Reforma da Previdência deve acontecer em 2019 mas “não será primeiro ato” do governo, diz Flávio Bolsonaro
Senador eleito disse que os temas prioritários de Bolsonaro serão a desburocratização, facilitar o empreendedorismo e “inaugurar marcos na questão ambiental

O senador eleito e deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que não está no radar do futuro governo a não aprovação da reforma da Previdência em 2019. Contudo, o filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que o envio do projeto da reforma ao Congresso não será o primeiro ato da gestão. As declarações foram dadas no programa Central das Eleições, da GloboNews, na noite desta segunda-feira, 3.
"Nossa vontade original é que fosse aprovada este ano, mas a avaliação política é de que seria arriscado. A ideia é que se aprove a reforma da Previdência em 2019. Há uma burocracia do processo legislativo que a gente tem que respeitar. Mas, não digo no primeiro mês de governo, mas o mais cedo possível, vai ser enviada ao Congresso a nova reforma da Previdência."
Segundo Flávio, o presidente eleito defende uma proposta inovadora para a reforma da Previdência, diferente da apresentada pelo governo atual, que está em tramitação na Câmara.
"Como se vai exigir que um trabalhador rural, que um cortador de cana, se aposente com 65 anos? Aquelas profissões que são mais burocráticas poderiam estender trabalhando por mais tempo. Técnicos estão chegando a uma redação final [da proposta da reforma da Previdência], está bem adiantado, olhando para esses trabalhadores de forma diferenciada."
Decretos
O senador eleito não listou assuntos que serão objeto de decreto presidencial de Bolsonaro no início do mandato, mas disse que os temas prioritários são a desburocratização, facilitar o empreendedorismo e "inaugurar marcos na questão ambiental que permitam a exploração do meio ambiente, mas preservando-o".
"Ele [Jair Bolsonaro] cita como exemplo locais no Brasil que poderiam ser como Cancún, no Rio de Janeiro, na região dos Lagos, mas que não há investimento na rede hoteleira, na qualificação da mão de obra de pescadores para migrarem para o turismo por causa de amarras ambientais."
Segundo Flávio, para chefiar o ministério do Meio Ambiente há três nomes colocados. O senador eleito disse ainda que não há definição sobre a existência da pasta de Direitos Humanos, mas que é favorável à manutenção do status de ministério para que Jair Bolsonaro possa dar outro direcionamento ao assunto, "sem ser para ter um retorno financeiro ou político-eleitoral".
Israel
Sobre a mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, Flávio repetiu que já é uma decisão tomada. Ele explicou que Jerusalém é capital para o governo israelense, e como Jair Bolsonaro reconhece o governo israelense, seria algo lógico a mudança da embaixada.
Grandes parcerias devem ocorrer com Israel com essa reaproximação, segundo Flávio, o que não exclui os negócios com os países árabes.
'Não tem condições'
Flávio também disse que "não há a menor condição de apoiar Renan Calheiros (MDB-AL) para a presidência do Senado". O senador eleito disse que Renan "precisa entender esse momento que o Brasil está vivendo" e que o perfil de um presidente do Senado "é uma pessoa ficha limpa, que conheça a Casa e que esteja alinhado com o perfil de renovação que o Brasil está pedindo".
Flávio questionou o que Renan teria a oferecer aos senadores, uma vez que não vai ter a máquina do governo ao seu lado. "Todos esses candidatos, com exceção do Renan, certamente têm tudo para chegar a uma convergência para fazer frente real a essa força do Renan Calheiros", disse, citando os nomes de Davi Alcolumbre (DEM-AP), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Alvaro Dias (Pode-PR) como possíveis presidentes da Casa.
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Caso o petista vença, a ideia é que o número de ministérios passe dos atuais 23 para 32. Já Bolsonaro, que na campanha de 2018 prometeu ter apenas 15 ministérios e fazia uma forte crítica ao loteamento de cargos, hoje tem 23 e também deu pastas ao Centrão
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