Ações da Cielo sobem com “luz no fim do túnel” após balanço
Lucro da empresa controlada por Bradesco e Banco do Brasil cai 20% e ficou abaixo das projeções. Mas crescimento na base instalada de maquininhas de cartão foi visto como um sinal de que empresa pode se recuperar
A Cielo, empresa de maquininhas de cartão controlada por Bradesco e Banco do Brasil, entregou mais um lucro decepcionante no terceiro trimestre. Mas alguns sinais de luz no fim do longo túnel que a companhia atravessa fazem as ações reagirem em forte alta de 3,64% hoje na bolsa, enquanto o Ibovespa cai 0,32%.
E de onde vêm esses sinais? Certamente não do lucro de R$ 812,8 milhões, uma redução de 20% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O número ficou 9% abaixo das projeções dos analistas compiladas pela Bloomberg, que já não eram as mais otimistas.
Líder na captura de transações por cartão (débito e crédito) com suas maquininhas, a Cielo vem sofrendo um duro ataque da concorrência. E essa pressão se reflete nos balanços publicados a cada trimestre.
Copo meio cheio
Embora os números continuem em geral (bem) ruins, do lado operacional a Cielo mostrou alguma reação. Ou pelo menos esse é o copo meio cheio que o mercado tenta enxergar.
Por exemplo, o volume de transações realizadas com cartão de crédito e débito pelos terminais da empresa aumentou 2% no trimestre, ainda que na comparação com o mesmo período do ano passado apresente queda de 2,8%.
Outro sinal positivo veio da base de equipamentos instalados da empresa, que cresceu 3,3% em relação ao número de junho deste ano.
Leia Também
Essa recuperação na base veio principalmente dos terminais da Stelo, marca com a qual a Cielo passou a atender o segmento de pequenos comerciantes para competir com a PagSeguro, do grupo UOL.
Mas até mesmo a base de maquininhas tradicionais da empresa apresentou evolução, segundo Clovis Poggetti, vice-presidente executivo de finanças da Cielo. Na comparação mês a mês entre agosto e setembro, o número de terminais voltou a apresentar crescimento depois de três anos.
"A Cielo passou por uma tempestade perfeita, mas já começa a ver alguns elementos dessa tempestade pelo retrovisor", disse Pogetti, em teleconferência com a imprensa para comentar o balanço.
Quem terá a missão de levar a empresa para mares menos revoltos é Paulo Rogério Caffarelli. O atual presidente do Banco do Brasil foi confirmado nesta semana no comando da Cielo. Ele assume o novo cargo na próxima segunda-feira, dia 5.
Vem dividendo aí
Ainda que os números da Cielo em geral sejam pouco inspiradores, os investidores têm pelo menos um bom motivo para deter as ações da empresa. E ele atende pelo nome de dividendos.
A Cielo já anunciou que pagará neste ano R$ 3,5 bilhões aos acionistas. Metade desse valor já foi pago no terceiro trimestre, e o restante será pago em mais duas parcelas.
Outra razão para a alta das ações hoje é puramente técnica: os papéis caíram demais. Desde o início do ano, a queda acumulada é da ordem de 40%. Trata-se do terceiro pior desempenho entre as empresas que compõem o Ibovespa, à frente apenas de Smiles e Qualicorp.
Quer receber o melhor do Seu Dinheiro no seu e-mail? Clique aqui e cadastre-se na nossa newsletter.
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
