Morgan Stanley acha que alta da bolsa americana acabou, mas Goldman Sachs avalia que sobe mais
Em briga de touros e ursos, vemos distintas leituras sobre lucratividade das empresas e como o esperado corte de juro pelo Fed vai bater no mercado de ações

Duas avaliações sobre a bolsa americana feitas por dois gigantes de Wall Street saíram entre segunda e terça-feira e cada uma aponta para um lado.
Na turma dos touros (animal que representa o mercado de alta nos EUA) está o Goldman Sachs, que elevou a estimativa para o índice S&P 500 de 3 mil pontos, para 3.100 pontos no fim do ano e para 3.400 em 2020.
Representando o urso, ou mercado de baixa, está o Morgan Stanley, que reafirmou seu range de negociação para o S&P, feito há 18 meses, entre 2.400 e 3.000, dizendo que o índice não deve ultrapassar esse teto e que a reversão para o piso tem chance de ser mais acentuada.
Para acertamos o passo, o S&P 500 está sendo negociado na linha dos 3.014 pontos no pregão desta terça-feira.
Quem está certo? Não sei e só o tempo dirá. Mas quem quiser se aventurar, por conta e risco, na alta ou na baixa do S&P 500 tem à disposição o fundo de índice (ETF) IVVB11 listado aqui na B3.
O fator Fed atiça o touro
As ações do Federal Reserve (Fed), banco central americano, têm peso central nas análises dos bancos. Amanhã, sai a decisão de juros de Jerome Powell e companhia.
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Para o Goldman Sachs, a previsão de redução de juros impactará de forma positiva a forma de avaliar o preço dos ativos. Quanto menor o juro, menor a taxa de desconto para calcular o valor presente de ativos futuros.
Por isso, o banco acredita que os “valuations” das ações poderão ficar acima da média, mesmo estimando redução nos lucros. A relação preço-lucro, uma das diversas formas de avaliar um ativo, teve ficar em 17,6 vezes, contra previsão de 16 vezes feita anteriormente. Em tese, quanto maior o P/E “mais caro” estaria um ativo.
O GS também avalia que o Fed pode se mostrar mais “dove”, ou de postura mais acomodativa na política monetária, do que o mercado espera. Além disso, há previsão de uma nova aceleração da atividade, também com impacto no sentimento dos investidores.
A crença nessa continuidade da expansão econômica é o que leva o banco a estimar o S&P 500 em 3.400 pontos no fim de 2020. Preocupações com o cenário eleitoral americano, diz a instituição, devem ser superadas pelo crescimento da atividade.
Queda de lucros alimenta o urso
Para o Morgan Stanley, a atuação do Fed não será capaz de reacender o crescimento da forma como o mercado espera e como os preços atuais mostram.
O time de analistas reafirma sua cautela com relação ao crescimento, que vai desapontar, tanto em termos econômicos, quanto no aspecto de resultado das empresas listadas.
Em relatório, o MS lembra que os resultados por ação do primeiro trimestre apresentaram uma queda de 0,3% no comparativo anual. Fazendo uma avaliação conjugada dos resultados já divulgados do segundo trimestre, com as estimativas disponíveis, o banco avalia que o consolidado do período apresentará uma retração de 2,6% nos lucros no comparativo anual.
O fator “mais desencorajador”, segundo o Morgan Stanley é o fato de que uma esperada retomada no segundo semestre se mostra pouco provável. Os principais indicadores globais de atividade estão em situação pior, hoje, que em setembro de 2007, quando o Fed embarcou no seu último ciclo de corte de juros.
Em resumo, diz o banco, os fundamentos estão decepcionando, neste ano e, em muitos casos, sinalizando piora. E o gráfico abaixo mostra que o preço das ações está mais desconectado dos dados econômicos que o normal.
Para o banco, esse descolamento é resultado, justamente, da ação agressiva dos BCs e da expectativa de novas atuações. O Fed deve cortar meio ponto amanhã e o Banco Central Europeu (BCE) também deve voltar a reduzir juros e comprar ativos (Quantitative Easing). A grande questão é quanto disso já não está no preço dos ativos e para o banco muito disso já foi incorporado.
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