A semana não podia terminar melhor para as ações da Petrobras. A Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados anunciaram um novo corte na produção conjunta da commodity. Ao todo, serão 1,2 milhão de barris por dia (bpd) a menos em relação aos níveis de outubro de 2018.
Segundo informações da organização, desse volume, caberá aos membros do cartel uma redução da ordem de 800 mil bpd, enquanto os produtores parceiros liderados pela Rússia serão responsáveis por diminuir seu suprimento ao mercado em 400 mil bpd.
Aqui no Brasil, depois do anúncio tanto as ações ordinárias como as preferenciais da Petrobras subiram na bolsa, com alta de 1,64% e 0,73%, respectivamente. Vale lembrar que a decisão da Opep era um dos fatores que fizeram das ações da petroleira a nossa aposta do mês para a bolsa.
Minha parte na história
O ministro de Energia e Indústria dos Emirados Árabes Unidos e presidente da 175ª Reunião da Conferência da Opep, Suhail Mohamed Al Mazrouei, reconheceu que alguns integrantes do cartel, como o Irã, serão isentos de promover cortes nacionalmente. No caso do país persa, pesaram para a concessão os efeitos das sanções dos Estados Unidos à sua indústria petrolífera.
Já o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, anunciou que Moscou planeja cortar 2% de sua produção de petróleo, também na comparação com o nível de outubro. "Gostaria de agradecer à Arábia Saudita por assumir um corte maior do que a fatia de produção que lhe cabe", declarou.
Por sua vez, o ministro saudita, Khalid Al-Falih, informou que Riad produziu 10,7 milhões de bpd em outubro, 11,1 milhões de bpd em novembro e prevê produção de 10,7 milhões de bpd em dezembro. "Hoje, estamos alocando os números de janeiro e eles estarão na vizinhança de 10,2 milhões [de barris por dia], em parte motivado com nosso compromisso de começar 2019 com o pé direito", afirmou. A partir dessa declaração, apreende-se que o corte promovido pelos sauditas sob o acordo será de 500 mil de barris por dia.
Ainda assim, Al-Falih destacou que Arábia Saudita mostrou nos últimos seis meses que não sabe apenas "cortar" oferta, mas, também, "liberar" oferta no mercado quando considera necessário.
*Com Estadão Conteúdo.