Apertem os cintos… A Boeing está falindo!
Para que fique claro o que estou afirmando, vou repetir: se não for salva pelos contribuintes americanos, a Boeing vai quebrar

Durante o fim de semana, troquei diversos e-mails e WhatsApps com um comandante de Boeings 777 de uma importante companhia aérea asiática. Assunto: crise da The Boeing Company, que inevitavelmente a levará à falência se não for encampada pelo governo americano.
Para que fique claro o que estou afirmando, vou repetir: se não for salva pelos contribuintes americanos, a Boeing vai quebrar.
Meu amigo piloto encaminhou um artigo de 110 páginas cujo título é: Why Boeing is Going... The Deadly Path from Blackmail to Bankruptcy (Por que a Boeing está indo… O caminho mortal da chantagem para a falência).
O autor da matéria, David Spring, é professor da Universidade de Washington. Pela qualidade técnica de sua argumentação, vê-se que conhece o assunto. Estou me referindo ao trágico Boeing 737 Max.
Como se sabe, dois Max, um da Lion Air, da Indonésia, e o outro da Ethiopian Airlines, ambos novos em folha, caíram em circunstâncias idênticas, logo após a decolagem, com um intervalo de 132 dias entre um desastre e outro.
Em resposta, diversas companhias aéreas que já haviam incorporado o Max em suas frotas imediatamente suspenderam os voos da aeronave, antes mesmo que a Boeing e a FAA (Federal Aviation Administration) determinassem essa interdição.
Leia Também
Agora, o Senado americano está investigando o que realmente aconteceu com os Max e a verdade começa a surgir à tona.
O projeto Max é um Frankenstein. Como a aeronave tinha um defeito sério de concepção, numa tentativa canhestra de saná-lo, os motores foram deslocados 30,5 centímetros para a frente e outros 30,5 para cima. Disso resultou um jato aerodinamicamente ingovernável.
Para corrigir o defeito do defeito, a Boeing criou um sistema automático de controle de voo chamado MCAS. Mas decidiu não dar conhecimento de sua existência aos pilotos, excluindo-o do manual do Max (1.600 páginas). Por um cochilo, se esqueceram de tirar a sigla do glossário ao final do livro de instruções.
No momento, há aproximadamente 500 Max em poder das companhias aéreas que os adquiriram, imobilizados no solo. Outros 1.514 já fabricados, atulham os pátios de estacionamento (inclusive os de automóveis dos empregados) da Boeing em Seattle e de boa parte dos aeroportos do estado de Washington (noroeste dos Estados Unidos).
Como desgraça pouca é bobagem, descobriu-se agora que os Boeings 737 NG (Next Generation, parece piada), que compreendem os modelos 737-700, 737-800 e 737-900, estão apresentando fissuras na estrutura.
A Gol, por exemplo, interditou 11 NGs, além de sete Max há meses no solo. Diversas companhias aéreas estão imobilizando parte de seus NGs. Entre elas, a Koreian Air, a Ryanair e a Qantas. É questão de dias que outras empresas façam isso também.
Até o surgimento da crise atual, os 737 representavam 80% das vendas da Boeing Company, uma das componentes do índice Industrial Dow Jones de 30 ações. Trata-se da oitava em valor de mercado: US$ 211 bilhões.
Quando a Boeing falir, pedir concordata ou for estatizada (hipótese esta última que considero a mais provável), teremos um tombaço na Bolsa de Valores de Nova York, que acabará repercutindo na daqui.
O mercado está varrendo esse problema para baixo do tapete. Não por muito tempo.
Último credor da Gol (GOLL4) aceita acordo e recuperação judicial nos EUA se aproxima do fim
Companhia aérea afirma que conseguirá uma redução significativa de seu endividamento com o plano que será apresentado
Warren Buffett não foi às compras: Berkshire Hathaway tem caixa recorde de US$ 347,7 bilhões no primeiro trimestre; lucro cai 14%
Caixa recorde indica que Buffett não aproveitou a queda do mercado de ações no primeiro trimestre para aplicar o dinheiro em novas oportunidades
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
Azul (AZUL4) capta R$ 1,66 bilhão em oferta de ações e avança na reestruturação financeira
Oferta da aérea visa também a melhorar a estrutura de capital, aumentar a liquidez das ações e equitizar dívidas, além de incluir bônus de subscrição aos acionistas
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Boeing tem prejuízo menor do que o esperado no primeiro trimestre e ações sobem forte em NY
A fabricante de aeronaves vem enfrentando problemas desde 2018, quando entregou o último lucro anual. Em 2025, Trump é a nova pedra no sapato da companhia.
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Ação da Embraer (EMBR3) sobe mais de 3% após China dar o troco nos EUA e vetar aviões da Boeing
Proibição abre espaço para a companhia brasileira, cujas ações vêm sofrendo com a guerra comercial travada por Donald Trump
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Gol (GOLL4) firma acordo com a Boeing e destrava R$ 235 milhões para credores
A decisão é mais um passo no processo de reestruturação da companhia, conduzido pelo Chapter 11 do código de falências norte-americano
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Trump pelos ares: o caça “impressionante” dos EUA que será produzido pela Boeing
O F-47 de sexta geração deve ser implementado a partir de 2030 e envolve gastos de US$ 50 bilhões, segundo projeções — uma despesa que Musk não está disposto a aceitar
O upgrade da Air France: primeira classe ganha pijamas Jacquemus, transfer Porsche e mais
Após investir 5 bilhões de euros, companhia francesa acirra a competição com British Airways e Lufthansa para conquistar o turista de luxo; voo ‘mais barato’ sai a partir de R$ 35 mil
Ingrid Guimarães e American Airlines: o que fazer em caso de downgrade, segundo especialista
Caso narrado por atriz em sua rede social nesta segunda-feira (10) gerou onda de ataques à companhia aérea; Seu Dinheiro procurou um especialista para entender quais direitos foram violados e o que fazer em casos assim