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Foque na bola – e não nas luzes verdes e vermelhas do monitor

Assim como não dá para se preocupar com os gritos da torcida adversária, não dá para se assustar com os gritos da oposição na Câmara. No limite, os dois são a mesma coisa: apenas ruídos. Mais importante do que tudo isso são os resultados das empresas, a evolução de suas vendas, dos lançamentos dos imóveis e do preço das commodities.

27 de abril de 2019
5:55 - atualizado às 11:05
Jogadores de futebol jogando enquanto naves ao fundo estão em guerra
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

A capacidade de concentração de atletas sempre me chamou a atenção – sempre fico impressionado com a reação do Federer na final de Roland Garros em 2009 (sua única conquista no saibro sagrado de Paris).

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À época, Federer já era considerado um dos grandes, com 13 títulos de Grand Slam, apenas um atrás do (então) recorde de Sampras. A pedra no sapato era justamente a terra batida das quadras francesas.

A partida em si nem foi das mais difíceis – o suíço atropelou o freguês Söderling em três sets – mas foi simbólica: depois da vitória em Paris, Federer se tornou o maior de todos os tempos.

No instante em que vence o último ponto e sacramenta o título, o campeão cai de joelhos e vai às lágrimas, como se tivesse apertado um botão de “desliga”, dando vazão a toda a emoção que, certamente, estava sob a pele, mas devidamente controlada enquanto a bolinha pingava pelo saibro.

Quem acompanha futebol americano sabe como o autocontrole é importante: “one play at a time”, ou “uma jogada de cada vez”. Toda vez que o jogo para (e para o tempo todo), os times fazem um “bolinho” no meio do campo para discutir e definir a próxima jogada. Se um dos jogadores se deixar levar pelo erro no lance anterior, ou se incomodar com o barulho da torcida, a coisa não funciona.

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Pode ser um quarterback na NFL ou um tenista em Paris, se perder o foco e começar a pensar no que aconteceu antes, a situação pode sair do controle rapidamente e o título, que era palpável há poucos instantes, sai do alcance num piscar de olhos.

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Com seus investimentos é absolutamente a mesma coisa.

Pouco importa se você acertou a mão em Cielo, que despencou em um passado recente ou se errou ao vender Brasil Foods, que já está ali acima dos R$ 30.

Fazer a bolinha amarela (sim, amarela e não verde) passar por cima da rede não é uma tarefa mais ou menos fácil se você cometeu uma dupla falta no saque anterior. Assim como errar a mão em Ultrapar não interfere na sua decisão sobre a compra de Itaú. Também não importa muito se o mercado caiu muito ou subiu demais. O único interesse é saber o que vai acontecer daqui para frente.

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Tenho um amigo que sempre fala “não consigo comprar ação que subiu muito”. Ele, provavelmente, teria olhado torto para Magazine Luiza em janeiro de 2016: em menos de um mês, o papel tinha mais do que dobrado para R$ 2. Hoje, vale 170!

A literatura sobre como vieses cognitivos atrapalham a tomada de decisão nas finanças é vasta e a Economia Comportamental, que estuda como fatores psicológicos afetam a tomada de decisão de indivíduos e empresas, já tem o seu devido destaque na academia.

Daniel Kahneman levou o Nobel de Economia em 2002 e Richard Thaler ficou com o prêmio em 2017. O primeiro é formado em psicologia e o segundo escreveu o Misbehaving (“se comportando mal” em tradução livre). O grande desafio não é da ordem matemática – um macaco bem treinado monta um modelo decente para descontar fluxos de caixa futuros.

Cuidado com as distrações

A grande dificuldade é saber se segurar no meio do tiroteio. É não panicar quando todo mundo grita e corre como um bando de gazelas descontroladas.

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Me lembro que estava no táxi a caminho do show do Paul (que homem!) ouvindo os comentários políticos na Jovem Pan. Foi no fatídico 27 de março, dia em que Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro trocaram recadinhos pela mídia, no melhor estilo “sua mãe é feia”, típico da molecada da quinta-série.

Era o fim da República, das reformas e do país. A Bolsa fechou em queda de 3,6%.

De lá para cá, o que não faltou foi desencontro: canetada na Petrobras, possível greve dos caminhoneiros, tigrão x tchutchuca, prorrogação da votação da Previdência na CCJ...

A cada incêndio, algum membro do governo (geralmente o Santo Paulo Guedes) corria para salvar a lavoura, criando alguma notícia/agenda positiva. E assim vamos, em uma montanha russa selvagem, com trancos, solavancos e mais buracos do que as (largadas) ruas de São Paulo.

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Independentemente dos ruídos, cá estamos: o governo cedeu daqui, o centrão sorriu dali e a reforma caminha para andar, devagar e sempre. E a Bolsa?

Oras, o Ibovespa já está de novo acima dos 96 mil pontos, menos de 4% aquém da máxima e com quase 10% de alta no ano. É verdade é que estamos para trás das principais Bolsas do mundo em 2019 (Nasdaq está subindo “só” 22,5%) e que as trapalhadas políticas não ajudam, mas é preciso ter um pouco mais de calma.

Onde está a bola?

Assim como não dá para se preocupar com os gritos da torcida adversária, não dá para se assustar com os gritos da oposição na Câmara. No limite, os dois são a mesma coisa: apenas ruídos.

Mais importante do que tudo isso, mais importante ainda do que os números desanimadores da economia (e concordo que a coisa tá feia), são os resultados das empresas, a evolução de suas vendas, dos lançamentos dos imóveis e do preço das commodities.

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Dada a falta de lítio na Faria Lima, os ruídos dos políticos e dos jornais vão gerar um monte de oscilação nos preços mas, ao contrário do que os PhDs vão te falar, volatilidade NÃO é risco. Aliás, é justamente na venda da manada que o mercado te dá chance de comprar bem baratinho.

Se puder, concentre sua leitura em caras como Kahneman e Thaler e deixe os jornais e o Twitter para saber quem vai jogar na quarta no domingo. Mantenha o foco na bola e se preocupe menos com as luzes verdes e vermelhas do seu home broker.

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