Na tentativa de aumentar a oferta de petróleo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmou nesta quinta-feira (5) que vai aumentar a produção em 432 mil barris por dia (bpd) em junho.
De acordo com comunicado divulgado após reunião ministerial, observou-se "os efeitos contínuos de fatores geopolíticos e questões relacionadas à pandemia em andamento". Na última reunião, realizada em março, a Opep+ já havia aumentado a produção em 432 mil bpd, após uma sequência de altas de 400 mil bpd nos últimos meses de 2021.
O cartel reiterou também a importância de os países aderirem aos mecanismos de conformidade e compensação do acordo até o final do mês que vem, mantendo a estratégia de reduzir os cortes de oferta da commodity.
A próxima reunião ministerial da Opep+ foi marcada para 2 de junho.
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Razões para aumento da produção
Em março, a organização aumentou a produção de maio na mesma quantidade, em 432 mil bpd. A decisão de nova alta acontece em meio a preocupações com a demanda chinesa mais fraca - por causa dos lockdowns - e anúncio de novas sanções econômicas da União Europeia contra a Rússia.
Ontem (4), o bloco europeu afirmou que deve proibir as importações do petróleo russo dentro de seis meses e produtos refinados do commodity até o final do ano, quando acontece a última rodada de sanções econômicas.
Vale ressaltar que a Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas dos EUA e da Arábia Saudita.
Petróleo Brent em alta
Desde o ínicio da Guerra da Ucrânia, há um pouco mais de dois meses, o petróleo brent tem atingido recordes de cotação. Em 18 de abril, o barril da commodity atingiu a cotação máxima de US$ 114,21 durante o dia, fechando com as negociações em US$ 113,16.
Às 11h (horário de Brasília), o petróleo acumulava alta de 2,70%, sendo negociado a US$ 113,01.
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*Com informações de Estadão Conteúdo e CNBC