Quem ganhou e quem perdeu no Tesouro Direto em novembro
Títulos prefixados são os campeões do mês, enquanto os atrelados à inflação tiveram perda; no ano, porém, tem título superando os 15% de rentabilidade

Novembro foi o mês dos títulos prefixados no Tesouro Direto, enquanto os papéis atrelados à inflação tiveram rendimento negativo, devido ao aumento nas taxas de juros de longo prazo. Mas, no ano de 2018 e em 12 meses, foram esses os títulos que mais se valorizaram. O Tesouro IPCA+ com vencimento em 2045 teve uma alta de 16,44% nos últimos 12 meses.
As rentabilidades dos títulos públicos foram divulgadas nesta quinta-feira (20), no relatório de novembro do Tesouro Direto, o programa de compra e venda de títulos públicos para pessoas físicas do Tesouro Nacional. Confira os rankings:
A título de comparação o CDI foi de 0,49% em novembro, 5,87% em 2018 e 6,50% nos últimos 12 meses. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve valorização de 2,38% em novembro, alta de 17,15% no ano e ganho de 23,11% em 12 meses.
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Com exceção do Tesouro Selic (LFT), que acompanha a taxa básica de juros, os demais títulos públicos podem valorizar ou desvalorizar de acordo com as perspectivas para as taxas de juros.
Apesar dos retornos negativos de alguns desses títulos em novembro, especialistas acreditam que há oportunidade de ganho com a valorização de prefixados e NTN-B de longo prazo no próximo ano, como eu mostrei nesta matéria.
É importante salientar, no entanto, que altas e quedas nos preços dos títulos públicos valem apenas para quem vender o papel antes do vencimento, pois as vendas são sempre feitas a preço de mercado.
Quem carrega os títulos até o vencimento ganha exatamente a rentabilidade contratada no ato da compra, e não tem que se preocupar com essas flutuações.
Investidor pessoa física foi mais conservador em novembro
O relatório de novembro do Tesouro Direto mostra que o título preferido dos investidores no mês foi o Tesouro Selic (LFT), que representou mais de 50% das compras.
Em seguida, os títulos atrelados à inflação - Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal) e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B) - representaram cerca de 30% das aquisições.
As compras por investidores, no valor de R$ 1.744,7 milhões, superaram as vendas e vencimentos, que totalizaram R$ 1.268 milhões.
Os prazos preferidos foram os mais curtos (de um a cinco anos), que representaram 57% dos títulos adquiridos por investidores no mês. Os prazos mais longos, acima de dez anos, tiveram a menor representatividade, 20%.
No entanto, os títulos atrelados à inflação respondem pelo maior volume no estoque de títulos. Em novembro, esses papéis chegaram a representar quase 60% dos papéis detidos por investidores do Tesouro Direto.
Os títulos indexados à Selic aparecem em segundo lugar, com participação de cerca de 27%. Os prefixados representaram só 15% do estoque no mês.
Quanto aos prazos, os títulos de prazo mais curto, com vencimento entre um e cinco anos, também são predominantes do estoque, chegando a quase 40% dos papéis detidos pelos investidores.
Pequeno investidor domina Tesouro Direto
Segundo o relatório de novembro do Tesouro Direto, quase 85% das operações de compra de títulos teve valor de até R$ 5 mil reais. As operações até R$ 1.000 representaram quase 64% do total.
O valor médio por operação, no mês, foi de R$ 5.954,26. As quantias mostram a predominância do pequeno investidor nas operações de aquisição de títulos feitas no período.
Em novembro, o Tesouro Direto ganhou 156.255 novos participantes, chegando a quase 3 milhões de cadastrados no total, um crescimento de 67% em 12 meses.
Foram 28 mil investidores ativos a mais no mês, totalizando 752.094 investidores ativos no total, variação de 34,7% em 12 meses.
Confira o perfil dos investidores cadastrados no Tesouro Direto:
O relatório completo de novembro você encontra aqui.
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