Bolsa sobe forte e tem negociação recorde depois de ‘onda Bolsonaro’ nas urnas
Votação expressiva em Bolsonaro e derrotas do PT nos estados fizeram o mercado acordar de bom humor nesta segunda-feira; volume negociado no mercado de ações foi o maior da história

Como previsto, a bolsa disparou nesta segunda-feira (08) pós-primeiro turno das Eleições 2018. O Ibovespa abriu em forte alta de 5,64%, aos 86.963 pontos, e fechou com valorização de 4,57%, aos 86.083 pontos. O dólar à vista fechou em baixa de 2,40%, a R$ 3,7635.
O mercado de ações à vista movimentou, nesta segunda, R$ 28,9 bilhões, maior volume de negócios da história da bolsa brasileira. A média diária para o mês de outubro, até agora, estava em torno de R$ 10 bilhões. O último recorde havia sido de R$ 26 bilhões, em 17 de dezembro de 2014.
A euforia se deve à votação expressiva que Bolsonaro, candidato preferido do mercado, teve ontem. Com 46% dos votos válidos, o candidato do PSL não venceu no primeiro turno por pouco. Além disso, seu partido tornou-se a segunda maior bancada na Câmara, com 51 deputados, e elegeu quatro senadores. O presidenciável também conseguiu emplacar aliados nas disputas de diversos estados.
Já o PT sofreu duras derrotas. Além de Haddad só ter levado 29% dos votos, o partido não conseguiu eleger senadores em três estados importantes. Dilma (MG), Lindbergh (RJ) e Suplicy (SP) ficaram de fora da casa. Só três estados do nordeste elegeram governadores petistas e em apenas um, na mesma região, o partido chegou ao segundo turno. Em Minas, Fernando Pimentel amargou derrota ao governo do estado.
Confira todos os senadores eleitos por estado e por partido.
Como reflexo da desvalorização da moeda americana frente ao real e das perspectivas de um próximo governo mais liberal, os juros futuros viram forte queda hoje. O DI futuro para janeiro de 2021 fechou em queda de 4,92%, para 8,89%, e o DI futuro para janeiro de 2023 fechou em baixa de 5,23% para 10,14%. O fato aumenta as chances de termos Selic em 6,5% ao ano por mais algum tempo, quadro que favorece o investidor de NTN-B.
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As estatais continuaram o movimento de alta da semana passada, lideradas por Eletrobrás. O antipetismo beneficia essas companhias, muito sujeitas a intervenções do governo federal, que marcaram os governos do PT. Eletrobrás arrancou 17,33% (ELET3) e 18,31% (ELET6); Petrobras subiu 9,49% (PETR3) e 11,02% (PETR4); e BB (BBAS3) fechou em alta de 9,68%.
Estatais mineiras bombaram com expectativa de segundo turno no estado
As ações das estatais mineiras Cemig (energia) e Copasa (saneamento) bombaram hoje. Esta última não faz parte do Ibovespa. Os papéis foram impulsionados pela liderança do candidato do Partido Novo, Romeu Zema, na votação de ontem, com 42,73% dos votos.
Ele disputará o segundo turno com Antonio Anastasia, do PSDB, que teve 29,06% dos votos válidos. Ambos os candidatos são favoráveis a privatizações, e as ações das estatais mineiras já vinham subindo na última semana com a liderança de Anastasia nas pesquisas. Mas a saída do petista Fernando Pimentel da disputa e a expressiva e surpreendente votação em Zema, de viés bem mais liberal, deixaram os investidores em êxtase, ao que parece. Esperado.
As ações da Cemig (CMIG4) fecharam com alta de 17,80%, a R$ 10,19, e as da Copasa (CSMG3) fecharam com avanço de 15,56%, a R$ 51,25.
Para o Itaú BBA, as ações da Cemig podem chegar a um preço entre R$ 12,50 e R$ 14,50, o que corresponde a uma possível valorização de 45% a 70%. Já os papéis da Copasa, ainda segundo o Itaú BBA, poderiam chegar a um preço entre R$ 75 e R$ 105, o que corresponde a uma possível valorização de 70% a 140%.
Governança corporativa na Qualicorp
As ações da administradora de planos de saúde coletivos Qualicorp (QUAL3) subiram 5,77%, depois de terem perdido quase 27% na semana passada, sendo 22% só na segunda. Ontem à noite, a companhia anunciou uma série de medidas para melhorar a governança corporativa depois que um polêmico acordo colocou R$ 150 milhões no bolso do seu presidente, enfurecendo os minoritários.
O acordo incluiu o compromisso de José Seripieri Filho, presidente e fundador da Qualicorp, de reinvestir a bolada recebida em ações da própria empresa. Ele também abriu mão da remuneração variável a que tinha direito neste ano.
Forjas Taurus na montanha-russa
As ações da fabricante de armas de fogo Forjas Taurus têm passado por um período de grande volatilidade na bolsa. Suas ações mais que dobraram de valor e viram seu volume negociado aumentar mais de 50 vezes desde que começou a campanha eleitoral.
Especula-se que o motivo seja o avanço de Bolsonaro, uma vez que o candidato defende uma flexibilização do Estatuto do Desarmamento e um melhor aparelhamento das Forças Armadas.
Só nesta segunda-feira, os papéis das Forjas Taurus (FJTA3), fora do Ibovespa, chegaram a disparar mais de 23% e a ceder mais de 13%. Os papéis fecharam em alta de 18,29%.
Na noite de sexta-feira, a companhia anunciou a emissão de R$ 74 milhões em bônus de subscrição de ações preferenciais, visando a reduzir seu endividamento, que em junho estava em R$ 815,5 milhões. No segundo trimestre, a Forjas Taurus registrou prejuízo de R$ 91 milhões.
Dólar bate em exportadoras
As ações do Ibovespa que caíram hoje foram principalmente as das empresas mais voltadas à exportação, que têm receitas em dólar. A razão foi a queda da moeda americana perante o real. Fibria (FIBR3) fechou em queda de 0,46%, Suzano (SUZB3) recuou 0,43%, Klabin (KLBN11) fechou em baixa de 1,20%, Gerdau (GGBR4) caiu 1,20%, Vale (VALE3) caiu 0,77%, e Bradespar (BRAP4), que investe majoritariamente em papéis da Vale, perdeu 1,09%.
A Gol (GOLL4), por outro lado, fechou em alta de 18,71%, a maior da bolsa, pelo mesmo motivo. É que muitos de seus custos e parte da sua dívida são em dólar. A queda do petróleo também beneficiou as ações da aérea.
As bolsas americanas operavam em queda em razão da baixa liquidez, devido ao feriado hoje do Dia de Colombo hoje nos EUA, e da alta dos juros dos títulos do Tesouro vista na semana passada.
No fim da tarde, o movimento se reverteu em alguns índices, em razão de altas nas ações de bancos. No final desta semana, começa a temporada de balanços do terceiro trimestre, com algumas instituições financeiras divulgando seus resultados.
Porém, apenas o Dow Jones fechou em alta, de 0,15%, aos 26.486 pontos. O S&P500 fechou em queda de 0,04%, aos 2.884 pontos e a Nasdaq fechou em queda de 0,67%, aos 7.735 pontos.
Atenção à China e à Itália
Na Europa, as bolsas fecharam em queda nesta segunda, em razão da crise fiscal na Itália e da desaceleração econômica da China.
Os investidores permaneceram temerosos com as questões orçamentárias da Itália, que projeta um déficit de 2,4% do PIB em 2019, e com o possível rebaixamento da nota de crédito do país.
Mais cedo, a Bolsa de Xangai já havia fechado em baixa de 3,72%, na volta de um feriado prolongado na China, absorvendo hoje parte das perdas da semana passada. Entretanto, foram divulgados alguns números de desempenho econômico do gigante asiático que decepcionaram um pouco.
Além disso, o banco central chinês reduziu, pela quarta vez neste ano, os depósitos compulsórios dos bancos, o que é lido pelo mercado como um sinal de fraqueza da atividade - em outras palavras, que precisa de um pouco mais de dinheiro circulando para dar aquele empurrãozinho na economia local.
Hoje, o gabinete de governo da China anunciou que elevará descontos em tarifas de exportação para alguns produtos "para manter o crescimento constante nas exportações" e "lidar com situações externas complicadas" - estaria o governo chinês se referindo à guerra comercial com os EUA?
*Com Estadão Conteúdo.
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