Os Estados Unidos podem atrapalhar a festa do investidor brasileiro? Só depois do parabéns!
No curto prazo, mercado vai dançar a música da vitória de Bolsonaro, mas ventos negativos que prejudicaram ativos nos últimos dias ainda existem

Um olho na política local e o outro na economia americana – este é o lema desde ontem dos investidores mais calejados (e também dos sempre presentes pessimistas de plantão). No curto prazo, dá para festejar sem medo: o consenso é que a eleição de Jair Bolsonaro vai pesar positivamente sobre os preços. Em algum momento, entretanto, será preciso olhar para fora.
Há duas pernadas para a bolsa local antes disso, na opinião de Sara Delfim, gestora do fundo de ações da Dahlia Capital, analista de transportes e infraestrutura do Merrill Lynch por dez anos.
O primeiro movimento de alta, diz Sara, é imediato: reflexo da confirmação de Jair Bolsonaro e de Paulo Guedes, com sua agenda liberal, para a presidência. O segundo ainda depende da definição do restante da equipe e do tom do discurso dos próximos dias. A terceira pernada da bolsa local entretanto, estima a sócia da Dahlia, depende do cenário externo.
Apesar de reconhecer o risco vindo de fora, Pedro Jobim, economista-chefe da Legacy, está construtivo. "Achamos que a recessão nos EUA não é para agora. E que a correção no S&P está acabando", diz o egresso da tesouraria do Santander.
Somente em outubro, o S&P 500, principal índice da bolsa americana, já caiu 14%. A curva de juros, que reflete a expectativa do mercado para a taxa, também vem se ajustando para cima, desvalorizando os títulos públicos prefixados. Os movimentos refletem o temor do mercado de que o banco central americano precise acelerar a alta dos juros para conter a inflação. "Isso poderia antecipar a recessão, que nós achamos que é só para 2020/2021", diz Jobim.
O grande dia
Há uma data para observar: 6 de novembro. É o dia da eleição para o congresso americano. Se os democratas conseguirem a maioria, como tem sido sinalizado, os mercados emergentes terão motivos para esticar a festa.
Leia Também
Sara explica: um congresso democrata deve tornar mais difícil a aprovação de medidas para estimular a economia empurradas por Donald Trump. Contida a aceleração fiscal, a inflação também fica sob controle e, assim, o Fed tende a demorar mais para elevar os juros.
Juros sob controle lá fora tendem a significar juros contidos aqui, fluxo para bolsas emergentes mantido e é até mesmo boa notícia para commodities, com o dólar mais barato.
Ou seja, parece que dá para dançar tranquilamente por enquanto, mas bom não descuidar da porta na hora do parabéns. Ou, para falar a língua do investidor, que tal curtir a bolsa com um pezinho em um fundo cambial? Se der tudo errado, o dólar tende a subir.
Está gostando do Seu Dinheiro? Clique aqui para receber notícias por e-mail.
Leia também:
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje