No cabo de guerra do câmbio, o dólar terminou em leve baixa e voltou a R$ 4,19
Em meio à expectativa quanto a uma eventual atuação do BC, o dólar à vista oscilou entre R$ 4,18 e R$ 4,21 ao longo do dia. No fim da sessão, registrou leve baixa, sem se afastar muito de R$ 4,20

Os agentes financeiros acordaram nesta terça-feira (19) dispostos a promover uma batalha no mercado de câmbio. No dia anterior, o dólar à vista renovou o recorde de fechamento, rompendo o nível de R$ 4,20 pela primeira vez na história — e, com isso em mente, comprados e vendidos na moeda resolveram medir forças.
Essa briga fica clara pelo comportamento do dólar ao longo da sessão. A moeda americana abriu o dia em queda mas, ainda durante a manhã, virou ao campo positivo, aproximando-se de R$ 4,22. Mas, durante a tarde, esse movimento perdeu força — e a moeda passou a oscilar perto da estabilidade.
Ao fim do dia, vitória da equipe que puxava o dólar para baixo: a divisa encerrou a sessão em leve baixa de 0,16%, a R$ 4,1989 — ainda muito perto do topo histórico, mas, de qualquer maneira, um alívio após quatro sessões consecutivas de ganhos.
Esse respiro no mercado de câmbio doméstico foi ajudado pelo contexto global: lá fora, o dólar à vista perdeu força em relação a maior parte das divisas emergentes, como o rublo russo, o peso colombiano e o rand sul-africano. As exceções foram os pesos do México e do Chile — esta última segue pressionada pelas tensões sociais no país.
Em linhas gerais, o mercado mostrou grande ansiedade quanto a uma possível atuação do Banco Central (BC) no câmbio, de modo a conter a escalada do dólar. No entanto, a autoridade monetária não se manifestou nesta terça-feira, fator que contribuiu para a volatilidade do câmbio a longo da sessão.
E o Ibovespa? Bem, o principal índice da bolsa brasileira até começou o dia em alta, chegando a tocar os 106.949,81 pontos na máxima (+0,64%). Mas, passadas as primeiras horas do pregão, o índice virou ao campo negativo, de onde não saiu mais — no fechamento, marcava 105.864,18 pontos (-0,38%).
Leia Também
Esperando
As idas e vindas do dólar na sessão de hoje ocorreram em meio à ansiedade dos agentes financeiros quanto ao anúncio de eventuais medidas a serem adotadas pelo BC. Em ocasiões anteriores, a autoridade monetária atuou para frear o movimento de alta quando a divisa se aproximava de R$ 4,20.
Só que, ao menos nesta terça-feira, o BC não deu qualquer sinal de que irá lançar mão de alguma ferramenta para conter o movimento do dólar. Pelo contrário: a autoridade monetária cancelou os leilões de venda à vista de moeda e de swap cambial reverso, sem explicar os motivos.
Além disso, os investidores trabalhavam com a possibilidade de o presidente do BC, Roberto Campos Neto, dar algum tipo de sinalização quanto à postura da instituição em relação ao dólar — ele participou de uma audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Mas ele não deu nenhuma declaração sobre eventuais ações a serem tomadas daqui para frente. Campos Neto limitou-se a indicar que a alta do dólar não preocupa tanto o BC, reafirmando que há espaço para corte adicional na Selic — uma eventual atuação ocorreria apenas se a disparada do dólar bater nas expectativas de inflação.
Assim, sem qualquer tipo de mudança no panorama estrutural para o mercado de câmbio — tanto do lado da postura do BC quanto do ambiente macro, já que a aversão ao risco em relação aos ativos de países emergentes continua elevada —, o dólar até teve uma leve baixa, mas sem se afastar muito dos R$ 4,20.
Escorregando
O Ibovespa até iniciou a sessão no campo positivo, dando indícios de que poderia buscar o nível dos 107 mil pontos. Mas o tom mais cauteloso visto nos Estados Unidos na abertura acabou tirando força do índice brasileiro, fazendo com que ele virasse para queda.
Em Nova York, o Dow Jones fechou em queda de 0,36% e o S&P 500 recuou 0,06%, mas o Nasdaq (+0,24%) conseguiu sustentar leve alta. Na Europa, o tom foi majoritariamente negativo entre as principais praças
Em linhas gerais, a guerra comercial entre Estados Unidos e China continuou ditando o ritmo das negociações dos mercados acionários no exterior. Por um lado, há um certo otimismo quanto ao fechamento de um acerto de primeira fase entre as potências, mas, por outro, há poucos avanços concretos nas negociações.
Esse caráter imprevisível das relações comerciais entre Pequim e Washington foi confirmado por declarações do presidente americano, Donald Trump. Em evento na Casa Branca, ele disse estar satisfeito com as negociações com a China, mas afirmou que, caso as conversas não avancem, ele irá "aumentar ainda mais as tarifas".
Juros oscilam
No mercado de juros, o tom foi de relativa estabilidade, num comportamento em linha com o dólar à vista.
Na ponta curta, os DIs para janeiro e 2021 caíram de 4,67% para 4,66%; na longa, os com vencimento em janeiro de 2023 recuaram 5,82% para 5,80%, enquanto os para janeiro de 2025 subiram de 6,36% para 6,39%.
Balanço da Weg (WEGE3) frustra expectativa e ação despenca 10% na bolsa; o que fazer com a ação agora
Lucro líquido da companhia aumentou 16,4% na comparação anual, mas cresceu menos que o mercado esperava
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Mexendo o esqueleto: B3 inclui Smart Fit (SMFT3) e Direcional (DIRR3) na última prévia do Ibovespa para o próximo quadrimestre; veja quem sai para dar lugar a elas
Se nada mudar radicalmente nos próximos dias, as duas ações estrearão no Ibovespa em 5 de maio
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
O movimento de baixa ganhou força após a divulgação, na última semana, de uma oferta pública primária
Copom busca entender em que nível e por quanto tempo os juros vão continuar restritivos, diz Galípolo, a uma semana do próximo ajuste
Em evento, o presidente do BC afirmou que a política monetária precisa de mais tempo para fazer efeito e que o cenário internacional é a maior preocupação do momento
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados