Weg (WEGE3) tem preço-alvo cortado pelo Itaú BBA e BofA; BTG Pactual revisa expectativas da ‘fábrica de bilionários’; veja o que fazer com ações
Weg é uma das “queridinhas” da bolsa brasileira, mas ações têm sido afetadas pela frustração com resultados do 1º trimestre de 2025

A Weg (WEGE3) não está tendo uma semana fácil – e ainda é terça-feira (6). Após o balanço amargo do primeiro trimestre ficar abaixo das expectativas, o Itaú BBA e o Bank of America (BofA) cortaram o preço-alvo das ações para dezembro de 2025.
Os analistas do Itaú BBA reduziram o preço-alvo das ações de R$ 67 para R$ 65, com uma visão mais cautelosa para a Weg neste momento, mantendo a recomendação de compra.
Já o BofA foi mais duro em sua revisão, cortando o preço-alvo para R$ 54, ante R$ 67, e mudando a recomendação de compra para neutra.
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Os bancos se juntam ao JP Morgan, que também havia reduzido o preço-alvo na semana passada, de R$ 66 para R$ 61, mantendo a recomendação overweight (equivalente à compra) para os papéis WEGE3.
Ainda na esteira das revisões, o BTG Pactual também resolveu baixar as expectativas para os próximos resultados da “fábrica de bilionários”. Mas diferentemente de seus pares, o BTG manteve o preço-alvo e a recomendação de compra após o balanço da Weg.
A fabricante de motores elétricos é considerada uma das “queridinhas” da bolsa brasileira, mas o papel tem sido afetado pela frustração dos investidores com o balanço financeiro referente ao primeiro trimestre de 2025.
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Na quarta-feira passada, a companhia reportou lucro líquido de R$ 1,54 bilhão no período, um avanço de 16,4% em relação ao mesmo trimestre de 2024. Na comparação com o trimestre anterior, o lucro líquido da Weg caiu 8,8%.
Itaú BBA: é necessário cautela em relação à Weg neste momento
O Itaú BBA, após a divulgação dos resultados do 1º trimestre de 2025, reduziu as projeções para a Weg. O corte foi de 6% no lucro por ação para 2025 e de 9% para 2026.
“A empresa enfrenta um momento mais desafiador, o que nos leva a adotar uma postura mais cautelosa neste ponto do ciclo”, disseram os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Rezende e Pedro Tineo.
Com isso, o Itaú BBA recomenda cautela em relação à WEGE3, apesar de manter a recomendação de outperform (equivalente à compra).
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Não se espera que os papéis retornem aos níveis anteriores tão cedo, devido a dois fatores principais:
- As receitas internacionais – desconsiderando aquisições – avançaram apenas 2% em dólares na comparação anual, sem refletir os impactos de uma possível guerra comercial;
- A Weg deve manter a margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre 21,5% e 22,0% no segundo trimestre, pressionada pelo mix de produtos e preços das commodities.
Com isso, a ação passa a ser negociada a 26 vezes o lucro estimado para os próximos 12 meses, um nível que ainda não oferece atratividade suficiente, considerando que os riscos de queda nas estimativas permanecem.
Bank of America: WEGE3 está com risco-retorno equilibrado
O BofA revisou suas expectativas e agora considera o risco-retorno das ações da Weg como equilibrado. Apesar de um crescimento de 25% na receita líquida anual, o resultado veio 7% abaixo das estimativas do Bank of America.
A análise detalhada colocou as estimativas de lucro projetado para 2025 e 2026 em 15%, número entre 7% e 8% abaixo do consenso do mercado.
Os analistas Rogerio Araújo, Gabriel Frazão e João Andrade afirmam que, entre março e outubro de 2024, as projeções para a companhia haviam sido revisadas positivamente em 22%, mas desde então se estabilizaram.
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“Aliado ao risco de revisões negativas num cenário de economia global em desaceleração, isso motivou a mudança da recomendação de compra para neutra”, explicam os analistas.
A queda reflete os seguintes fatores:
- Expectativas de margens operacionais 1 ponto percentual menores;
- Custo de capital próprio 0,2 ponto percentual maior;
- Menor crescimento das receitas externas no curto prazo;
- Valorização do real.
BTG Pactual: resultado da Weg foi amargo, mas dentro do esperado
O BTG Pactual viu o resultado da Weg como amargo, mas dentro das expectativas dos analistas do banco.
A revisão levou em conta tendências mais recentes do setor e novas projeções macroeconômicas — como câmbio, juros e crescimento econômico.
Os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia mantiveram a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 56 para dezembro de 2025.
“Já havíamos antecipado essas tendências, mas o mercado estava claramente esperando mais. Como resultado, cortamos nossas projeções de lucro para este ano em 8% e para o próximo em 6%”, afirma o relatório do BTG.
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O BTG pontua que a Weg pode enfrentar um período de fraco impulso nos lucros, especialmente no segundo trimestre, e que a postura deve ser mais cautelosa.
A expectativa é que o segundo trimestre se pareça mais com o primeiro do que com um segundo semestre que tende a ser melhor, segundo os analistas.
Os principais fatores para a projeção mais cuidadosa são:
- Câmbio não está ajudando e o dólar pode continuar a se desvalorizar;
- A composição de produtos segue sendo impactada pelo crescimento da energia solar, mesmo com o bom desempenho do mercado de transformadores na América do Norte;
- A Weg utiliza contratos de hedge para compra de matéria-prima e ainda possui estoques comprados a preços mais altos, que precisam ser consumidos;
- O segundo trimestre deve ser o primeiro com comparações limpas após a aquisição da Regal, o que pode limitar o crescimento da receita;
- A sazonalidade desfavorável do primeiro trimestre (com paradas planejadas) não se repete agora, o que é um ponto positivo.
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