Fluxo do gringo na bolsa em 2019 ainda é positivo e eu posso provar
Dados disponibilizados pela B3, que mostram saída de R$ 19 bilhões até 15 de agosto, não contabilizam valores movimentados em ofertas de ações
Passei boa parte da manhã discutindo com um grupo de conhecidos do mercado sobre o saldo negativo do gringo de R$ 19 bilhões na bolsa de valores no acumulado do ano até o dia 15 de agosto. As dúvidas eram se esse número considerava ou não a participação do estrangeiro nas ofertas de ações (IPOs e Follow Ons) e se o volume era relevante levando em consideração o estoque de posição.
A primeira pergunta foi respondida com a ajuda de um relatório da Planner Corretora, que afirma que participação em ofertas não é considerada no saldo, “distorcendo a interpretação sobre a movimentação estrangeira na bolsa brasileira”.
Para ajudar com a segunda pergunta, apelei para o gestor da Paineiras Investimentos, David Cohen, que tinha apresentado em janeiro um interessante levantamento sobre o tema.
Estrangeiros não tão distantes
O intertítulo acima batiza o relatório da Planner. Segundo a corretora, quando somamos o fluxo estrangeiro nas operações da B3 com as operações de mercado primário (IPO e Follow on), enxergamos por outro ângulo.
Ao invés de terem retirado R$ 19 bilhões da bolsa, entraram com R$ 4,4 bilhões. Assim, diz a Planner, os recursos podem estar saindo por uma porta (mercado secundário) e entrando por outra (mercado primário).
“Esta percepção pode explicar o fato de a B3 seguir valorizada mesmo com as notícias recorrentes de saída forte de fluxo estrangeiro”, diz a corretora.
Leia Também

Ainda de acordo com a Planner, pela tabela, observa-se que 44% do total investido nas ofertas públicas foram de Investidores estrangeiros, representando cerca de R$ 23 bilhões. “Este número deveria ser somado ao fluxo que é disponibilizado pela B3, onde só contabiliza o mercado secundário. O que acaba não capturando o total de investimento estrangeiro no país.”
Só em 2019 foram dois IPOs (Centauro e Neoenergia), mais 17 follow on, totalizando 19 operações, contra apenas cinco no ano passado (3 IPOs e 2 follow on).
Para a Planner, a melhor maneira de visualizar o fluxo seria de uma forma global, com toda a movimentação:

“Com isso concluímos que o investidor estrangeiro segue presente no mercado brasileiro, participando ativamente das ofertas primárias.”
Mas em relação ao estoque?
David Cohen, da Paineiras, também ressalta que temos de colocar as ofertas públicas na conta para ter uma avaliação melhor sobre o comportamento do estrangeiro. Com relação ao estoque, ele enviou dados atualizados (veremos belos gráficos abaixo), mostrando que o estoque de posição do estrangeiro está na casa dos R$ 1,3 trilhão (julho 19). Então, os R$ 19 bilhões representam de 1,46% do estoque.

Segundo Cohen, a análise de fluxos é sempre ambígua. Para toda compra temos uma venda e a questão é encontrar quem é o agente ativo, quem está tomando o mercado para cima ou batendo para baixo. "Parece que nos últimos dias o estrangeiro está mais ativo na venda que os locais na compra", explica.
Outra forma de olhar a questão, segundo o gestor, é que pela primeira vez estamos em um quadro de juro baixo e vemos uma migração em massa dos investidores locais da renda fixa para a bolsa. "Se todos os locais compram, quem vende? Só pode ser o estrangeiro", avalia.
Considerando a variação por valuation, (que considera a valorização ou desvalorização de ações, mais o fluxo e futuros) temos que de dezembro a julho, o valuation saiu de R$ 150 bilhões para R$ 350 bilhões. Agora esse ganho por variação de posição caiu para a casa dos R$ 300 bilhões. A carteira do gringo “andou”, mesmo com a venda a mercado, pois a bolsa subiu mais e teve a compra via ofertas.

Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
