Tupy (TUPY3): por que a XP não enxerga oportunidade nas ações mesmo depois da queda de 45% no ano?
Após uma queda de 45% no ano, a XP cortou as estimativas para a Tupy, revelando desafios e oportunidades que podem impactar os próximos resultados da empresa
As coisas não estão nada fáceis para a Tupy (TUPY3). Depois de uma queda de 45% no ano na bolsa de valores, o futuro não parece guardar boas novas para a empresa, de acordo com a XP.
A casa cortou o preço-alvo para os papéis, de R$ 20 para R$ 15 — o que ainda representa um potencial de 17% de valorização frente ao fechamento da última terça-feira (28). A recomendação para TUPY3 segue neutra.
O motivo por trás da revisão, segundo o time de análise, é a perspectiva de uma demanda pior do que o esperado para veículos comerciais no Brasil e no exterior, com uma recuperação parecendo improvável no curto prazo.
Cabe lembrar que a Tupy atua no fornecimento de peças e componentes para a indústria automotiva, especialmente para veículos comerciais.
“Nesse sentido, à medida que incorporamos volumes menores e um real apreciado, estamos revisando nossas estimativas para baixo em todos os setores”, diz o relatório.
- VEJA TAMBÉM: CHINA vs EUA: Começou uma nova GUERRA FRIA? O que está em jogo nessa disputa - assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube
Por que a XP cortou o preço-alvo da Tupy?
As condições para veículos comerciais e off-road nos Estados Unidos continuam complicadas, segundo a XP, impactadas por fatores como o enfraquecimento dos gastos residenciais, a desaceleração da atividade de construção e a redução na demanda de frete.
Leia Também
Esses elementos combinados indicam um cenário econômico mais restritivo, com Fabricantes de Equipamentos Originais revisando suas previsões de volume para baixo. Esse movimento reforça a perspectiva de que uma recuperação de curto prazo ainda é improvável, criando incertezas sobre o futuro próximo do mercado.
No Brasil, a situação não é muito diferente. As vendas de caminhões estão apresentando sinais de deterioração à medida que o segundo semestre de 2025 avança, com as altas taxas de juros impactando negativamente o apetite por investimentos no setor.
O ambiente econômico adverso tem dificultado a tomada de decisões de compra, o que contribui para uma redução no volume de vendas e uma expectativa de crescimento mais modesta.
Para não dizer que não falamos de rosas
Por outro lado, a XP enxerga aspectos positivos para a Tupy, que tem tido um desempenho relativamente melhor em seus negócios.
Além disso, desenvolvimentos recentes no comércio Brasil-EUA e a possibilidade de uma redução tarifária abrem espaço para otimismo. Embora os desafios prevaleçam, essa perspectiva de alívio pode oferecer uma válvula de escape para a Tupy no futuro próximo, suavizando, em parte, os impactos das condições econômicas desfavoráveis.
Queda de 45% não é oportunidade de entrada
A XP detalha que, embora a iniciativa de corte de custos que a empresa tem promovido seja um ponto positivo, só deve se traduzir em resultados a partir do ano que vem, com as estimativas de lucro para 2026 ainda prejudicadas pelas condições complicadas do cenário descrito acima.
A casa enxerga o papel sendo negociado a 4,2 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2026, em linha com a média histórica e em um nível que a XP considera justo.
“Apesar de um fraco desempenho recente das ações, não vemos os preços atuais como um ponto de entrada, com espaço para novas revisões de consenso para baixo que limitam o potencial de re-rate, em nossa opinião”, destacam os analistas.
Alavancagem
“Vemos com bons olhos as iniciativas de corte de custos da Tupy, com esforços de reorganização sustentando a recuperação das margens a partir de 2026 e 2027. Mesmo assim, vemos uma piora do cenário operacional levantando preocupações razoáveis sobre os níveis de alavancagem, com dívida líquida/Ebitda de 3,1 vezes ao final de de 2025 (vs. 1,8 vez no fim de 2024)”, diz o relatório.
Prio (PRIO3) turbina capital em R$ 2 bilhões — mas sem um centavo de dinheiro novo; ações caem
Segundo a petroleira, a medida visa fortalecer a estrutura de capital, reforçando a posição de caixa
Nas trincheiras do varejo: o que esperar do Mercado Livre (MELI34) no 3T25 com a guerra cada vez mais escancarada no setor?
Entre frete grátis, cupons e margens espremidas, o Mercado Livre (MELI34) chega ao 3T25 no centro da guerra que redesenha o e-commerce brasileiro. Veja o que esperar dos resultados de hoje
Santander Brasil (SANB11) quer ROE acima de 20% mesmo com crescimento abaixo dos rivais — e reduz aposta na baixa renda e no agro, diz CEO
Mario Leão revela que o banco planeja uma expansão mais seletiva, com ampliação da carteira de crédito para alta renda e menos crédito novo para o agronegócio
Microsoft (MSFT) eleva fatia na OpenAI para 27%, e dona do ChatGPT finalmente passa a ter lucro como objetivo
Com a mudança, a dona do Windows passará a ter controle sobre 27% da empresa criadora do chatbot mais popular do planeta, ChatGPT, representando cerca de US$ 135 bilhões.
Marisa (AMAR3) ganha tempo em impasse sobre balanços; entenda o imbróglio da varejista com a CVM
No início do mês, a autarquia havia determinado que a varejista de moda constituísse provisões sobre processos tributários envolvendo a M Serviços, controlada indireta da Marisa
Bradesco (BBDC4) tem fome de rentabilidade, mas o ‘step by step’ vai continuar no 3T25? Analistas revelam o que esperar para o balanço
O Bradesco vai continuar a dar “um passo de cada vez” na trajetória de recuperação ou algo pode sair do esperado no terceiro trimestre? Veja as expectativas do mercado
Santander Brasil (SANB11) supera expectativas com lucro de R$ 4 bilhões e ROE de 17,5% no 3T25; confira os destaques do balanço
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) encerrou o trimestre em 17,5%, também acima das projeções; veja os destaques
Como o Nubank (ROXO34) conseguiu destronar a Petrobras (PETR4) como a empresa mais valiosa do Brasil?
O Nubank superou a Petrobras no ranking das maiores empresas da América Latina, impulsionado pelo crescimento no México e pela aposta em inteligência artificial, enquanto a estatal enfrenta um cenário desafiador com a queda do petróleo e tensões políticas
O que a Sabesp (SBSP3) tem de especial para o Santander recomendar a compra das ações mesmo diante de uma nova crise hídrica
O banco tem preço-alvo de R$ 122,02 para os papéis da companhia; no pregão desta terça-feira (28), as ações fecharam em queda de 0,15%, cotadas a R$ 131,84
Rumo à privatização, Copasa (CSMG3) conclui emissão de debêntures e reforça caixa com R$ 600 milhões
A estatal mineira de saneamento conclui a 21ª emissão de debêntures e reforça seus planos de investimento, com a privatização cada vez mais próxima, segundo analistas do BTG Pactual
Crise no Banco Master pode gerar risco sistêmico? Campos Neto diz que não — e revela qual o real perigo
A crise do Banco Master gerou temores no mercado financeiro, mas segundo Roberto Campos Neto, o episódio não representa um risco sistêmico; entenda
ChatGPT Go: versão de assinatura mais barata da ferramenta chega ao Brasil com opção gratuita para clientes Nubank
A OpenAI lança no Brasil o ChatGPT Go, uma versão mais acessível da ferramenta de inteligência artificial, com preços 65% mais baixos que o plano Plus. Em parceria com o Nubank, a novidade oferece assinaturas gratuitas de até 1 ano para clientes do banco
MBRF e os sauditas: um negócio promissor e uma ação que dispara 20% — o que fazer com MBRF3 agora?
Pelo segundo dia seguido, as ações da MBRF subiram forte na bolsa na esteira do anúncio da joint venture com a HPDC, subsidiária integral do fundo soberano da Arábia Saudita
Amazon quer cortar 14 mil cargos na área corporativa — e as demissões podem estar só começando na big tech
Com a inteligência artificial e robôs ganhando espaço, a Amazon inicia um plano de reestruturação que pode transformar a forma como a empresa opera — e afeta milhares de empregos.
Por que o mercado já não espera muito do balanço do Santander Brasil (SANB11) no 3T25? Veja as apostas dos analistas
Primeiro grande banco a abrir os números do 3T25, o Santander deve mostrar melhora gradual — mas com riscos persistentes. Veja as apostas do mercado
Se tudo der certo para a Petrobras (PETR4), Margem Equatorial pode acrescentar quase R$ 420 bilhões ao PIB do Brasil, diz gerente da estatal
Após anos de disputa por licença ambiental, estatal aposta no potencial da região para impulsionar o desenvolvimento e garantir autossuficiência energética
Brasil depende demais do agro, diz CEO da JBS (JBSS32) — que alerta para os riscos implícitos
O CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, defendeu a diversificação da economia brasileira e alertou para um cenário global cada vez mais fragmentado
Em meio a possível venda à J&F, Eletronuclear vê risco de ‘colapso financeiro’ e pede ajuda de R$ 1,4 bilhão ao governo Lula, diz jornal
O alerta da estatal é o mais recente de uma série de pedidos de socorro feitos ao longo dos últimos meses
Dividendos gordos? Petrobras (PETR4) pode pagar nova bolada aos acionistas — e bancos já calculam quanto vem por aí
Com avanço na produção do terceiro trimestre, mercado reacende apostas em dividendos fartos na petroleira. Veja as projeções
Com vitória da Ambipar (AMBP3) na Justiça, ações disparam; como fica o investidor?
O investidor pessoa física pode ser tanto detentor de ações da companhia na bolsa quanto de debêntures da empresa. Veja quando e se ele pode recuperar o dinheiro investido