Suzano (SUZB3) anuncia joint venture de US$ 3,4 bilhões com Kimberly-Clark: o que se sabe até agora?
Brasileira pagará US$ 1,734 bilhão para adquirir 51% da nova empresa formada na parceria e terá uma opção de compra da fatia restante (49%) a partir do terceiro ano

Na manhã, desta quinta-feira (5), a Suzano (SUZB3) anunciou um dos maiores movimentos da história recente da companhia: a empresa brasileira fechou um acordo de joint venture de US$ 3,4 bilhões com a gigante norte-americana Kimberly-Clark.
Com o negócio, que ainda precisa ser aprovado pelas autoridades, nasce uma parceria com atuação em 14 países e eleva a Suzano ao posto de oitavo maior player de papel higiênico no mundo. A expectativa é que a aprovação venha em meados de 2026.
No acordo, a Suzano desembolsará US$ 1,734 bilhão para garantir 51% da nova companhia formada pela parceria. Com isso, a transação se configura como um dos maiores negócios da Suzano fora de seu tradicional segmento de celulose.
A joint-venture representa um grande passo rumo à diversificação de negócios da empresa brasileira, na busca por reduzir a dependência do ciclo da celulose e aumentar a competitividade. Em teleconferência na manhã desta quinta-feira (5), a diretoria da empresa diz não ter perspectivas para novas fusões e aquisições nos próximos anos.
Cabe lembrar que a Suzano já havia concluído a compra da operação da Kimberly-Clark no Brasil há cerca de dois anos. Na época, o negócio de US$ 175 milhões envolveu unidades de produção de papel higiênico, toalhas de papel e guardanapos — com a unidade de Mogi das Cruzes (SP) sendo uma das principais instalações incluídas no pacote de ativos.
As ações SUZB3 estão entre as maiores altas do Ibovespa por volta das 13h, com valorização de 5,59%, a R$ 52,52.
Leia Também
- SAIBA MAIS: ‘Onde Investir em Junho’ está no ar: conheça os ativos mais promissores para investir neste mês
Suzano e Kimberly-Clark: O que se sabe até agora
A nova empresa será controlada pela Suzano, que nomeará a diretoria, enquanto a Kimberly-Clark ficará com 49% das ações. A americana manterá ainda os ativos de suas linhas “family care” e “professional business”, além de algumas joint ventures em mercados que não estarão na operação.
A companhia espera capturar mais de US$ 175 milhões por ano com a operação, a partir de 2028, com retorno de 15,5% ao ano. A parceria nasce sem dívidas.
Espera-se que os ganhos de eficiência sejam uma consequência direta da implementação de estratégias já adotadas na operação adquirida anos atrás.
"Vimos uma redução de custos de 46% e um aumento de 22% na produção em Mogi das Cruzes, e acreditamos que podemos replicar esses resultados na joint venture", afirmou Luis Bueno, diretor da Suzano, na conversa com analistas e repórteres nesta manhã.
O CEO da Suzano, Beto Abreu, ainda explicou que a empresa optou por uma joint venture controlada, uma estratégia que permite à Suzano gerenciar a operação de forma mais eficiente.
"Decidimos que a única forma de realizar esse negócio seria por meio de uma joint venture, que pudéssemos controlar, dada a complexidade de atuar em múltiplos países", afirma Abreu.
Em relação às marcas, as regionais da Kimberly-Clark serão incorporadas, enquanto algumas marcas globais — como Kleenex e Scott — serão licenciadas sem pagamento de royalties para as regiões envolvidas.
Outro ponto importante é que a Suzano terá uma opção de compra da fatia restante de 49% da Kimberly-Clark, que poderá ser exercida a partir do terceiro ano após a conclusão do negócio, ou até antes, dependendo de condições específicas.
O fechamento da operação está previsto para o meio de 2026, mas depende da aprovação dos órgãos reguladores e da finalização de uma reorganização societária da Kimberly-Clark nas regiões que fazem parte da transação.
O negócio é positivo para a Suzano?
Para analistas do Citi, esse acordo é positivo, em uma primeira análise. Isso porque a Suazano será capaz de aumentar sua diversificação no setor downstream, onde o segmento de papel tissue tem mais sinergias em termos de fornecimento de fibra de madeira dura, além de um potencial de substituição fibra por fibra, quando comparado ao segmento de embalagens.
Isso significa que a empresa pode aproveitar melhor suas fontes de matéria-prima para essa produção, tornando o processo mais eficiente.
De acordo com os analistas, a Suzano também manterá sua alavancagem sob controle, com o tamanho e o timing da transação (previsão de conclusão para meados de 2026) permitindo que o caminho de desalavancagem seja mantido.
"Mesmo assumindo um preço médio de celulose de US$ 600 a tonelada em 2026, veríamos a alavancagem da SUZB pós-transação em 2,7 vezes Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] até o final de 2026, em dólar, (estável em relação ao final de 2025, 2,4x sem a transação e em comparação com 3x no 1º trimestre de 2025)", escreve o analista Stefan Weskott.
A recomendação do banco é de compra para as ações.
Um dos piores momentos da história recente da Intelbras (INTB3) passou e agora é hora de dar chance a ação, segundo o Santander
A expectativa do banco é que o segundo trimestre seja um ponto de inflexão para a empresa, que sofreu com troca de um sistema interno
Programa de fidelidade do Nubank (ROXO3) ganha nova versão; veja o que muda no NuCoin
O novo ecossistema da fintech inclui parceiros, como Shopee, Magazine Luiza e Amazon
O que esperar da safra de balanços do 2T25? BTG traça previsões para Embraer (EMBR3), Localiza (RENT3), Tupy (TUPY3) e Weg (WEGE3), entre outras
A previsão do mercado é de resultados sólidos, mas nada espetacular entre os setores — resta saber quais serão as estrelas da temporada
Petróleo cai 1%, mas Petrobras (PETR4) sobe. Entenda o que faz as ações da estatal reverterem as perdas
Ministro de Minas e Energia diz que há espaço para que a petroleira reajuste para baixo o preço dos combustíveis, mas é outra notícia que mexe com os papéis nesta segunda-feira (21)
Incêndio atinge galpão em Barueri e afeta unidade da Positivo (POSI3); entenda a extensão dos danos
O incêndio no galpão da companhia vem em um momento delicado para a companhia brasileira de tecnologia
Vivara (VIVA3) troca comando do conselho: Marina Kaufman assume presidência no lugar do pai, Nelson Kaufman
Mudança marca transição geracional na joalheria e reforça continuidade da gestão familiar; Paulo Kruglensky retorna como vice
Rede D’Or (RDOR3) e Fleury podem criar novo gigante da saúde para bater de frente com Dasa e Amil; ações FLRY3 saltam na B3
Segundo o colunista Lauro Jardim, d’O Globo, o principal objetivo da Rede D’Or seria a incorporação do Grupo Fleury; saiba o que isso significa para o setor e para os acionistas
C&A com preço de Zara? CEO refuta críticas e detalha estratégia por trás do valor na etiqueta: “tudo é relativo”
Em entrevista ao Seu Dinheiro, CEO da C&A, Paulo Correa, defende a estratégia de precificação da marca, que visa tornar a moda acessível a diferentes perfis de consumidores, com foco na personalização e adaptação às realidades regionais e climáticas do Brasil
Como a C&A (CEAB3) está “desafiando” o cenário macro ao dobrar na bolsa com a Selic a 15% ao ano; CEO explica a estratégia
O Seu Dinheiro conversou com o CEO da C&A Brasil, Paulo Correa, para entender o que está por trás do sucesso na bolsa muito maior que o das concorrentes e do avanço dos resultados da empresa
Ajustes estratégicos da Copel (CPLE6) para o Novo Mercado rendem recomendação de compra para as ações
Santander vê com otimismo a transição, projetando ganhos em liquidez e governança para a companhia
Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida dá fôlego extra, e construtoras ampliam lançamentos e vendas
Empresas aumentaram percentual do portfólio que enquadra na nova faixa do Minha Casa Minha Vida e agora conseguem atender público maior
Cerco se fecha para a Oi (OIBR3): executivos perdem bonificação e venda de ativos é limitada pela Justiça por risco de falência
Decisão judicial aponta descumprimento do plano de recuperação e impõe mais controle diante do maior risco de falência
Banco Central quer acelerar análise da compra do Banco Master pelo BRB
Gabriel Galípolo se encontrou com o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, no último sábado (19) para tirar dúvidas sobre documentação
Neoenergia (NEOE3) e Ambev (ABEV3) firmam parceria para autoprodução de energia eólica
Ambev vai adquirir participação em subsidiárias da Neoenergia para garantir autoprodução de 55 MWm de energia eólica sustentável até 2033
Banco do Brasil (BBAS3) vê ações caírem para mínima de dois anos e promove ‘dança das cadeiras’ na diretoria para reverter crise
Mudanças estratégicas e desafios financeiros marcam o momento do banco estatal, que busca eficiência e geração de valor em um cenário difícil
Presidente da CVM renuncia dois anos antes do fim do mandato; Otto Lobo assume interinamente
João Pedro Nascimento alegou que sua decisão foi por razões pessoais
Netflix (NFLX34) avança no jogo da atenção com alta de audiência nos EUA, mas tropeça em rival — e não é a Disney
Responsável por 8,3% da audiência norte-americana, o streaming está à frente das concorrentes, mas perde para plataforma que nem compete no mesmo segmento
Neoenergia (NEOE3) vai distribuir quase R$ 500 milhões em dividendos; confira os prazos
Os acionistas que estiverem na base acionária da companhia em 23 de julho terão direito a receber os proventos
Com aval do Ibama, Prio (PRIO3) dá passo importante no projeto Wahoo; BofA vê gatilho para investidores
A próxima etapa para a petroleira é a emissão de licença de instalação no poço localizado na Bacia de Campos, Espírito Santo
BR Partners (BRBI11) cruza fronteiras e leva suas ações para o mercado americano via ADRs
Estreia nos EUA será por meio de ADRs Nível II, lastreado em units