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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

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Título do Tesouro Direto atrelado ao IPCA vence nesta quarta; saiba onde reinvestir o dinheiro

Se você investiu no Tesouro IPCA 2019 e nunca se desfez dele, hoje vai cair um dinheiro na sua conta; saiba se vale a pena reinvesti-lo no Tesouro Direto ou se é melhor buscar outras opções

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
15 de maio de 2019
5:30 - atualizado às 16:06
mão segura notas de cem reais enquanto define para onde ir
É possível reinvestir em títulos públicos ou partir para fundos de ações e multimercados, dizem especialistas. Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O título público Tesouro IPCA 2019 (NTN-B Principal) vence nesta quarta-feira, 15 de maio. Se você comprou este título no Tesouro Direto e ficou com ele até agora, você vai receber de volta a grana aplicada, junto com a rentabilidade contratada.

Nesta quarta, o Tesouro Nacional deverá pagar R$ 9 bilhões às pessoas físicas que tinham esse título na carteira. Quem tem recursos a receber e não tem um objetivo certo no qual empregá-los pode estar se perguntando onde reinvestir esse dinheiro.

Uma das possibilidades é reinvestir os recursos no próprio Tesouro Direto, que tentou facilitar o processo por meio da elevação do limite de aplicação, em maio, para quem receber os recursos do vencimento do Tesouro IPCA 2019.

Para esses investidores, ao teto de R$ 1 milhão mensal do Tesouro Direto, vão se somar os valores resultantes do vencimento do papel.

Mas será que o reinvestimento em títulos públicos é mesmo uma boa? Ou as melhores oportunidades estão em outros ativos?

Quanto você vai receber pelo Tesouro IPCA 2019

Quem fica com um título indexado à inflação até o vencimento recebe exatamente a remuneração prometida no ato da compra: uma taxa de juros prefixada mais a variação do IPCA.

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No caso dos papéis como o Tesouro IPCA 2019, antigamente chamados de NTN-B Principal, toda a remuneração é paga no vencimento, não havendo o pagamento de juros semestrais.

Quem comprou o Tesouro IPCA 2019 quando ele estreou no Tesouro Direto, em 14 de janeiro de 2013, receberá apenas 2,88% ao ano mais IPCA, algo que deu em torno de 9% ao ano até hoje, frente a um CDI de pouco mais de 10% ao ano.

A taxa de 2,88% mais IPCA é inferior ao rendimento que os títulos públicos atrelados à inflação estão pagando hoje. Para esses investidores, portanto, não seria difícil encontrar coisa mais rentável dentro do próprio Tesouro Direto.

Mas com o passar dos anos, as taxas acima da inflação do Tesouro IPCA 2019 subiram vertiginosamente, com a entrada no Brasil na sua mais grave crise econômica e a consequente elevação dos juros futuros.

Quem o adquiriu entre o fim de 2013 e o início de 2017 conseguiu contratar, até o vencimento nesta quarta, taxas superiores a 5%, 6% ou 7% ao ano acima do IPCA.

Por exemplo, um investidor que tenha comprado o Tesouro IPCA 2019 em 29 de setembro de 2015 receberá, hoje, uma remuneração de nada menos que 8,03% ao ano mais IPCA, o que pode ser considerada uma taxa bem elevada para esse tipo de título.

Esse retorno equivale a mais ou menos 13,5% ao ano, bem acima do CDI de cerca de 10% ao ano no período.

Para estes investidores que pegaram taxas acima de 5% ao ano mais IPCA, o Brasil de hoje está bem diferente. Com Selic em 6,5% ao ano e perspectiva de juros estáveis ou em queda, dadas a fraca atividade econômica e os preços controlados, os títulos atrelados à inflação estão pagando na faixa de 4% ao ano mais IPCA.

Prefixados estão mais atrativos

Segundo Walter Maciel, CEO da gestora AZ Quest, os títulos do Tesouro mais indicados neste momento são os prefixados de vencimento intermediário (de 2023 a 2030).

Há duas opções com este perfil hoje no Tesouro Direto: o Tesouro Prefixado 2025 (LTN) e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 (NTN-F), que paga juros a cada seis meses.

Pessoalmente, se eu fosse receber o vencimento hoje e quisesse reinvestir no próprio Tesouro Direto, eu optaria pelo Tesouro Prefixado 2025. Mas eu vendi meus títulos Tesouro IPCA 2019 no fim do ano passado para investir em fundos.

A indicação de Maciel se deve ao fato de que a inflação brasileira está sob controle e com viés de queda, o que tende a reduzir a remuneração dos papéis atrelados a índices de preços.

Como a economia vai devagar-quase-parando, com capacidade ociosa elevada na indústria e desemprego alto, quando ocorrer a retomada, o país poderá voltar a crescer sem que as empresas precisem aumentar investimentos e custos, inclusive com mão de obra.

Ao mesmo tempo, já há players importantes no mercado que não descartam uma queda da Selic para 6% ou mesmo 5,75% ao ano, lembra Maciel, o que beneficia tanto o Tesouro IPCA quanto os prefixados, do ponto de vista da valorização do título.

Em outras palavras, dadas as perspectivas, os prefixados oferecem potencial de ganho maior que os atrelados à inflação de prazo equivalente, tanto para quem os levar ao vencimento quanto para quem quiser vendê-los antes do fim do prazo para realizar uma valorização.

Entenda a diferença entre investir no Tesouro Direto de forma passiva, levando o título ao vencimento, e de forma ativa, para ganhar com a valorização.

Para quem já tem carteira diversificada, reinvestir em Tesouro IPCA pode ser alternativa mais conservadora

Se você já tem uma carteira de investimentos diversificada em diferentes classes de ativos e com um percentual em títulos públicos atrelados à inflação, a orientação de Luiz Henrique Forjaz, gestor de investimentos da Brainvest, é reinvestir os valores em Tesouro IPCA.

Segundo Forjaz, dado o cenário atual, a casa recomenda manter o percentual investido em títulos atrelados à inflação, sem trocá-los por outro tipo de título ou classe de ativos.

O gestor prefere os vencimentos de 2022 ou 2028, para quem investe pelo mercado secundário, ou de 2024 ou 2026, para quem investe via Tesouro Direto.

“Eu não alongaria muito o prazo para não ter tanta volatilidade. Como ainda não temos muita definição quanto à reforma da Previdência, é mais prudente. E como há uma possibilidade de queda de juros, esses títulos também têm potencial de ganho”, explica.

Marcio Espigares, gestor da mesa de varejo da corretora Coinvalores, diz que esta tem sido a tendência dos clientes da corretora que estão para receber seus recursos do Tesouro IPCA 2019.

O reinvestimento em títulos públicos atrelados à inflação, como você pode ver, é uma alternativa um pouco mais conservadora do que a escolha pelos prefixados, dadas as incertezas do cenário econômico atual, de indefinição sobre a reforma da Previdência, guerra comercial entre EUA e China e revisões constantes do PIB para baixo.

Segundo Espigares, outra opção, para quem deseja uma rentabilidade maior em renda fixa indexada à inflação, são os CDB atrelados a índices de preços, que tendem a pagar um juro real superior aos 4% que os títulos Tesouro IPCA estão pagando atualmente.

Neste caso, porém, o investidor deve cuidar para investir menos de R$ 250 mil por instituição financeira emissora, para ficar coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), além de provavelmente ter de abrir mão da liquidez diária.

Mas lembre-se de que, mesmo nos títulos públicos atrelados à inflação, você precisa ficar com o papel até o vencimento para receber a rentabilidade contratada, embora seja possível vender antecipadamente.

Não quer ser tão conservador? Considere fundos de ações e multimercados

Seja como for, a Selic está em 6,5% ao ano, com perspectiva de estabilidade ou queda, e a remuneração da renda fixa, mesmo dos títulos prefixados e indexados à inflação, tem deixado os investidores insatisfeitos.

Se você deseja migrar uma parte da sua carteira para ativos menos conservadores, a fim de turbinar sua rentabilidade de médio e longo prazo, o momento é dos fundos multimercados e fundos de ações.

Os grandes gestores de fundos estão otimistas com as bolsas brasileiras e americanas, e algumas estão até apostando na queda do dólar perante o real, como eu já mostrei nesta outra matéria.

Para eles, o cenário está propício para ativos de risco. Por aqui, o crescimento continua fraco, o que indica que juros e inflação permanecerão baixos ainda por um bom tempo. Nos Estados Unidos, o crescimento permanece forte, porém sem gerar inflação, o que também não enseja novas altas nos juros.

Apesar da volatilidade gerada pela demora na aprovação da reforma da Previdência, os gestores acham que não tem como ela não passar.

“Nosso cenário-base ainda é construtivo”, diz Walter Maciel, da AZ Quest. “Há um diagnóstico comum a todos os agentes econômicos e políticos importantes de que, sem a reforma da Previdência, o Brasil está em maus lençóis. Então, ela vai ocorrer.”

Para Maciel, a aprovação da reforma dará aos investidores locais e estrangeiros outra percepção em relação à trajetória da dívida pública brasileira, o que eventualmente culminará na retomada do crescimento e dos investimentos.

“Nesse cenário, há ativos mais interessantes que os títulos públicos, como os fundos de ações e os multimercados. Estes, por exemplo, podem investir em títulos públicos, moedas e renda variável dentro e fora do Brasil conforme o cenário”, orienta Maciel, que diz pessoalmente preferir o investimento em renda variável sempre por meio de fundos, em vez da compra direta de ações.

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