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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Mercados

Estrangeiro está pessimista com a bolsa brasileira?

Posição vendida do gringo em Ibovespa futuro, maior em mais de uma década, sugere que sim, mas tema é um pouco mais complexo

Eduardo Campos
Eduardo Campos
9 de janeiro de 2019
11:09 - atualizado às 12:03
touro e urso: bull market vs. bear market
Imagem: Shutterstock

O investidor estrangeiro segue aumentando a posição vendida, que pode ser vista como uma aposta queda, no mercado futuro do índice Ibovespa. A posição na B3 fechou a terça-feira beirando os 165 mil contratos.

Uma forma de ler as posições no Ibovespa futuro é como uma proteção (hedge) às oscilações no mercado à vista. O investidor está comprado em bolsa no mercado à vista e vai proteger essa exposição no mercado futuro vendendo contratos de Ibovespa.

No entanto, o mercado também opera o Ibovespa futuro com um ativo em si, podendo montar apostas de alta (comprado) ou de queda (vendido) no Ibovespa.

Na sexta-feira, o estoque vendido do estrangeiro já tinha atingindo 160 mil contratos, o que chamou a atenção do gestor Moises Beida, da SRM Asset, que foi ao “Twitter” para ressaltar que essa era a maior posição vendida nos últimos 14 anos.

Segundo o Beida, não é possível afirmar que essa seria uma posição estrutural contrária ou mesmo impeditiva para uma valorização da bolsa brasileira, já que os fundamentos favorecem o mercado. Uma possibilidade é que essa possa ser a aposta de curto prazo de algum grande player.

A principal contraparte do estrangeiro no mercado de Ibovespa futuro é o investidor institucional local (fundos de investimento), que está comprado em 158.888 contratos.

Posição BMF
Infogram

Outros especialistas de mercado também entraram nesse debate no “Twitter”. Na sua conta, o gestor da Paineiras Investimentos, David Cohen, fez uma sequência de tuites para avaliar o tema.

Cohen começa explicando que o que mexe como o preço de um ativo é se a vontade do comprador de pagar mais caro é maior que a vontade do vendedor de se desfazer desse ativo. Assim, se agentes locais, como fundos, empresas e pessoas físicas, resolvem comprar bolsa, só sobrará o estrangeiro para vender, mas ele pode deixar a bolsa subir para vender mais caro, ao invés de estar pessimista e vender "para baixo".

Na sequência, o gestor se propõe a olhar o tamanho da carteira do gringo em ações, marcando essa carteira a mercado. Os estrangeiros possuem uma carteira em ações da ordem de R$ 1,185 trilhão, ante uma posição vendida no mercado futuro da ordem de R$ 12,6 bilhões.

Fazendo uma avaliação histórica, do menor patamar do estrangeiro em janeiro de 2016 até o fim do ano passado, essa carteira do não residente aumentou em R$ 644 bilhões. Esse aumento decorre de fluxo à vista, variação nos contratos futuros e impacto por "valuation".

Aqui, o conceito utilizado por Cohen conversa com outra métrica utilizada pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), que reúne mais de 450 bancos de 70 países, que desenvolveu e vem aprimorando uma medida mais ampla de fluxo além de entradas e saídas efetivas. Além de considerar o fluxo, as análises do órgão também levam em conta o “valuation” das posições, ou seja, como a valorização ou desvalorização de ações, títulos e da taxa de câmbio afetam essas posições.

Vamos a um exemplo, se o mercado de ações apresentar um firme movimento de alta, isso torna um investimento inicial (fluxo) relativamente pequeno em uma grande posição (estoque), algo que tem o potencial de se tornar uma grande saída de capital no futuro (fluxo novamente).

Da mesma forma, um aporte inicial grande (fluxo) pode se tornar relativamente pequeno (estoque) no caso de uma acentuada desvalorização cambial.

Foi essa a métrica utilizada pelo IIF para dizer que a posição do investidor estrangeiro em ativos brasileiros era a menor entre os mercados emergentes.

Assim, o que pode estar acontecendo na posição do estrangeiro é apenas um ajuste em função do aumento da participação da posição em Brasil pela melhora do "valuation", vetor que se mostrou mais relevantes que fluxo efetivo e posição em futuros.

No mercado à vista, o não residente tem fluxo negativo de R$ 2,2 bilhões agora em janeiro até o dia 7, enquanto o institucional acumula compras de R$ 2,95 bilhões. A pessoa física tem saldo pouco expressivo de R$ 68 milhões positivos.

Mas o ponto alto da explanação de Cohen é seu tuite final.

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