Ações do Facebook, Twitter e outras gigantes de tecnologia caem com fala de Trump na ONU
Donald Trump atacou as plataformas de redes sociais durante seu discurso na ONU, o que fez as ações do Facebook, Twitter e outras empresas do setor fecharem em baixa

Declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, voltaram a trazer cautela aos mercados e empurraram as bolsas americanas ao campo negativo, com destaque para as ações das gigantes do setor de tecnologia, como Facebook e Twitter.
Mas, desta vez, a reação não foi causada por algum tuíte mais exaltado do republicano: a onda de prudência desta terça-feira (24) possui relação com o discurso dele na Assembleia Geral da ONU. O Dow Jones (-0,53%), o S&P 500 (-0,84%) e o Nasdaq (-1,46%) fecharam em queda, após terem iniciado do dia exibindo ganhos moderados.
As bolsas americanas começaram a perder força pouco depois das 11h (horário de Brasília), quando Trump iniciou seu discurso na ONU. Entre outros pontos, o presidente americano reforçou sua postura protecionista, afirmando que não aceitará um acordo comercial com a China que não seja vantajoso para os EUA.
Embora o tom mais agressivo adotado por Trump tenha trazido cautela aos mercados acionários de maneira generalizada, um aspecto da fala do presidente americano acabou mexendo diretamente com o desempenho do setor de tecnologia.
E isso porque, durante seu pronunciamento, o republicano atacou diretamente as plataformas de redes sociais, afirmando que um pequeno número de companhias desse setor estaria adquirindo imenso poder.
"Uma sociedade livre não pode permitir que as gigantes de mídias sociais silenciem as vozes do povo", disse Trump. "E um povo livre nunca deve se empenhar na causa de silenciar seus vizinhos ou colocá-los na lista negra".
Leia Também
Como resultado, as ações das gigantes americanas do setor de tecnologia e que administram plataformas de redes sociais passaram a cair com intensidade. Os ativos do Facebook (FB) fecharam a sessão em baixa de 2,97%, enquanto os papéis do Twitter (TWTR) recuaram 4,52%.
Ainda dentro do setor de tecnologia, as ações da Alphabet, controladora do Google, também caíram: os ativos preferenciais (GOOG) recuaram 1,24%, enquanto os ordinários (GOOGL) tiveram baixa de 1,33%. Ainda apareceram no campo negativo os papéis da Amazon (AMZN) (-2,45%) e Netflix (NFLX) (-4,26%).
- CONVITE ESPECIAL: Hoje é nosso aniversário de 1 ano do Seu Dinheiro. E estamos com uma super novidade para você, leitor. Aqui neste vídeo nosso colunista Fausto Botelho conta os detalhes. Aproveite!
Ataques à China
"A China não só se recusou a adotar as reformas prometidas, como também adotou um modelo econômico que depende de enormes barreiras de mercado, pesados subsídios estatais, manipulação cambial, transferências forçadas de tecnologia e roubo de propriedade intelectual", disse Trump nesta manhã.
A fala do chefe da Casa Branca caiu como um balde de água fria nos mercados, uma vez que sinalizações mais amistosas do Secretário do Tesouro Americano, Steven Mnuchin, em relação aos rumos da guerra comercial haviam animado os agentes financeiros durante a manhã.
De acordo com Mnuchin, a próxima rodada de negociações oficiais entre EUA e China ocorrerá em duas semanas — o Secretário ainda afirmou que as recentes reuniões entre representantes dos dois países foram proveitosas e resultaram em progressos na relação entre Washington e Pequim.
O tom mais agressivo assumido por Trump, no entanto, enfraqueceu qualquer percepção de que as duas potências poderiam estar caminhando para encontrar uma solução amistosa e, eventualmente, chegar a algum tipo de acordo — mesmo que parcial — na reunião de outubro.
Com isso, as bolsas americanas viraram para o campo negativo, um movimento que também acabou influenciando o Ibovespa — o principal índice acionário brasileiro intensificou as perdas e, no momento, cai 0,67%, aos 103.933,70 pontos. Acompanhe aqui a cobertura completa dos mercados.
E o Nasdaq acaba sendo mais penalizado pelas declarações de Trump por ser o índice que concentra as ações de empresas do setor de tecnologia: Facebook, Twitter, Amazon, Alphabet e Netflix, entre outras, estão entre os principais ativos da carteira.
Elon Musk demitido da Tesla? WSJ diz que conselho deu início a busca por substituto, mas montadora nega; entenda
A Tesla tem sido alvo de boicotes devido à aproximação do bilionário com o governo Trump. Conselheiros estariam insatisfeitos com a postura de Musk e a repercussão nos lucros e valor de mercado da montadora
Ozempic na mira de Trump? Presidente dos EUA diz que haverá tarifas para farmacêuticas — e aproveita para alfinetar Powell de novo
Durante evento para entregar investimentos, Trump disse entender muito mais de taxas de juros do que o presidente do Fed
China já sente o peso das tarifas de Trump: pedidos de exportação desaceleraram fortemente em abril
Empresas americanas estão cancelando pedidos à China e adiando planos de expansão enquanto observam o desenrolar da situação
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Condições impostas por Trump praticamente inviabilizam a busca por um meio-termo entre EUA e China
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Depois de lambermos a lona no início de janeiro, a realidade acabou se mostrando um pouco mais piedosa com o Kit Brasil
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Ironia? Elon Musk foi quem sofreu a maior queda na fortuna nos primeiros 100 dias de Trump; veja os bilionários que mais saíram perdendo
Bilionários da tecnologia foram os mais afetados pelo caos nos mercados provocado pela guerra tarifária; Warren Buffett foi quem ficou mais rico
Trump pode acabar com o samba da Adidas? CEO adianta impacto de tarifas sobre produtos nos EUA
Alta de 13% nas receitas do primeiro trimestre foi anunciado com pragmatismo por CEO da Adidas, Bjørn Gulden, que apontou “dificuldades” e “incertezas” após tarifaço, que deve impactar etiqueta dos produtos no mercado americano
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.