Após dia instável, Ibovespa fecha mês em alta de 10,19%; dólar perdeu 8% em outubro
Principal índice da bolsa teve dia de altas e baixas, mas conseguiu fechar com valorização de 0,62%; dólar foi de R$ 4 a R$ 3,72 no mês

O Ibovespa fechou em alta de 0,62%, aos 87.423 pontos, depois de alternar altas e baixas durante todo o pregão. O dólar à vista fechou em alta de 0,97%, a R$ 3,7283.
O bom desempenho das bolsas americanas ajudou a bolsa brasileira, mas por aqui os investidores se mantiveram em compasso de espera por novos sinais do governo eleito sobre seus planos para a área econômica.
Com isso, houve certa realização dos formidáveis lucros auferidos em outubro, quando o Ibovespa acumulou alta de 10,19%. Trata-se da maior valorização mensal desde os 11,14% de janeiro.
Em dólar, a variação mensal da bolsa brasileira foi ainda maior, 19,7%, totalmente na contramão dos países emergentes e dos Estados Unidos, que tiveram desempenho mensal negativo.
Foram os investidores locais que sustentaram a alta do Ibovespa neste mês, animados pela perspectiva de eleição de Jair Bolsonaro.
Os investidores estrangeiros optaram por realizar lucros, retirando mais de R$ 7 bilhões do Brasil até o dia 29. Neste dia, aliás, primeiro pregão após o segundo turno, os estrangeiros tiraram mais de R$ 1 bilhão daqui. No ano, o saldo de estrangeiros na B3 é negativo em R$ 6,748 bilhões.
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Já o dólar operou hoje em linha com o exterior. Além de forte saída de capital estrangeiro do Brasil nesta quarta, a alta da moeda americana também se deveu aos dados econômicos fortes nos EUA.
Mais cedo, a ADP soltou os dados de emprego no setor privado, que são considerados a prévia do Payroll, a ser divulgado nesta sexta. Segundo o relatório, foram criadas 227 mil vagas nos Estados Unidos, acima da previsão de 180 mil.
Em outubro, o dólar caiu 8% frente ao real, maior queda mensal desde junho de 2016, quando recuou 11%.
Hoje à noite, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciará para onde vai a Selic, que deve permanecer estável em 6,5%, segundo estimativas do mercado.
Embora pareça não estar muito no radar da bolsa, esta decisão impacta diretamente os seus investimentos.
Os juros futuros de curto prazo fecharam em leve queda, antecipando a manutenção da Selic pelo Copom e refletindo o alívio no câmbio com a eleição de Jair Bolsonaro. Já os juros de longo prazo fecharam em leve alta.
O DI com vencimento para janeiro de 2021 fechou estável em 8,12%. Já o DI para janeiro de 2023 subiu de 9,253% para 9,27%.
Exterior foi favorável
As bolsas americanas fecharam em alta nesta quarta, tentando se recuperar de um duro mês de outubro. Embora os riscos que pairam sobre o cenário internacional não tenham se dissipado, os investidores aproveitaram para comprar ações que ficaram baratas e reagiram a bons resultados corporativos do terceiro trimestre.
O Dow Jones fechou em alta de 0,97%, aos 25.115 pontos; o S&P500 avançou 1,08%, aos 2.711 pontos; e a Nasdaq fechou com ganho de 2,01%, aos 7.305 pontos. No mês, os índices acumularam perdas de 5,07%, 6,94% e 9,20%, respectivamente.
As bolsas europeias também fecharam o dia em alta, motivadas por balanços corporativos fortes e pelo bom desempenho de NY. As ações se recuperaram parcialmente das fortes perdas recentes, mas no mês, os índices europeus fecharam no negativo.
A inflação na zona do euro acelerou para 2,2% em outubro, segundo o Eurostat, contra 2,1% no mês anterior. Os números dão força à decisão do Banco Central Europeu (BCE) de reduzir os estímulos à economia, mesmo com o crescimento do bloco em desaceleração.
As preocupações com a crise fiscal na Itália continuaram no radar dos investidores. A Comissão Europeia informou à Itália na terça-feira que sua grande dívida é uma preocupação para toda a região. Hoje, o governo de Roma reafirmou a intenção de elevar o déficit, mas disse que isso deve ser contrabalançado pelo maior crescimento econômico.
Vale é destaque de alta
As ações da Vale (VALE3), ação de maior peso no Ibovespa, e da Bradespar (BRAP4), holding que investe em ações da mineradora, fecharam com duas das maiores altas do Ibovespa nesta quarta: 5,27% e 5,21%, respectivamente.
O UBS elevou a recomendação do papel da Vale de "venda" para "neutro", pelo maior prêmio do minério de ferro, que ajudou a melhorar o retorno de caixa aos acionistas.
No entanto, os analistas do banco ressalvam que concorrentes, como Rio Tinto e BHP Billiton, se desalavancaram, e agora também exibem forte fluxo de caixa livre.
Também subiram bastante as ações de empresas exportadoras, ajudadas pela alta do dólar: Braskem (BRKM5) subiu 6,82%, maior alta do dia; Suzano (SUZB3) avançou 3,47%; e BRF (BRFS3) teve ganho de 3,45%.
As ações da Petrobras fecharam em baixa de 0,66% (PETR3) e 1,36% (PETR4), corrigindo os fortes ganhos de ontem e acompanhando a queda nos preços do petróleo.
Os humilhados serão exaltados... e os exaltados serão humilhados?
As reações dos investidores aos balanços de algumas companhias brasileiras, nesta quarta, pareciam estar com os sinais invertidos. Empresas que divulgaram bons números apanharam na bolsa, mas teve empresa com resultado fraco indo bem.
Apesar dos resultados acima do esperado no terceiro trimestre, as units do Santander (SANB11) fecharam com a maior queda da bolsa, 5,17%.
O repórter especial Vinícius Pinheiro explica que nem todos os números vieram bons, apesar do balanço forte.
Ao "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão", Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos, lembrou que a unit do Santander era negociada com prêmio em relação às ações de Bradesco e BB.
Já a Cielo (CIEL3) fechou em alta de 4,51%, apesar do balanço decepcionante, pressionado pelo aumento da competitividade no setor.
Segundo operadores ouvidos pelo "Broadcast", havia um grande vendedor do papel no mercado nos últimos dias e agora a operação de venda foi concluída. No ano, as ações da Cielo acumulam queda de quase 40%.
Além disso, alguns números do balanço estão animando os investidores, que veem "uma luz no fim do túnel" para a companhia.
É o caso do aumento do volume de transações realizadas com cartão de crédito e débito, o crescimento na base de equipamentos instalados e a perspectiva de pagamento de dividendos neste ano. O Vini fala mais disso aqui.
Outra ação que pareceu contrariar os resultados da empresa foi o papel da Smiles (SMLS3), que, mesmo com balanço forte, fechou em queda de 1,46%. Apesar dos bons números, os investidores estão em dúvida sobre a incorporação da companhia pela Gol.
A editora-chefe do Seu Dinheiro, Marina Gazzoni, participou da teleconferência do programa de fidelidade da aérea nesta quarta e conta como o presidente da empresa foi bombardeado de perguntas difíceis dos investidores. Ela também fala do que esperar para a ação.
Mais balanços
As ações da RaiaDrogasil (RADL3) fecharam em baixa de 3,35% após a divulgação de resultados fracos. As receitas de vendas e serviços totais cresceram 10% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, mas a margem de lucro caiu, assim como o número de novas lojas abertas no período.
No entanto, os analistas do BTG Pactual mantiveram a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 80, potencial de alta de 27% em relação ao fechamento de hoje. Para o banco, as condições a curto prazo são adversas, mas os prospectos a longo prazo são positivos.
Já as ações da Ecorodovias (ECOR3) fecharam em queda de 1,36%, após resultados considerados "neutros" por alguns analistas.
Em relatório, analistas da Rico Investimentos ponderam que, embora o resultado operacional estivesse em linha com o esperado pelo mercado, o lucro veio abaixo do consenso, com destaque para um resultado financeiro mais pressionado.
Além disso, a companhia está entre os cinco grupos interessados no leilão da Rodovia de Integração Sul (RIS), que será realizado amanhã.
Em relatório, o Safra observa que, depois de adicionar três novos projetos ao seu portfólio no início deste ano, a companhia está agora com um apetite controlado. Além disso, a forte concorrência no leilão deve pressionar as taxas de retorno do projeto.
*Com Estadão Conteúdo
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