Avaliação positiva de Bolsonaro desaba 72 pontos entre agentes de mercado
Sondagem XP/Ipespe mostra 14% de ótimo e bom para o presidente agora em maio, contra 86% em janeiro e 28% em abril. Por outro lado, há melhora na avaliação do Congresso
A avaliação positiva do presidente Jair Bolsonaro entre os agentes do mercado financeiro apresentou nova queda na passagem de abril para maio, segundo sondagem XP/Ipespe. O percentual de ótimo e bom caiu de 28% para 14% e acumula uma queda de 72 pontos percentuais desde janeiro, quando o percentual era de 86%.
Já as notas ruim e péssimo, subiram de 1% em janeiro para 43% agora em maio (era 24% em abril). Para 43%, o presidente tem desempenho regular, caindo de 48% em abril, mas acima dos 13% da abertura do ano.
Na sexta-feira, a XP/Ipespe tinha divulgado um edição extraordinária de sua pesquisa com o público geral. Pela pela primeira vez no ano o grupo de entrevistados que avalia a atuação do governo como ruim ou péssima subiu para 36%, alta de 5 pontos percentuais, superando os 34% que avaliam o governo como ótimo ou bom (link para pesquisa abaixo).
Já a avaliação do Congresso pelos agentes de mercado melhorou em relação a abril. O percentual de agentes que classificam como ótima ou boa a atuação do Congresso subiu de 15% para 32%, enquanto o grupo que avalia o parlamento como ruim ou péssimo caiu de 40% para 25%. Tal melhora de avaliação pode ter relação com a postura externada pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, de adotar uma agenda muito racional de reestruturação do Estado, apesar dos impasses com o Executivo.
Para 71% dos participantes, a relação de Bolsonaro com o Congresso, que que tempos em tempos toma conta do noticiário com repercussão no preço dos ativos, ficará como está nos próximos meses.
Para o restante do mandato, apenas 27% acreditam que será ótimo ou bom, contra 60% em abril e 86% registrados em janeiro e fevereiro. O que predomina, agora, com 51% é a avaliação regular, que era de 28% em abril e de 10% no começo do ano. Para 23%, o restante do governo será ruim ou péssimo, ante 13% em abril, e 3% em janeiro.
Reformas
Continua forte a confiança na aprovação da reforma da Previdência, com 80% dizendo acreditar que a reforma será aprovada em 2019, mesmo percentual registrado pelo levantamento desde fevereiro.
A economia esperada com a reforma se manteve em R$ 700 bilhões em 10 anos, ante a proposta do governo de R$ 1,237 trilhão, o que embute uma expectativa de desidratação de R$ 537 bilhões. Na semana passada, tivemos o relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) afirmando que vai buscar R$ 1 trilhão, potencial fiscal necessária para que Paulo Guedes lance um projeto de capitalização.
A aprovação final pelo Congresso, com todas as votações em ambas as casas é esperada por 71% dos respondentes para o 4º trimestre de 2019, enquanto 19% esperam que a aprovação se dê já no 3º trimestre.
E como fica o mercado?
Sem aprovação de reforma da previdência, o Ibovespa cairia 20%, para 75 mil, e o dólar subiria 12%, para R$ 4,50.
Por outro lado, se uma reforma com impacto de 50% da proposta inicial for aprovada, a bolsa pode subir 7%, para 100 mil, e o câmbio se apreciaria 3%, para R$ 3,90.
No cenário de aprovação da reforma como enviada pelo governo, a bolsa poderia subir 28%, para 120 mil, e o câmbio poderia apreciar 10%, para R$ 3,60.
De acordo com 52% dos respondentes, o Banco Central aguardaria a aprovação da reforma da Previdência na Câmara para alterar a taxa Selic, atualmente fixada em 6,5% ao ano, e 40% esperam que haja corte na Selic neste ano.
Privatizações
Perguntados sobre a expectativa de recursos a ser obtidos com as privatizações em quatro ano, o mercado mantém a previsão de R$ 300 bilhões desde janeiro. Recentemente, o secretário de desestatização, Salim Mattar, falou que as privatizações devem deslanchar em 2020 e que agora em 2019 devemos assistir à venda de ativos.
Foram realizadas 79 entrevistas com investidores institucionais entre os dias 22 e 24 de maio. O público é formado por gestores de recursos, economistas e consultores. O levantamento conta com um bloco de perguntas fixas de avaliação do presidente e do Congresso e é realizada pelo menos a cada 45 dias.
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