O mercado de capitais contou com a movimentação de R$ 100,5 bilhões pelas empresas brasileiras entre janeiro e abril deste ano.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 9, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), e mostram uma queda de 9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Mantendo a mesma base de comparação, o número de operações também caiu, passando de 280 para 189 neste ano.
Renda fixa reina absoluta
Destrinchando os dados da Anbima, fica claro que as operações de renda fixa dominaram as movimentações. O volume total do segmento neste período somava R$ 45,8 bilhões.
Nesse bolo, chama a atenção o papel das debêntures, que levantaram R$ 29,1 bilhões entre janeiro e abril. No mesmo período do ano passado, o total de emissões desse ativo foi de R$ 46,2 bilhões, o que corresponde a queda de 37%. Já os CRAs (Certificados de Recebíveis de Agronegócio) avançaram 225%, de R$ 1,2 bilhão para R$ 4,1 bilhões.
Já os fundos imobiliários, híbridos entre renda fixa e variável, praticamente dobraram o volume emitido nos primeiros quatro meses de 2018, passando de R$ 4 bilhões para R$ 7,9 bilhões. Esses produtos representam 13% das emissões no mercado de capitais doméstico do ano.
No mundo das ofertas
A Anbima também apontou que, em abril, o IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) da Centauro, o primeiro do ano, movimentou R$ 772 milhões. O resultado contribuiu para o saldo de R$ 6,9 bilhões em operações de renda variável. O volume é praticamente o mesmo dos primeiros quatro meses de 2018 (R$ 6,8 bilhões).