segundo turno da reforma da Previdência deve ficar mesmo para o início de agosto, já que o recesso começa esta semana.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aparentemente fez tudo o que estava a seu alcance para tentar passar a reforma em dois turnos antes do recesso parlamentar, mas não parece disposto a arcar com o risco de ver proposta de emenda à constituição ficar numa situação inconclusiva por causa da pausa nas atividades do Congresso, com início marcado para a quinta-feira.

Em grande medida, o empenho de Maia figurou como o esteio do excessivo otimismo dos agentes do mercado financeiro na rápida aprovação da reforma. Mais do que na oposição, porém, Maia esbarrou na recorrente inépcia do governo Jair Bolsonaro na lida com o cotidiano do Congresso Nacional.

O presidente da Câmara jogou a toalha no fim de semana, depois da aprovação dos destaques ao texto-base da reforma. A expectativa original de Maia e seus aliados era tirar os destaques do caminho na última quarta-feira, quando o texto-base foi aprovado, mas o processo arrastou-se pelo restante da semana.

Os destaques ao texto-base já desidrataram bastante a reforma da Previdência. A economia ao término de dez anos dificilmente passará perto do R$ 1,2 trilhão originalmente pretendido pelo ministro Paulo Guedes. Cálculos independentes ao término da votação do texto-base sugeriam uma economia de R$ 744 bilhões. E isto antes da apreciação dos destaques.

Observadores advertem ainda que a chegada do recesso tem o potencial de afetar acordos anteriormente costurados, principalmente por conta da mudança na articulação política do Palácio do Planato, que saiu das mãos do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e passou para as do general Luiz Eduardo Ramos.

O otimismo nos mercados em relação à reforma da Previdência fez do índice Ibovespa um dos que mais avançaram até agora em julho em todo o mundo. Apesar dos leves recuos do fim da semana passada, o Ibovespa permaneceu muito próximo de seus níveis recordes.

A conclusão do primeiro turno certamente traz um pouco de alívio, mas o adiamento do segundo turno da reforma da Previdência para agosto, aumentam as chances de que, depois do “subir no boato”, o Ibovespa recue “no fato”.

Afrouxamento monetário segue no radar

Se para os mercados de ações, uma realização nos lucros parece se avizinhar, os mercados de câmbio e de juros futuros da dívida ainda parecem dispor de espaço para apreciação, ainda que bem mais restrito. Enquanto o real torna-se mais atrativo contra o dólar pelo diferencial de juros, uma ação iminente do Banco Central (BC) segue no radar.

Indicadores econômicos previstos para esta semana devem reforçar o diagnóstico de que a economia brasileira não vai conseguir se reerguer sem uma ajudinha extra. A aprovação da reforma da Previdência segue como uma das condições do BC para iniciar uma nova rodada de cortes de juros. E o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, mostrou-se bastante satisfeito com a aprovação do texto-base da reforma em primeiro turno.

Ainda assim, analistas advertem que não se deve depositar no corte de juro as fichas de um estopim da retomada do crescimento econômico. No Brasil, a taxa Selic está em seu piso histórico (6,5%) há mais de um ano. Falta, na visão desses analistas, medidas que estimulem a demanda e façam a economia voltar a girar.

Seja como for, o mistério vai persistir até o fim do mês, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC finalmente se reunirá para decidir se a taxa oficial de juro (Selic) será reduzida a um novo piso histórico.

É preciso observar também que a iminência de uma nova rodada de cortes não é exclusividade da situação brasileira. Os principais bancos centrais sinalizam com o iminente início de uma nova rodada de afrouxamento monetário apesar de os preços das ações estarem próximos de níveis recordes no Brasil, nos Estados Unidos e em diversas bolsas de valores europeias e asiáticas,.

Na semana passada, em seus testemunhos perante a Câmara e o Senado dos Estados Unidos no decorrer, o presidente do Federal Reserve, o banco central norte-americano, Jerome Powell, deixou claro que a política de guerra comercial de Donald Trump é o principal fator de instabilidade por trás da discussão de uma nova rodada de cortes pela autoridade monetária dos EUA.

Analistas observam que o Fed não corta juros há uma década e não há fatores internos que justifiquem alívio monetário, uma vez que o desemprego visível flerta com os níveis mais baixos em meio século e dados como os de vendas no varejo e consumo das famílias encontram-se em níveis considerados saudáveis.

As incertezas provocadas pelos conflitos comerciais deflagrados por Trump contra os principais parceiros dos Estados Unidos são apontadas como um dos entraves a uma reaceleração do crescimento econômico global. Neste sentido, a semana começou sob o peso dos dados do PIB chinês no segundo trimestre, que desaceleraram ao nível mais baixo da série histórica.

Novos sinais sobre os próximos passos do Fed podem emergir em declarações e discursos de Powell previstos para o decorrer desta semana.

Confira a seguir os principais destaques desta semana, dia a dia:

Segunda-feira: O dia deve começa sob o impacto dos dados oficiais do PIB da China no segundo trimestre de 2019 e de produção industrial e vendas no varejo em junho. No Brasil, o destaque é o IBC-Br, prévia mensal do PIB brasileiro medida pelo Banco Central. A pesquisa Focus do Banco Central também pode trazer novas revisões nas estimativas do mercado para a inflação, o PIB e a taxa Selic.

Terça-feira: A Fundação Getúlio Vargas divulga os dados do IGP-10 de julho, que servem de prévia para a inflação no mês anterior. Nos Estados Unidos, o Departamento de Comércio divulga às 9h30 os números de vendas no varejo em junho. Às 10h15, o Fed divulga os dados sobre a produção industrial referentes a junho. Às 12h, o presidente do Fed, Jerome Powell discursa em evento em Paris.

Quarta-feira: O Fed divulga às 15h os dados do Livro Bege, relatório no qual a autoridade monetária avalia a situação econômica do país.

Quinta-feira: A CNI divulga os dados sobre a confiança dos empresários do setor industrial em julho. Em Brasília, o Congresso Nacional entra em recesso.

Sexta-feira: Não há indicadores econômicos nem eventos políticos relevantes previstos em agenda.

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