Arábia Saudita e Rússia reafirmam corte na produção de petróleo e veem retomada da demanda
Em suas declarações iniciais, as autoridades de Arábia Saudita e Rússia destacaram a importância de iniciativa e afirmaram que veem um quadro de retomada na demanda e maior equilíbrio no mercado de energia
Ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) realizam reunião virtual nesta quarta-feira, 19, a fim de tratar do acordo conjunto para corte da oferta da commodity, a fim de sustentar seus preços. Em suas declarações iniciais, as autoridades de Arábia Saudita e Rússia destacaram a importância de iniciativa e afirmaram que veem um quadro de retomada na demanda e maior equilíbrio no mercado de energia. Além disso, o ministro saudita comentou que o acordo para corte na demanda poderia ir além de abril de 2022, se necessário.
O ministro de Energia russo, Alexander Novak, qualificou a decisão de cortar a oferta adotada pela Opep+ de "justificada", diante do choque econômico provocado pela covid-19. Segundo ele, o esforço já gera um resultado "significativo".
Novak disse que é possível notar os primeiros sinais de desaceleração na alta dos estoques de petróleo, que devem recuar adiante, contribuindo para o maior equilíbrio e estabilidade do setor. Além disso, notou que ocorreu uma queda na produção de petróleo em países de fora do grupo, como Estados Unidos e Canadá, o que contribui para o reequilíbrio.
De qualquer modo, Novak ressaltou que o mercado de petróleo "segue muito volátil". Com isso, é necessário continuar a cumprir o acordo da Opep+, comentou.
Em seu discurso, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman Al Saud, afirmou que há sinais "encorajadores de retomada na demanda global" no setor energético. Ele disse que existe a expectativa de que a demanda por petróleo no quarto trimestre deste ano esteja em 97% do equivalente no pré-pandemia.
Saud citou o recuo nos estoques e a recuperação na demanda por gasolina e diesel em muitos países, como a própria Arábia Saudita. Segundo ele, porém, é importante manter a vigilância sobre o mercado e o ministro saudita disse que pode ser necessário manter o acordo de corte na oferta para além do prazo de abril de 2022.
De acordo com a autoridade saudita, o nível de cumprimento do acordo da Opep+ é "sem precedentes", tendo atingido justamente 97% do total almejado.
Após as declarações iniciais das autoridades, transmitidas online, os ministros iriam prosseguir com a reunião virtual fechada.
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